Texto: Marcos Anubis
Revisão: Pri Oliveira
Fotos: Reprodução/Facebook Kráppulas & Pri Oliveira

krapuNa próxima segunda-feira (8), os curitibanos do Krappulas se apresentarão pela 13ª vez no Psycho Carnival. Mas desta vez o show no Jokers Pub será ainda mais especial. “Acho que vai ser um dos melhores da nossa vida. É um privilégio tocar antes de uma banda que foi fundamental para o Psychobilly e que, consequentemente, é base para o Krappulas”, diz o vocalista do grupo, Breno.

E mesmo com toda a experiência acumulada em mais de duas décadas de carreira, Breno e seus asseclas, David (guitarra) Manolo (baixo) e Cris (bateria), ainda sentem o chamado “frio na barriga” na hora de encarar tamanha responsabilidade. “Existem muitas bandas que compõem a base da nossa formação musical e que nós tivemos a honra de tocar juntos, como o Toy Dolls, Batmobile e Demented are Go. Até hoje nós não acreditamos! Temos certeza de que depois da próxima segunda-feira nós vamos ficar lembrando durante muito tempo desse show, sem acreditar muito que ele aconteceu”, afirma Breno.

A opinião geral é de que a edição deste ano do Psycho Carnival tem um dos melhores lineups de sua história. Por isso, além de seu show, os integrantes do Krappulas pretendem assistir a várias outras apresentações. “Esse ano tem muitas bandas boas como o Maintraitors, Frantic Flintstones, Spellbound, Mullet, Cenobites, Ovos Presley e Brown Vampire Cats. Tem também o Sinners, que é headliner em qualquer parte do mundo. Sobre o Guana Batz não precisa nem falar, né? Mas a maior curiosidade fica para as bandas novas, como a Zabilly, Skullbillies, os nossos amigos do CWBillies e por aí vai! São elas que mantêm a cena viva e cada vez melhor!”, afirma.

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Pancadaria

O som do Krappulas tem como característica o fato de seguir por uma linha bem pesada, com passagens que beiram o Heavy Metal. De acordo com Breno, o guitarrista da banda tem muito a ver com essa violência sonora. “Quase todas as músicas do Krappulas vêm da cabeça doente e cada vez mais barulhenta do David. As influências também fazem a diferença. Nós ouvimos música pesada quando compomos, esta é a referência. Isto fica claro nas linhas de baixo e voz que estão mais pesadas”, explica.

Breno também destaca a participação dos três bateristas que passaram pelo Kráppulas até hoje. “Eles sempre tocaram pesado, desde o Germano, passando pelo Lucas e agora o Cris. Acreditamos que houve uma evolução. Atualmente, nós temos uma composição mais integrada entre guitarra, baixo, bateria e voz. Em suma, achamos que as músicas estão melhores”, complementa.

Cris está há um ano e meio com o grupo e fará a sua segunda apresentação com o Krappulas no Psycho Carnival. “Ele já está plenamente adaptado à banda, inclusive, deu um gás nervoso na gente. Só digo uma coisa: ele veio com referência do presidente Wallace e do chefe Vlad”, afirma. O “selo de qualidade” citado por Breno foi dado pelo guitarrista do Ovos Presley, Wallace, e pelo guitarrista e vocalista do Sick Sick Sinners, Vlad, dois dos mais importantes membros da cena Psychobilly curitibana.

Respeito

O Krappulas é um dos nomes mais antigos e respeitados da cena Psycho curitibana. Com toda essa experiência, a banda avalia que hoje o cenário para o estilo vem evoluindo não só na capital paranaense, mas em todo o Brasil. “Achamos que a cena de Curitiba, assim como a brasileira, está muito melhor. Não temos mais tanto radicalismo, um fator impeditivo de crescimento da cena. Antigamente o cara era obrigado a gostar de um único estilo para se integrar a alguma cena. Hoje em dia não. Com raríssimas exceções, o radicalismo perdeu espaço”, analisa.

E talvez o grande segredo para essa mudança seja a conscientização das pessoas em relação ao “modus operandi” da cena Psycho. “A impressão que temos é de que existe uma sedimentação. Parece que quem gosta de Rock percebeu que a cena Psycho aceita quem gosta de Rock. Pode ser Metal, Punk, Rockabilly, Oi, Surf ou Hillbilly, o importante é respeitar a cena, as bandas e, principalmente, as pessoas que já estão há muito tempo por aqui”, complementa.

Um fato que chama a atenção no Psycho Carnival é justamente essa diversidade de público. Hoje, o festival atrai muitas pessoas que não são da cena Psychobilly. Na visão de Breno, é interessante que as bandas sejam vistas por outros tipos de público. “Isso só melhora e divulga a cena. Agora, quando dizemos para alguém de fora da cena que tocamos Psychobilly, as pessoas sabem o que é. Bem, pelo menos eles têm uma ideia”, avalia.

Portanto, na próxima segunda-feira (8), iniciados e não iniciados no Psychobilly verão um dos melhores grupos da cena. E, se você não conhece os grupos curitibanos que fazem parte do estilo e são respeitados internacionalmente, o Psycho Carnival é uma ótima oportunidade para isso. “Vai ser uma pancadaria nervosa do início ao fim! A banda está em grande forma e com essa formação ela atingiu um nível de maturidade desgraçado! Venham pra quebrar tudo no wreck porque nós estamos preparados para a guerra!”, finaliza Breno.

O Psycho Carnival começa na próxima sexta-feira (5) no Jokers Pub. Os ingressos para o evento são limitados e podem ser adquiridos no site da Ticket Brasil. Em Curitiba os bilhetes também estão à venda nas lojas Dr. Rock Centro (Shopping Metropolitan, Praça Rui Barbosa, 765, loja 4, Centro), Dr. Rock Jardim (Shopping Jardim das Américas, Av. Nossa Senhora de Lourdes, 63, Loja 73-B, Piso 1, Jardim das Américas) e na Túnel do Rock (Rua XV de Novembro, 74, Centro).  Em São Paulo os ingressos estão à venda na Galeria do Rock (Av. São João, 439, 3º andar, loja 402) e, em Blumenau, na Blu Rock (Rua Dr. Amadeu da Luz, 132, Centro).