16650123135_9f05055871_o

 

Texto e vídeos – Marcos Anubis

Tradução, fotos e revisão – Pri Oliveira

 

A terceira noite da 16ª edição do festival Psycho Carnival, que aconteceu no último domingo (15) no Espaço Cult, em Curitiba, teve o show mais esperado do evento. Os ingleses do The Ricochets, um dos grupos fundamentais da história do Psychobilly, vieram pela primeira vez ao Brasil e fizeram a alegria dos fãs que esperaram mais de 30 anos para vê-los. Após os textos você pode ver várias fotos das apresentações e também vídeos nas playlists de cada banda. É só clicar no canto esquerdo do player de vídeos e selecionar as músicas listadas.

 

Drunk Demons

 

O trio mineiro abriu a noite, quando o público ainda estava começando a chegar, mas a banda não se acanhou com isso e mandou um setlist violento. O Psychobilly do grupo é potencializado pelos vocais guturais de Fernanda (baixo) e Uander (guitarra), o que dá um ar ainda mais pesado ao som do trio. Faço Camisas (bateria), que tocou ostentando uma camisa do Atlético-MG, completa a formação.

Essa foi a segunda participação do Demons no Psycho Carnival, a primeira havia sido em 2012. Destaque para a música que encerrou a apresentação e dá nome ao grupo, “Drunk Demons”. A certeza que ficou é a de que a banda merecia um público maior.

O trio deve começar no segundo semestre de 2015 a gravação de seu primeiro CD. Clique neste link e conheça melhor a história do Drunk Demons nesta entrevista que a banda concedeu ao Cwb Live antes do início do Psycho Carnival.


Created with flickr slideshow.

 

Mystery Trio

 

Em seguida, o Psycho Carnival entrou no clima acústico dos curitibanos do Mystery Trio. O som da banda remete aos primórdios do Rock ‘N’ Roll, assim como seu próprio nome, que faz referência, ou reverência, à música “Mystery Train”, de Elvis Presley.

Ao vivo, a firmeza com que Elvis Martinatto (vocal, violão), Beto Glaser (guitarra) e Luiz Fireball (contrabaixo acústico) executam suas canções, impressiona. A banda parece sempre estar, realmente, se divertindo no palco. E o público percebe isso, o que é mais um dos ingredientes de uma boa apresentação.

Canções como “Rollin’ Till The Nigh” transformaram o Espaço Cult em um grande salão americano dos anos 1960. O grupo está prestes a seguir para uma turnê europeia que deve passar por Inglaterra, Espanha, França, Alemanha e Bélgica.


Created with flickr slideshow.

 

Jinetes Fantasmas

 

A banda argentina esbanjou simpatia em sua estada em Curitiba. Foi o terceiro show do grupo no Psycho Carnival e o primeiro na capital paranaense com seu novo vocalista, Vena.

Movidos pelo “Fernet”, uma bebida tradicional da terra do Tango, o quinteto fez uma grande apresentação. Destaque para as músicas “Cerebro” e “Cinemacabro”.

A presença dos Jinetes Fantasmas no festival, assim como o The Infiernos, do Chile, foi interessante para que o público e os jornalistas percebessem como o Psychobilly está difundido na América do Sul. Iniciativas como a dos organizadores do Psycho Carnival, trazendo grupos de países vizinhos para se apresentarem no festival, torna a cena ainda mais forte, e ela necessita disso.


Created with flickr slideshow.

 

The Mullet Monster Mafia

 

Um massacre sonoro. Essa é uma definição que se aplica bem ao que foi o show do Mullet. A agressividade que o trio insere em suas músicas realmente impressiona. Isso se explica pela formação que tem como baterista um dos grandes nomes da cena psycho curitibana, Neri, (ou Emiliano Ramirez), que também toca com o Sick Sick Sinners e o 99 Noizagain. Ed Lobo Lopez (guitarra) e Marcondez Verniz (baixo) completam uma formação entrosada e coesa.

Objetivamente a banda faz Surf Music, mas algumas passagens se encaixam perfeitamente no Thrash Metal, rápidas e violentas. Prova disso é a introdução de “Raining Blood”, do Slayer, antes de “Neptune’s Fury”. Com um pouco de sorte e um olhar mais apurado dos produtores, o The Mullet Monster Mafia tem potencial para, tranquilamente, alçar voos maiores nos próximos anos.


Created with flickr slideshow.

 

The Ricochets

 

Esse talvez tenha sido o show mais esperado da 16ª edição do Psycho Carnival. O quarteto inglês é um dos grupos mais importantes da história do Psychobilly e fez jus a essa alcunha.

Do baixo estalado de Sam Sardi à guitarra carregada de trêmolos e melodia de Steve Sardi, a essência do Psychobilly está ali. Dave Sardi (vocal) e Stephen Meadham “Ginger” (bateria) completam a formação da banda que traz a história do estilo em seu DNA.

Além de apresentarem canções de seus três álbuns lançados, “Made In The Shade” (1982), “On Target” (1992) e “Chain Dog” (2013), o quarteto esbanjou vitalidade e foi muito simpático com o público. Destaque para “Hey Girl” e “Rockin In The Graveyard”.

No último dia do Psycho Carnival o Cwb Live conversou com a banda sobre vários assuntos. A matéria, em vídeo e texto, será publicada na próxima segunda-feira.


Created with flickr slideshow.