Texto: Marcos Anubis
Fotos: Camila Kovalczyk




No início de novembro, o Skank revelou que vai encerrar as atividades no final de 2020. De acordo com o comunicado, os integrantes da banda mineira vão se dedicar a projetos solo após 29 anos de uma história que é marcada pelo sucesso.

Com toda essa carga emocional, a apresentação do grupo na 2ª edição do festival Prime Rock Brasil, que aconteceu no sábado (7) na Pedreira Paulo Leminski, foi muito marcante. Afinal, tanto a banda quanto o público sentiram que a ocasião era especial e isso criou uma conexão ainda maior.

Samuel Rosa (vocal e guitarra), Lelo Zaneti (baixo), Henrique Portugal (teclado) e Haroldo Ferretti (bateria) abriram o show com “Dois rios”, “Uma partida de futebol” e “É proibido fumar”, do Rei Roberto Carlos. O setlist da apresentação passou a limpo as quase três décadas de vida do grupo e teve músicas de vários álbuns, como “Canção noturna”, “Ainda gosto dela” e “Jackie Tequila’.

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Conexão e respeito

Para os fãs, o contexto de despedida, aliado ao que a Pedreira significa para a cultura curitibana, transformou a noite em um momento mágico que vai ficar na memória. E se entre o público existia a percepção de que a ocasião era especial, no palco, a banda também mostrava uma alegria ainda maior do que o normal.

Samuel estava especialmente entusiasmado durante o show e essa energia foi passada para o público que cantou as músicas da banda durante toda a apresentação. O vocalista, que tradicionalmente sempre foi muito simpático e respeitoso com os fãs, passou todo o show dançando, brincando, sorrindo e agradecendo para celebrar cada momento com a maior intensidade possível.

Antes de “Algo parecido”, Samuel pediu para que as luzes fossem apagadas, fazendo com que o público iluminasse a Pedreira com os celulares. “Gente nasceu para brilhar e não para morrer de fome”, disse o vocalista. A música é uma das composições inéditas do álbum “Os Três Primeiros” (2018).

A trajetória artística do Skank rendeu álbuns importantíssimos e muito representativos para a música brasileira, como o CD de estreia em 1993, auto-intitulado, “Calango” (1994) e “O Samba Poconé” (1996). De certa maneira, o grupo estabeleceu um padrão no mercado fonográfico brasileiro ao unir Pop, Rock, Reggae e ritmos brasileiros e essa linha foi seguida por muitas bandas nos anos seguintes. Ou seja, mesmo que o grupo não volte mais aos palcos, a marca que eles deixaram é incontestável.

“Vamos fugir”, versão do grupo para o clássico de Gilberto Gil, encerrou a apresentação. É provável que o Skank faça mais um show em Curitiba em 2020 antes que a banda encerre as atividades. Porém, para os fãs que estavam na Pedreira, o adeus do grupo não poderia ter sido mais especial.

Confira o vídeo de “Vou deixar” gravado ao vivo na apresentação do Skank na Pedreira Paulo Leminski e veja o nosso álbum de fotos do show.

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Skank - Prime Rock Brasil 2019 - Pedreira Paulo Leminski - 7/12/2019