Texto: Marcos Anubis
Revisão e fotos: Pri Oliveira

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A banda curitibana Mongo fará a sua “estreia” no Psycho Carnival na próxima segunda (27). Mas nem de longe isso significa que seus integrantes são novatos no maior festival de Psychobilly da América do Sul.

O grupo nasceu do tradicional Chernobillies, banda que encerrou suas atividades em 2016, após 13 anos de estrada. A formação do Mongo conta com G-lerm (vocal), Ariton (guitarra), Matheus Moro (bateria, ex-Ovos Presley, Hillbilly Rawhide e atual Movie Star Trash) e Ricardo Crespo (baixo, ex-Roadrunners, banda rockabilly de São Paulo).

Ariton e G-Lerm eram da formação clássica do Chernobillies. Já Matheus e Crespo participaram do último show da banda, que aconteceu no Psycho Carnival do ano passado. “O Chernobillies acabou porque o Elvis (baterista) foi morar em São Paulo e o Toshiro (baixista) estava com alguns problemas de saúde que o impediram de tocar por algum tempo. Como já havia uma vontade de fazer algo novo, diferente do que estávamos produzindo, achamos que aquele era o momento de encerrar”, explica Ariton.

Matheus e Crespo se juntaram ao grupo no show que encerrava a carreira do Chernobillies. Como o entrosamento foi imediato, o quarteto seguiu com a mesma formação. “Os caras me chamaram e eu aceitei o desafio. Apesar de vir de uma escola Rockabilly, eu sempre gostei do estilo, principalmente da velha guarda do Psychobilly. Rolou o show do ano passado e foi muito divertido. O entrosamento foi bem fácil, também. Fiquei de olhos e ouvidos ligados na guitarra do Ariton e aí foi que foi. Daí para frente, foi só continuar a bagunça e o bebê Mongo começou a crescer”, complementa Crespo.

Ao vivo, a comparação será inevitável. Na visão de Ariton, as diferenças entre o Mongo e o Chernobillies estão bem claras. “A principal diferença é que, no Mongo, as letras são em inglês e a guitarra está com uma pegada em um estilo Psychobilly bem mais tradicional, com pouquíssima distorção. Isso aponta para as raízes do Psychobilly, mas com toda a irreverência e insanidade de sempre”, explica o guitarrrista.

A estreia do Mongo aconteceu no Psychobilly Fest do ano passado. De lá para cá, eles fizeram mais três shows. Mesmo neste início de trajetória, como não poderia deixar de ser, a expectativa dos integrantes da banda para esse primeiro show  no Psycho Carnival é grande. “Que o máximo de psychos curta o nosso show!”, diz Matheus. “E que seja mais uma noite de muita diversão e barulheira da boa!”, complementa Crespo.

Após o show no Psycho Carnival, o Mongo começará a pensar no lançamento de seu primeiro álbum, que deve sair em vinil 7”. “As músicas já estão escolhidas. Após o Carnival, nós entraremos em estúdio para gravar o nosso debut”, diz Matheus.

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Testemunha ocular da história

Com toda a experiência que os integrantes do Mongo possuem, dentro e fora do palco, todos já vivenciaram vários momentos marcantes nos quase 20 anos de Psycho Carnival. “Digo com um prazer enorme que esta é minha 18ª edição, sem faltar um único ano! Vi bandas ‘fudidaças’ e é uma festa que eu, como músico do estilo, não perco por nada”, afirma Matheus. “O Psycho Carnival é esse lindo encontro de gente estilosa, com um excelente gosto musical e que vem de sorriso aberto e cara fechada (só pra parecer malvadão) para assistir bandas incríveis que há alguns anos pareciam muito mais distantes de nós”, complementa Ariton.

O Mongo se apresenta na próxima segunda-feira (27) no Jokers, na noite de encerramento da 18ª edição do Psycho Carnival. A programação ainda contará com as bandas The Meteors, Krappulas, Jinetes Fantasmas, CWBillys e Asteroids Trio.

O setlist da apresentação já contará com composições da banda. “Será focado, é claro, na diversão do público. Em sua maioria, tocaremos composições próprias e também algumas versões inusitadas”, revela Matheus.

As entradas são limitadas e estão à venda no site Sympla. O Jokers Pub fica na Rua São Francisco, 164, no bairro São Francisco. Informações pelo fone (41) 3013-5164.