Texto e vídeos – Marcos Anubis
Tradução, fotos e revisão – Pri Oliveira
A segunda noite da 16ª edição do festival Psycho Carnival, que aconteceu no último sábado (14) no Espaço Cult, em Curitiba, foi dominada pelas damas e pela diversidade de estilos, da Surf Music do The Violentures ao competentíssimo Psychobilly da banda russa The Magnetix. Após os textos você pode ver várias fotos das apresentações e também vídeos nas playlists de cada banda. É só clicar no canto esquerdo do player de vídeos e selecionar as músicas listadas.
Mary Lee & The B-Side Brothers
A banda londrinense trouxe a sua mistura de Country, Honky Tonk, Outlaw e Bluegrass para o palco. Em seu repertório, Mary consegue cantar com a mesma desenvoltura canções mais melódicas e passagens mais agressivas. Além disso, ela faz a base das canções em seu violão, o que confere um ar bem acústico ao som do grupo.
O show teve uma participação especial. Na tarde de sábado, Mary participou da apresentação da banda americana Goddamn Gallows, no Curitiba Rock Carnival. Retribuindo a gentileza, Joe Perreze tocou banjo na excelente canção “Glory Amen”.
Mary Lee e os B-Side Brothers conquistaram o público pela qualidade de sua música e pela simpatia que demonstraram. Após o show a banda partiu para dez shows pelo Brasil abrindo para o Goddamn Gallows.
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Cherry Rat & Os Gatunos
O grupo paulista veio em seguida. Cherry domina o palco com maestria e uma postura elegante. O som da banda vai desde o Rockabilly com pitadas Country, indo da bela “Only Glory” até o ritmo de “Candy Lips”. A sensação era de que o som do grupo realmente conseguiu levar o público para os anos 1960, em alguma cidade no interior dos Estados Unidos.
Cherry concedeu uma entrevista para o Cwb Live, antes de desembarcar em Curitiba, falando da história da banda e a expectativa de tocar pela primeira vez no Psycho Carnival. Leia neste link. Certamente o grupo deve voltar em outras oportunidades, pois Cherry foi muito bem recebida em Curitiba.
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The Violentures
O trio de Campinas incendiou o palco do Espaço Cult com sua mistura de Grunge, Punk, Hardcore e outros elementos musicais. Ao vivo, o impacto que Carlão (baixo), Stenio (guitarra e voz) e Fábio (bateria) conseguem causar com sua música é ainda maior do que nos CDs, porque a postura de palco do trio é impressionante. A banda, que fazia a sua estreia no Psycho Carnival, após 12 anos de estrada, apresentou músicas de toda a sua carreira. “Surfing Lava” foi uma delas, com sua letra minimalista e uma melodia matadora.
Em uma entrevista para o Cwb Live, antes do festival, Carlão já alertava: “Será um show de energia, vigor e massa sonora. Climas tensos, momentos explosivos e guitarras incendiárias. Os melhores momentos do Violentures em 50 minutos de adrenalina. Não vai sobrar pedra sobre pedra!”, disse. Promessa cumprida.
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As Diabatz
A volta aos palcos do Psycho Carnival não poderia ter corrido de forma melhor para o trio curitibano. A última apresentação havia sido em 2013 e as meninas estavam sedentas para reencontrar seu público.
No começo de fevereiro, uma semana antes do início do Psycho Carnival, a banda se apresentou em Antuérpia, na Bélgica, e “escoltou” para o Brasil a guitarrista e vocalista Carol Baby Rebbel, que está morando na Alemanha. Como diz o ditado, após esse “esquenta” na Europa, o trio desembarcou em Curitiba com a faca entre os dentes. Destaque para “Undead Girl”, considerada por muitos fãs o clássico da banda.
Após o show, foi interessante notar que vários músicos com quem nós do Cwb Live conversamos, demonstravam respeito pelas Diabatz. Os russos do The Magnetix, os ingleses do The Ricochets e a holandesa Willy Bop, que acompanha festivais em todo o mundo e neste ano viu o seu terceiro Psycho Carnival, rasgaram elogios ao trio curitibano.
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The Magnetix
“Nós estamos felizes de tocar aqui, e esperamos que vocês morram, crianças!”, disse o vocalista e guitarrista Mr. Drybones em uma entrevista para o Cwb Live antes de a banda desembarcar no Brasil vindo de Tula, na Rússia. Dito e feito.
O show do trio era cercado de muita expectativa, afinal quantas bandas russas você conhece? E o saldo da apresentação não poderia ter sido melhor. Ao vivo o som do The Magnetix é pesado, ao mesmo tempo em que incorpora a melodia do Psychobilly. Mr.Drybones (guitarra e vocal), Mr.DeadKat (baixo), (apresentado no palco como Gato Morto, em português, por razões óbvias), e Mr.Rocket (bateria) conseguem hipnotizar a plateia única e exclusivamente com a sua música, e isso é para poucos.
O público que praticamente lotou o Espaço Cult certamente correu para os sites de venda de discos para adquirir os dois trabalhos lançados pelo trio, até hoje, ambos em 2011: “The Magnetix” (março) e “Boo-Bop-A-Boo” (setembro). Destaque para a sensacional canção “The Birdman”. Após o show, no camarim, o vocalista Mr. Drybones concedeu uma entrevista exclusiva para o Cwb Live falando da apresentação e revelando ser fã de algumas bandas curitibanas.
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