Texto: Marcos Anubis
Fotos e revisão: Pri Oliveira

CAPA NOITE 2

A segunda noite do Psycho Carnival, que aconteceu no sábado (10), no Jokers, foi marcada por retornos, estreias e grandes surpresas. Bandas da Espanha e da Colômbia, além das atrações nacionais, empolgaram o público curitibano com grandes shows.

footstep

Footstep

A abertura da noite foi do trio Footstep, de Campinas. O grupo faz uma Surf Music tradicional, carregada de reverb e boas melodias.

Nitidamente animados pela estreia no festival, Gabriel Cardoso (guitarra), Jehan (baixo) e Atus (bateria) abriram o show com “La gasolina”, “Sasha stomp” e “The thing from Venus”.

O setlist do show ainda teve espaço para homenagens ao The Dead Rocks, com a música “Beach’s bitch”, e aos Ramones, com “Spiderman”. “Wipe-out” encerrou a apresentação. “Foi mágico! A galera gostou da Surf Music”, diz Gabriel.

Leia neste link uma entrevista com o Footstep. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

Footstep - Psycho Carnival 2018

mongo

Mongo

Em seguida foi a vez dos curitibanos do Mongo. G-lerm (vocal), Ariton (guitarra), Matheus Moro (bateria) e Ricardo Crespo (baixo) abriram o show com “M.O.N.G.O.”, seguida por “Wooly bullying” e “Crazy shit”. No setlist do show, a banda apresentou várias músicas novas que fazem parte do seu primeiro EP, “I Die at Midnight”, que acaba de ser lançado.

Uma versão para a canção “I will survive”, da cantora norte-americana Gloria Gaynor, e para “Godfather” encerraram a apresentação. “Foi sensacional tocar pela segunda vez no Psycho Carnival. O público estava incrível e recebeu muito bem o nosso som. Foi como se cada um estivesse junto com a gente no palco. Fomos bastante elogiados pela qualidade sonora e por ter tocado um setlist fincando o pé nos elementos clássicos do Psychobilly”, diz Ariton.

Leia neste link uma entrevista com o Mongo. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

Mongo - Psycho Carnival 2018

cwbillys

CWBillys

Com o cancelamento do show da banda norte-americana Klax, que teve problemas com o visto de viagem de seu baterista, a organização do festival escalou o trio curitibano CWBillys. Mesmo recebendo a notícia em cima da hora, o grupo não sentiu a pressão. Nada que surpreenda, afinal, Bruno B. Rocker (guitarra e vocal), Pepeu Flukeman (baixo e vocal) e Clau Sweet Zombie (bateria) são músicos experientes que fizeram ou fazem parte de várias bandas importantes na cena psychobilly curitibana.

O grupo abriu o show com “Lobo solitário” e “Fazendeiro Joe”. O setlist teve músicas mais conhecidas da cena psycho, entre elas, “Velha carcomida”, composições mais recentes, como “Laudo cadavérico”, e até uma versão para o clássico “Malaka blues”, do Kães Vadius.

“Festa no celeiro” encerrou a apresentação. “Sempre tocamos em todas as edições do Carnival e neste ano, por causa de várias coisas, seríamos apenas espectadores. Então, tivemos essa surpresa que particularmente não foi boa, pois uma banda deixando de tocar no festival nunca é legal, ainda mais se tratando do Klax, de quem sou fã. Nos reunimos para um ensaio rápido, decidimos o setlist e o show foi incrível! A energia desse Psycho Carnival estava sensacional. Esse foi um festival bem intimista, nostálgico e, para mim, foi uma das melhores edições. Todo ano eu ajudo o Vlad e o Neri na organização, mas poder participar também no palco, tocando, é a maior honra!”, diz Clau.

Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

CWBillys - Psycho Carnival 2018

LARISSA NOITE 1

Larissa Maxine

Em seguida, a artista e dançarina Larissa Maxine fez uma performance burlesca no palco do Jokers. Usando os movimentos característicos dessa expressão artística, Larissa empolgou o público com a apresentação.

13 bats

13 Bats

O trio espanhol 13 Bats fez um dos melhores shows do festival. Com muita postura de palco e um som contundente, Dani (baixo e vocal), Albert (guitarra) e Carter (bateria) certamente conquistaram muitos fãs em sua primeira passagem pelo Brasil.

A banda abriu o show com três músicas sem intervalo: “Frankenstyle”, “Riot” e “Virus 187”. O grupo também surpreendeu o público com uma versão muito bem-feita para o sucesso “Homem primata”, dos Titãs, que virou “Hombre primate”, bem mais rápida e pesada do que a original.

Em vários momentos do show, Dani se equilibrou em cima do baixo e tocou parte das músicas assim, mostrando um domínio incrível do instrumento. “Bomb extra bomb” encerrou o show. Leia neste link uma entrevista com o 13 Bats. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação

13 Bats - Psycho Carnival 2018

salidos

Salidos de la Cripta

Os colombianos do Salidos de la Cripta estrearam no Psycho Carnival com um grande show. Apesar de ter mais de dez anos de estrada, o grupo nunca tinha feito parte do lineup do festival. No palco, em função disso, o que se viu foi uma “fome” impressionante.

Mortis (guitarra e vocal), Jeisson (baixo e backing vocal) e Nicolás Pardo (bateria) abriram o show com “Voodoo eléctrico”, “El muerto roquea” e “Hey! Señor Juez!”. Durante toda a apresentação, o grupo fez questão de ressaltar a importância de unir cada vez mais o movimento psychobilly da América do Sul.

“Iceman” encerrou a apresentação. “Fizemos um show contundente, com poucas pausas e muito Psychobilly e as pessoas responderam muito bem! Quando tocamos a ‘Enemigo de la humanidad’, o wrecking dos psychos latinos foi brutal!”, diz Nicolás.

Leia neste link uma entrevista com o Salidos de la Cripta. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

Salidos de la Cripta - Psycho Carnival 2018

frenetic

Frenetic Trio

O Frenetic Trio, de Londrina, voltou ao Psycho Carnival após 13 anos. No palco, Theo (baixo), Fausto (bateria) e Zóio (vocal e guitarra) pareciam querer recuperar o tempo perdido.

O grupo iniciou o show com “Bad vibrations”, “Living dead” e “Frenetic feelings”. Quem não conhecia a banda e se baseou no som do grupo pelo nome (imaginando um som mais limpo), enganou-se redondamente. Afinal, as composições do grupo absorvem muitos elementos do Heavy Metal, o que as torna surpreendentemente pesadas. Influências como o Venon e Motörhead, por exemplo, podem ser claramente sentidas nos vocais e nas linhas de guitarra e baixo.

“Bring me another beer” encerrou o show. “Para nós, foi animal poder voltar ao palco do Psycho Carnival depois de 13 anos. Pra falar a verdade, nos primeiros cinco minutos do show, foi meio que aterrorizante, pois era uma responsabilidade muito grande. Depois o negócio estabilizou (risos). Mas é muito foda poder dividir o palco com tantas bandas boas, algumas que nós nem conhecíamos, mas já viramos fãs, caso dos colombianos do Psychopath Billy e do Salidos de la Cripta. Poder tocar para um público que vive a cena psychobilly é foda! Conhecer novos amigos e rever outros de tantos anos também não tem preço”, diz Theo.

Leia neste link uma entrevista com o Frenetic Trio. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação

Frenetic Trio - Psycho Carnival 2018