Até o próximo dia 13 de julho, os olhos do mundo do futebol estarão voltados para o Brasil. As preocupações com todas as polêmicas que envolveram a organização do Mundial, como arenas superfaturadas, regalias concedidas à FIFA e principalmente as poucas obras de infraestrutura que ficarão para o país após o evento, tornaram a Copa um evento de risco. Mesmo assim, a paixão do brasileiro pelo futebol é inegável, o que deve fazer com que pelo menos dentro dos estádios o clima seja festivo.
Futebol e música são duas formas de arte que sempre estiveram ligadas, em qualquer lugar do mundo. Um dos países onde essa união é mais forte é a Inglaterra, lar dos inventores do esporte mais popular da face da Terra. Um dos maiores exemplos disso é um pequeno time do leste de Londres.
Os Hammers
O West Ham United ficou famoso no mundo todo por conta do filme “Green Street Hooligans” (2005), que no Brasil se chamou apenas “Hooligans”. Ele foi dirigido por Lexi Alexander e teve como principal protagonista o ator Elijah Wood, o Frodo da trilogia “O Senhor dos Anéis”. O enredo conta a histórica rivalidade entre a torcida “Inter City Firm” do West Ham e a “Millwall Bushwackers” do Millwall, que envolve uma ojeriza por vezes mortal, da mesma forma que acontece no Brasil com Atlético x Coritiba ou Internacional x Grêmio.
O West Ham foi fundado em 1895 por trabalhadores do estaleiro Thames Ironworks and Shipbuilding Co. Ltd, localizado no Rio Tâmisa. Seu estádio é o Upton Park, que tem capacidade para 35.303 expectadores. O WHU é um dos clubes que mais forneceu jogadores para a seleção inglesa. No histórico título da Copa do Mundo de 1966, realizada na própria Inglaterra, três jogadores do English Team eram do West Ham: Geoff Hurst, Martin Peters e o capitão Bob Moore, que ergueu a taça de campeão do mundo. Além deles, o clube formou em suas categorias de base grandes nomes do futebol da terra da Rainha, como Frank Lampard, Paul Ince e Joe Cole.
O torcedor mais ilustre do West Ham é o baixista do Iron Maiden, Steve Harris. O músico costuma inclusive tocar com munhequeiras nas cores do clube e ostenta um adesivo do time em seu baixo.
Gritos de guerra
O futebol não é só um esporte. Ele envolve comportamentos que definem a aura de torcidas e clubes por todo o planeta. Rituais, superstições e músicas fazem parte desse contexto. A maior marca do West Ham é a canção “I’m Forever Blowing Bubbles”, entoada por seus torcedores em todos os jogos como um hino, sempre que o time entra em campo.
Ela faz parte do musical da Broadway “The Passing Show of 1918”. A música, registrada em 1919, foi composta por John Kellette. A letra é creditada para Jaan Kenbrovin, nome que na verdade é uma união de três compositores: James Kendis, James Brockman e Nat Vincent. “Estou sempre soprando bolhas, lindas bolhas no ar. Elas voam tão alto, elas tocam o céu. E como os meus sonhos, elas desfazem-se e morrem. A felicidade está sempre escondida, eu já procurei por todo lugar. Estou sempre soprando bolhas, lindas bolhas no ar”, diz a letra.
Durante um mês, torcidas do mundo todo estarão no Brasil entoando suas canções de incentivo às suas seleções. Elas fazem parte da alma dos povos e imprimem ainda mais emoção ao esporte mais popular do mundo. Conhecê-las ajuda a entender como funciona a paixão pelo futebol.
Veja a torcida do West Ham cantando “I’m Forever Blowing Bubbles” no Upton Park e no estádio Wembley.
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