Texto e foto: Marcos Anubis
A iniciativa mais interessante do festival Estação Pedreira, que aconteceu no último sábado (28) na Pedreira Paulo Leminski em Curitiba, foi o Palco Rock Street. Localizado logo no portal de entrada da Pedreira, ali se apresentaram dez bandas locais com trabalho autoral.
Uma delas foi o Cafajeste Rock Clube. O quinteto tem um trabalho baseado em um Rock simples e direto, com letras que falam de forma bem humorada sobre o universo masculino.
Debaixo de uma fina garoa, o grupo iniciou o show com “O bar nosso de cada dia”. Usando um hábito de monge franciscano, o vocalista Chris Ferreira ostentava uma bela caneca de chopp que, aos poucos, foi sendo devidamente consumida.
Infelizmente, poucas pessoas paravam para ver as bandas que ali se apresentavam. Isso é um reflexo triste da forma com que a maioria do público curitibano trata os artistas autorais da cidade. Essa consciência de apoiar a sua cena é algo que ainda precisa ser construído, mas é justamente com iniciativas como essa do Palco Street que isso vai acontecer.
Usando uma linguagem musical 100% Rock ‘n’ Roll e sem meias palavras, Chris Ferreira (vocal), Gilberto “Big Gill” Horochovec e Cyro Ricochete (guitarras), Adriano Blau Blau (baixo) e Tio Deiwe (bateria) enfrentaram essa situação da melhor forma possível: tocando e se divertindo no palco.
Em seu repertório, o Cafajeste tem músicas como “Dias de chuva” e “A lenda do canalha” que entrariam perfeitamente na programação diária das emissoras de rádio curitibanas. Afinal, essas canções não devem nada às bandas que seguem o mesmo estilo, como os cariocas do Matanza.
“Nós não valemos nada” encerrou a apresentação. Para os que viram a banda pela primeira vez, ou para os que somente passaram por ali a caminho do palco principal, ficou um ensinamento: basta uma cerveja e um pouco de interesse para embarcar no som do Cafajeste Rock Clube.
Veja dois vídeos do show: “A lenda do canalha” e “Dias de chuva”.
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