Texto: Marcos Anubis
Revisão: Pri Oliveira
Foto: Divulgação

zombie

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), informou que a Zombie Walk deste ano, que seria realizada neste domingo (26), vai acontecer. Em uma postagem feita no início da noite desta terça-feira (21) em sua página no Facebook, Greca disse que vai propor “inovações” no evento. “#ZombieWalk sou fã. Não cancelei. O desfile está mantido na manhã de domingo de Carnaval. Vou sugerir inovação. Uso da passarela da Marechal – com som e infraestrutura. Amanhã vou receber representantes do evento”, diz a nota.

No início da tarde de hoje, a organização da Zombie Walk publicou uma nota em sua página oficial no Facebook na qual afirmava que o evento estava cancelado. De acordo com eles, as exigências do CADE (Comissão Permanente de Análise de Eventos de Grande Porte) foram além da capacidade de mobilização do grupo. “São mais de 30 exigências diferentes que vão desde bancar a segurança até providenciar a limpeza com empresas privadas. Nós não somos produtores profissionais de eventos. A Zombie Walk cresceu porque caiu no gosto das pessoas. O caminhão, a make, tudo isso é viabilizado por meio de parcerias. Nós não temos dinheiro para fazer a Zombie Walk, nós temos a boa vontade de uma grande rede de parceiros”, diz Docca Soares, um dos organizadores da Zombie Walk.

A FCC foi pega de surpresa com a nota e informou que o evento ainda poderá ser realizado. “Eles sempre tiveram o apoio da Fundação. O nosso voto no CADE foi pela realização do evento. Por isso, nós marcamos uma reunião para amanhã com a organização do evento para encaminhar uma solução para o problema”, diz a assessora de imprensa da Fundação Cultural de Curitiba, Evelise Barone.

O evento é realizado desde 2006 e sempre reúne milhares de pessoas vestidas de zumbi em uma caminhada pelas ruas da cidade, entre elas famílias, crianças e idosos. No ano passado, perto de 15 mil pessoas participaram do evento.

O evento não tem fins lucrativos e sobrevive graças a parcerias feitas pelos organizadores. De acordo com eles, pode ter havido uma falha na comunicação com a Fundação Cultural de Curitiba, que ajudava a Zombie Walk com apoio logístico e orientação. “Nós esbarramos em uma série de exigências muito além de nossas capacidades. Nós nem sabíamos que isso tinha mudado. Em contato com a URBS, nós descobrimos que, em julho do ano passado, eles decidiram que os organizadores de eventos devem arcar com todos os custos. Nós não fomos avisados, não recebemos nem um e-mail ou um telefonema. Se tivessem nos avisado em julho do ano passado, quando essas diretrizes foram mudadas, nós poderíamos ter absorvido essas mudanças”, analisa.

A repercussão do cancelamento nas redes sociais vem sendo muito grande. Muitas pessoas estão se mobilizando e criando grupos para sair em caminhada mesmo sem o evento oficial. “Alguns nos pediram para fazer a Zombie Walk assim mesmo. Mas nós não faremos porque não podemos correr o risco de que aconteça algum acidente que seja de responsabilidade nossa”, explica.

Agora, com esse posicionamento do prefeito, a reunião que será realizada nesta quarta-feira (22) pode pôr um fim a esse impasse.