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Debut do Judas despertou a paixão de Marcelo pela banda (Foto – Arquivo pessoal/Marcelo Cruz)

 

O Álbuns Clássicos de hoje traz o músico Marcelo Cruz falando sobre o álbum “Rocka Rolla”, disco de estreia da banda inglesa Judas Priest, lançado em 6 de setembro de 1974.

A produção foi de Rodger Bain, que trabalhou também nos três primeiros álbuns do Black Sabbath. A formação do grupo, na gravação, tinha Rob Halford no vocal, K.K. Downing e Glenn Tipton nas guitarras, Ian Hill no baixo e John Hinch na bateria.

Por conta da má qualidade técnica da aparelhagem, o álbum foi gravado ao vivo no estúdio. O produtor Rodger Bain também barrou algumas canções como “Tyrant”, “Genocide” e “Victim of Changes” que acabaram entrando só no próximo disco do Judas, “Sad Wings Of Destiny”, lançado em 1976. A capa do disco, mostrando uma tampinha de garrafa fazendo uma alusão à Coca-Cola, foi proibida durante muitos anos, por motivos óbvios.

Além de despertar a paixão pelo grupo, “Rocka Rolla” fez Marcelo se interessar pelo gênero musical que marcaria a sua vida, até hoje. “Foi uma das primeiras bandas de heavy metal que eu ouvi na minha vida. Nunca entendi como o Halford fazia para alcançar aqueles agudos incríveis”, conta.

O fã tem em sua coleção, aproximadamente, 45 CDs e LPs da banda, incluindo trabalhos das carreiras solo de seus componentes. O primeiro disco do Judas que Marcelo ouviu foi “British Steel”, lançado em 1980. “Rocka Rolla”, porém, foi o que despertou, definitivamente, o seu interesse pelo quinteto inglês. “Foi o que mais chamava a atenção na época em que comecei me apaixonar pelo som da banda, por ser o mais raro e o mais caro, isso em meados dos anos 1980”, diz.

 

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A coleção de Marcelo (Foto – Arquivo pessoal/Marcelo Cruz)

 

Destaques

Marcelo ressalta duas faixas do álbum. A primeira é “Rocka Rolla”, a faixa título. “É um grande rock, já com as guitarras dobradas, algo que iria se tornar a marca registrada da banda. Sem contar a produção de Rodger Bain que deixou o som incrível!”, analisa. “Never Satisfied” é a segunda. “É uma composição do K.K. Downing e do primeiro vocalista, Al Atkins. Os dois, inclusive, voltaram a tocar juntos, na turnê ‘Epitaph’, após mais de 30 anos”, explica.

O ponto alto da vida de qualquer fã é assistir o seu artista preferido, ao vivo. Marcelo teve a oportunidade de ver o Judas Priest na turnê do álbum “Angel Of Retribution”, em 2005. “Foi algo indescritível! Para mim foi uma verdadeira aula de metal pois, junto com o Judas estava o Whitesnake, banda que eu também vi, pela primeira vez, naquele dia”, relembra.

O Judas Priest tem mais de 40 anos de estrada. Qualquer grupo que sobrevive por tanto tempo acaba tendo, em sua discografia, álbuns que acabam não recebendo o respeito que mereceriam. “Rocka Rolla” é um desses casos, segundo Marcelo. “Sempre achei os dois primeiros trabalhos do Judas muito injustiçados, mas o simples fato de estarem voltando a tocar ‘Never Satisfied’, na última turnê, acho que já esta sendo uma grande reparação com o repertório grandioso desse LP”, finaliza .