Texto: Marcos Anubis
Fotos e revisão: Pri Oliveira
Quantas bandas na história da música podem se orgulhar de terem criado um estilo? Obviamente, a lista é muito pequena, mas os cariocas do Gangrena Gasosa fazem parte dela. No início dos anos 1990, o grupo uniu a percussão e as entidades da Umbanda (retratadas não só nas letras das músicas, mas também nas roupas usadas nos shows pelos integrantes da banda) ao peso do Heavy Metal. Dessa mistura, surgiu o inconfundível Saravá Metal.
Nesse sábado (19), o Gangrena Gasosa se apresentou no Hangar – Casa do Ócio, em Curitiba, no primeiro show do grupo na capital paranaense desde 2010. A abertura foi das bandas Crotchrot, Chubasa e Dalborga, três nomes importantes e atuantes na cena underground curitibana.
Saravá, misifios curitibanos!
Já passava da meia-noite quando Angelo Arede – Zé Pelintra (vocal), Eder Santana – Omulu (vocal), Minoru Murakami – Exu Caveira (guitarra), Diego Padilha – Tranca Rua das Almas (baixo), Ge Vasconcelos – Pombagira Maria Mulambo (percussão) e Alex Porto – Exu Tiriri (bateria) começaram a pisar no palco.
Com o Hangar lotado, o grupo abriu o show com “Se Deus é 10, Satanás é 666”, “Encosto” e “Surf Iemanjá”. O último despacho do Gangrena Gasosa em Curitiba foi em dezembro de 2010 e, por esse motivo, o público curitibano estava ansioso para rever essas entidades.
Naquele show, o Gangrena estava prestes a lançar o álbum “Se Deus é 10, Satanás é 666” e, para não perder a aura “mística” que envolve o grupo, a vinda a Curitiba teve episódios bem estranhos. “Lembro que o que cercou esse show foi meio tenso. Foram 17 horas de viagem em uma van. O motorista se perdeu no caminho e ainda por cima dormiu ao volante! Quase morremos!”, conta Angelo Arede.
Naquele dia, o vocalista evitou que a banda fosse encontrar em outro plano as entidades retratadas no palco. “Eu estava no banco bem atrás do motorista e percebi que, ao invés de acompanhar as curvas, ele estava fazendo várias pequenas retas. Percebi na hora e fiquei mais pra frente com a cara praticamente entre o condutor e o motorista reserva. Não deu nem cinco minutos e ele dormiu em uma curva e foi direto pra cima de uma parede de gelo baiano – aquelas paradas retangulares feitas de plástico que usam pra dividir a pista – em direção a uma parede de pedra. Como eu já estava ali pra vigiar exatamente isso, dei um berro no ouvido dele que deve ecoar naquela cabeça até hoje!”, complementa.
De lá pra cá, muitas mudanças aconteceram no grupo, mas o Gangrena permaneceu na ativa e lançando álbuns periodicamente. “Entrei na banda em 1994 e assumi o volante do carro desgovernado em 2004. Desde então, toda a produção ficou mais centralizada em mim porque sempre considerei a banda algo mais do que um hobby de final de semana. Tomei gosto pela coisa e ajudou bastante o fato de criarmos o núcleo-duro da banda comigo, a Ge e o Minoru há mais de 10 anos. A banda evoluiu bastante, principalmente no aspecto percussivo, mas mantém a essência da toscaria que tinha quando eu entrei nos anos 1990. O mundo todo mudou bastante depois disso, e com a Gangrena não foi diferente. Pela evolução profissional que tivemos nesse tempo, acho que pelo menos mudou pra melhor”, diz.
Recepção de gala em Curitiba
Do primeiro ao último minuto do show no Hangar, o público que lotou a casa participou de forma intensa, cantando as músicas e pogando sem parar. Essa recepção calorosa deixou a banda visivelmente emocionada e ainda mais entusiasmada do que já estava após ficar quase uma década sem vir a Curitiba.
Entre outras músicas, o setlist do show ainda teve “Terreiro do desmanche”, “Headbanger voice” e “Gente ruim só manda lembrança pra quem não presta”, faixa-título do mais recente álbum do grupo. Em algumas músicas, como “Eu não entendi Matrix” e “Cambonos from hell”, o caos se instalou de maneira ainda mais forte no Hangar.
A essência do Saravá Metal
Duas particularidades caracterizam de maneira muito forte o Saravá Metal do Gangrena Gasosa: a percussão e as referências à Umbanda. Porém, a ênfase nos batuques só foi colocada mais a frente do som da banda a partir de 2011. “Temos percussionista desde o ‘Smells Like a Tenda Spirita’ (2000), mas as composições só começaram a ser pensadas mais percussivamente no disco seguinte ‘Se Deus é 10, Satanás é 666’ (2011)”, diz.
O outro ponto é a conexão de cada um dos músicos com a entidade que eles escolheram para incorporar nos shows. “Particularmente, eu escolhi o Zé Pelintra porque acho que é a melhor representação do espírito da Gangrena. De resto, a escolha dos Exus representados no palco é livre, deixei a cargo de cada um. Só o Orixá Omulu que nós quisemos realmente manter”, complementa.
Na contramão de tudo que é tradicional
Por causa dos temas que a banda aborda, o Gangrena sempre enfrentou críticas de quem acha que a arte deve viver amarrada a dogmas e conceitos preestabelecidos. Porém, apesar de não ter sido atingido diretamente pela onda de conservadorismo que vem emergindo na música, no teatro e em outras expressões artísticas no Brasil, o grupo vem percebendo muitas mudanças na cena. “Esse é o tipo de dano invisível é quase impossível de medir. As iniciativas culturais vêm sendo reprimidas e sofrendo com operações tartaruga para desencorajar os produtores a organizar eventos que não sejam cristãos ou alinhados com a família tradicional brasileira (eca!). Alvarás são travados mesmo com apresentação de toda a documentação solicitada, autorizações são revogadas perto dos eventos e isso vai minando todo o mercado cultural”, analisa.
Dentro desse contexto, de uma forma ou de outra, todos os artistas acabam sendo atingidos. “Não dá pra medir quantos shows deixamos de fazer por isso, mas continuamos aí mandando brasa. Sem contar que está tramitando o projeto de Lei 5194/2019 que propõe criminalizar e censurar estilos musicais que tragam ‘conteúdo ofensivo’. Não é uma música ou outra, são estilos musicais inteiros! Demorou bem pouco para virem pra cima do Rock”, complementa.
Insistência e superação
Manter a banda viva e produzindo coisas inéditas, nitidamente, é uma coisa importantíssima para os integrantes do Gangrena. Nos últimos anos, por exemplo, a banda vem enfrentando situações que poderiam tirar o foco do trabalho se o grupo não confiasse tanto no que faz.
A principal é a disputa pelo nome da banda que vem sendo travada judicialmente com ex-integrantes da Gangrena. Nesse ano, inclusive, alguns desses músicos que fizeram parte do grupo decidiram fazer shows usando o nome “Gangrena Gasosa Raiz”.
Mesmo com tantos obstáculos que insistem em surgir, o Gangrena não entrega os pontos. “Ninguém joga pedra em árvore que não tem frutos, maluco! Podem criar o obstáculo que for, o certo não vira errado por isso. Não sou muito de buscar guerra, mas como filho de Ogum Xoroquê, quando ela acontece eu fico muito à vontade. Sigo trabalhando cheio de vontade de criar, de produzir, de fazer música pesada. Os cães ladram, mas a caravana não para!”, diz.
Dentro dessa visão, a banda já está pensando no lançamento de um novo álbum. “Estamos trabalhando na composição de músicas novas e o meu plano é que role ainda em 2020”, diz.
Vade retro!
Os integrantes do Gangrena sempre vivenciaram muitas situações malucas no palco e fora dele. Algumas foram retratadas no documentário “Desagradável” (2014), produzido por Fernando Rick e lançado pela Black Vomit.
Hoje, a banda continua colecionando experiências inusitadas. “É foda, porque quando dá merda pra qualquer banda é só um acidente de percurso, mas quando é com o Gangrena Gasosa vira poltergeist, né? Mesmo assim, admito que foi estranho uma situação na gravação do ‘Gente Ruim Só Manda Lembrança Pra Quem Não Presta’. Estávamos gravando em um estúdio sensacional com equipamento de última geração e no último dia, quando faltava somente algumas dobras de voz e percussão, a interface física inteira do programa de gravação pifou, do nada! Mas isso não impediu que saísse esse disco bonito, joiado e boladão. Tudo em paz no reino de Satanás”, conta.
Sangue nos olhos
Ao vivo, o peso do som do Gangrena é ainda mais impressionante do que nos álbuns e vídeos e isso pôde ser visto in loco no show no Hangar. Esse peso foi potencializado no início de 2019 com a entrada do baterista Alex Porto, ex- Warfx, que deixou o som do grupo mais rápido e violento com uma pegada voltada para o Thrash Metal.
Já o vocalista Eder Santana, que entrou em 2017 após um “concurso” para eleger o novo Omulu da banda, também parece que faz parte do grupo há décadas. Os dois caíram como uma luva na engrenagem da Gangrena. “O Alex, que entrou em fevereiro, é uma figura carimbadíssima no underground carioca e assumiu a bateria com autoridade!”, diz.
Alex e Eder se juntaram a uma das melhores formações que o Gangrena já teve nos 29 anos de trajetória da banda. Analisando peça por peça, Angelo é um dos melhores frontmen do Brasil, pois sabe encarnar a essência do grupo de maneira perfeita. Já a percussionista Ge Vasconcelos consegue acrescentar com maestria e sem exageros o toque das batidas de Umbanda que são absolutamente fundamentais para que o som do grupo se materialize.
Nas cordas, Padilha e Minoru constroem os riffs inconfundíveis que dão ao grupo o peso necessário (além de serem duas figuras sinistras no palco)!. Porém, engana-se quem pensa que é fácil estabelecer uma química tão forte assim. Na realidade, o Saravá Metal só funciona por causa da qualidade e do envolvimento de cada um dos integrantes do grupo em “prol” da construção desse estilo.
Musicalmente, a Gangrena une diversos elementos do Heavy Metal, do Punk e do Hardcore para criar um som único. Só isso já chama a atenção, mas no palco, a atitude da banda de incorporar, talvez até literalmente, seis entidades da Umbanda é de uma criatividade sem tamanho. Afinal, para que falar de deuses nórdicos, por exemplo, se a cultura popular brasileira é igualmente rica e repleta de figuras mitológicas?
Junte a isso a energia vinda do público, que reconhece a originalidade do Gangrena, e você terá uma bomba-relógio pronta para explodir. E ela realmente explodiu em um grande show no Hangar. “Foi foda! Compensou todo susto e urucubaca do show anterior, em 2010. Casa lotada, bandas foda abrindo o evento, público agitando de forma insana o tempo inteiro e cantando a plenos pulmões todas as músicas. Foi uma experiência incrível, uma sinergia que não rola em toda gig! E não estou sendo vaselina nem tô de simpatia! Quem estava lá sabe que foi especial!”, finaliza Angelo Arede.
“Centro do Pica-Pau Amarelo” e “Saci” encerraram a apresentação. Também é importante destacar a mentalidade da equipe do novo Hangar – Casa do Ócio. Além de valorizar a cena curitibana, promovendo semanalmente muitos shows de bandas da cidade, o bar também tem organizado apresentações de grupos importantes do underground brasileiro a preços acessíveis ao público.
Assista ao vídeo da música “Se Deus é 10, Satanás é 666”, gravada ao vivo no show do Gangrena Gasosa no Hangar, e veja o nosso álbum de fotos.
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Dalborga
Clovis Roman (vocal), Yákilli (guitarra), Kenia Cordeiro (baixo) e Yuri Giacomelli (bateria) abriram o show com “Caveira metal”, “Pequenas igrejas, grandes fogueiras” e “Eu fico desgraçado na minha cabeça”.
O Dalborga deu um nó na cabeça do público, afinal, o grupo não é necessariamente uma “banda tradicional” com músicas baseadas em estruturas harmônicas predefinidas. “A proposta é fazer barulho. É algo como um Noisecore experimental. Nós criamos tudo na hora do palco e, assim, mostramos um material bruto ao público, exclusivo e único. Nós não ensaiamos nada previamente. Tudo o que você vê e ouve ali é criação espontânea e momentânea”, explica Clovis Roman.
Levando essa fórmula ao extremo, o conceito do Dalborga é não se prender a nenhuma fórmula. “As músicas não têm letras, apenas títulos, mas nós sempre anunciamos cada uma delas. Temos, por exemplo, a faixa ‘A Hebe foi pra fita’, que é uma das nossas mais famosas. Só que em cada show ela é uma música diferente, apenas o título é o mesmo”, complementa o vocalista.
“A Hebe foi pra fita” encerrou a apresentação. “O Dalborga está na ativa há nove anos e esse foi disparado o nosso show mais legal! O clima estava ótimo, com uma tremenda energia positiva, mesmo que o som das bandas da noite fosse uma barulheira doida. A galera dançou, agitou e deu muita risada no nosso show e essa é a ideia. É uma fuga momentânea da realidade”, finaliza Clovis Roman.
Assista ao vídeo da música “Pequenas igrejas, grandes fogueiras”, gravada ao vivo no show do Dalborga no Hangar, e veja o nosso álbum de fotos.
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Chubasa
O trio curitibano Chubasa chamou muito a atenção de quem não conhecia o grupo. Afinal, a formação inusitada com dois baixos, sem guitarra, gera um som pesadíssimo e com uma sonoridade bem característica.
Fernando Grommtt (baixo e vocal), Mikael Livorum (baixo e vocal) e Flavio Leocadio (bateria) abriram o show com “Mórbidas criaturas”, “Brutal satisfação” e “Amanitas pantherinas”. O setlist ainda teve, entre outras músicas, “Lycanthropy” e “Pura desgraça”.
As melodias construídas em conjunto pelos dois baixos são bem interessantes, pois conseguem unir bases e solos de maneira bem coesa. Essa é justamente a característica que mais chama a atenção no Chubasa, por fugir completamente da configuração normal de uma banda, mesmo no Heavy Metal. “Utilizamos dois baixos, um com distorção e outro com o som limpo. Aproveitamos isso ao máximo, criando um som extremamente pesado e ainda adicionando solos com os dois baixos. Trabalhamos sempre em sintonia com o Flavio, nosso batera que faz milagre e um trabalho excepcional para conseguir criar música com os dois baixos. Então, quando começamos a tocar, sentimos que a galera ficou espantada com o som, mas logo entraram na vibe e curtiram muito junto com a gente”, diz Fernando Grommtt, que também é baixista e vocalista do lendário grupo curitibano Imperious Malevolence, um dos maiores nomes do Death Metal brasileiro.
Atualmente, o Chubasa está em processo de gravação do álbum “Obscenário Necrológico”, o primeiro registro fonográfico do grupo. “Estamos gravando no Fund’s House Studio com o Alysson Irala, guitarrista do Motorbastards e do Sad Theory, que é um grande amigo nosso. Como eu gravei o ‘Decades of Death’ do Imperious Malevolence no mesmo estúdio, as gravações com o Chubasa foram bem mais tranquilas. Finalizamos os instrumentos no mês passado e agora estamos trabalhando na equalização e mixagem das músicas. Acreditamos que essa parte será a mais trabalhosa. Na sequência, vamos entrar em contato com alguns selos para tentar parcerias na prensagem dos CDs”, finaliza Fernando. “Obscenário Necrológico” deve ser lançado em fevereiro de 2020.
“Black metal” encerrou a apresentação. “Foi uma grande honra para nós poder dividir o palco e conhecer o Gangrena Gasosa, que é uma banda da qual somos fãs há muito tempo. Os caras são foda, tanto musicalmente quanto pessoalmente. Quando subimos no palco, fomos muito bem recebidos pelo público. Algumas pessoas já tinham vistos nossos shows, mas a grande maioria não fazia ideia do tipo de som que levaríamos ao palco, ainda por sermos uma banda que não tem guitarrista”, finaliza Fernando Grommtt.
Assista ao vídeo da música “Brutal satisfação”, gravada ao vivo no show do Chubasa no Hangar, e veja o nosso álbum de fotos.
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Crotchrot
Hugo “Muringa” (vocal), Cynthia (guitarra), Angela (baixo) e André (bateria) abriram o show com “Sarrada aérea”, “Tesão de vaca” e “Brochas from hell”. Hugo, que entrou no palco e passou o show todo vestido de “unicórnio”, é um dos melhores frontmen da cena underground curitibana. Ao vivo, o quarteto tem uma postura bem descontraída, em contraste com um som pesado e violento.
O show no Hangar marcou o lançamento oficial do Split 7” “Impulso Abrupto Alucinado”, gravado em conjunto com a banda carioca Gore. “Gravamos esse material no começo de 2019 no estúdio Sabine. A produção e gravação ficou a cargo do Michael (guitarrista do Clã dos Mortos Cicatriz e baterista do Narcose)”, diz Hugo.
O som do Crotchrot tem como base o Goregrind, mas a banda também faz algumas “brincadeiras”, introduzindo pedaços de Funks pré-gravados no início das músicas. O setlist ainda teve “Orgia” e “X-gordinha”, entre outras músicas.
“Virilha podre” encerrou a apresentação. “Foi muito gratificante ter participado do cast que abriu o show do Gangrena, com o Dalborga e o Chubasa, bandas que já tivemos a oportunidade de dividir o palco e que mantiveram o gás até o Gangrena Gasosa começar a balbúrdia! Particularmente, fiquei muito impressionado com a resposta da galera à nossa apresentação! Fizemos um setlist enxuto em respeito ao cronograma da noite, dando ênfase aos materiais mais recentes. A euforia coletiva definitivamente foi o ponto culminante do bailinho de sábado: muito tupa-tupa sensual, vocal de monstro, panfletarismo irresponsável e apologia dionisíaca à serviço do roque brabo! Grande noite! Coisa boa!”, finaliza Hugo.
Assista ao vídeo da música “Virilha podre”, gravada ao vivo no show do Crotchrot no Hangar, e veja o nosso álbum de fotos.
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Parabéns pelo excelente texto, retrata fielmente o que rolou no Hangar, A Casa do Ócio, nessa noite memorável!!!!