Texto: Marcos Anubis
Foto: Alceste Ribas

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No ano em que está comemorando 13 anos de estrada, a banda curitibana Semblant acaba de ganhar um belíssimo presente que, historicamente, é uma oportunidade que poucos artistas no Brasil conseguiram receber. O grupo acaba de fechar uma parceria com o selo italiano Frontiers, que deve gerar muitas novidades nos próximos meses.

No anúncio postado pela Frontiers nas redes sociais da gravadora no dia 6 de novembro, ficou claro o respeito que os italianos têm pelo grupo curitibano. “Uma das estrelas em rápida ascensão na sua cena na América do Sul, a Semblant está mais do que pronta para o cenário mundial”, diz a nota.

A formação atual da Semblant tem Sergio Mazul e Mizuho Lin (vocais), Juliano Ribeiro (guitarra), Johann Piper (baixo), J. Augusto (teclado) e Thor Sikora (bateria). No cenário nacional, o grupo curitibano já é conhecido pelo profissionalismo na maneira de tratar os aspectos que envolvem a banda e pelas apresentações viscerais. Agora, após mais de uma década de batalha no underground brasileiro, chegou a hora de levar o trabalho a outro patamar.

Inicialmente, o contrato já prevê o lançamento do novo álbum da banda, “Obscura”, que está finalizado. “Tivemos alguns problemas de cunho profissional com a nossa gravadora anterior e estávamos em busca de um parceiro mais sólido, de preferência com escritório na Europa, onde o cenário Metal é ativo e ininterrupto. A anterior atuava unicamente nos EUA”, diz o vocalista da Semblant, Sergio Mazul.

Anteriormente, a banda fazia parte do selo EMP Label Group, comandado pelo baixista do Megadeth, David Ellefson. Buscando outros ares e uma maior divulgação do grupo, os curitibanos acabaram encontrando a Frontiers. “Tivemos contato com várias gravadoras para analisar as possibilidades. A Frontiers já nos conhecia há alguns anos e particularmente, eu sempre gostei deles e dos lançamentos da gravadora. As conversas foram evoluindo até chegarmos em um denominador comum, visto que eles estão expandindo o cast de artistas de Metal. O foco anterior deles sempre foi Hard Rock, AOR e Heavy Metal clássico, mas alguns artistas com som mais pesado e bandas com vozes femininas foram ganhando notoriedade. Acabamos fechando uma bela parceria que envolverá mais discos além do ‘Obscura’, previsto para o início do ano”, complementa.

A Frontiers, que foi fundada na cidade de Nápoles em 1996, é responsável por alguns lançamentos de artistas de renome, como o Blue Oyster Cult e o Whitesnake, além de novos talentos do mercado internacional, entre eles, o Artic Rain e os curitibanos do Electric Mob.

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A nova era obscura

A discografia da Semblant é composta pelos EPs “Behold The Real Semblant” (2008), “Sleepless” (2009) e “Behind The Mask” (2011), e pelos álbuns “Last Night of Mortality” (2010) e “Lunar Manifesto” (2014). Além da parte musical, o interesse internacional pelos clipes da Semblant foi um dos trunfos da banda na hora de buscar um novo parceiro que apostasse de verdade no potencial do grupo. “What lies ahead”, por exemplo, já tem quase 24 milhões de visualizações.

Para mostrar o trabalho da banda de maneira mais consistente no cenário internacional, a Semblant preparou um álbum que reúne toda a experiência e as influências adquiridas nos 13 anos de vida do grupo. “Ao mesmo tempo em que é uma evolução natural do ‘Lunar Manifesto’, o ‘Obscura’ também explora novas possibilidades. Ele tem músicas ainda mais pesadas de um lado e faixas com vocais mais limpos do outro. É um disco bem variado, que mantém a nossa essência e que transmite os sentimentos que carregamos nos últimos dois anos. Tenho certeza de que vai surpreender a todos”, afirma Sergio.

Em abril de 2020, logo após o lançamento do álbum “Obscura”, a Semblant embarcará para uma turnê na Europa que vai passar por Bélgica, Holanda, França, Suíça, Inglaterra, Itália, Portugal, Espanha, Alemanha e Polônia. A intenção, tanto da banda quanto da Frontiers, é mostrar o som da Semblant para o grande cenário do Heavy Metal mundial. “Como os nossos videoclipes viralizaram ao extremo em outros países, temos uma demanda grande de pedidos de apresentações na Europa, Estados Unidos, México, Austrália e Japão. Nossa missão agora tem sido profissionalizar ainda mais os nossos shows ao vivo para que a banda esteja 100% no nível do mercado de lá. A intenção é abrir os olhos do mundo, gerando uma demanda constante de shows nossos lá fora. Assim, poderemos fazer tours anuais, como muitas bandas do nosso cenário já vêm fazendo”, finaliza Sergio Mazul.