bill wyman

 

O ex-baixista dos Rolling Stones, Bill Wyman, acaba de lançar o livro de fotos Bill Wyman’s Scrapbook. Em uma entrevista à revista americana Rolling Stone, ele falou sobre o livro e sobre o período em que tocou com os Stones. A publicação, em edição limitada, traz fotos do músico desde a sua infância até o seu último show completo com a banda no Estádio Wembley, na cidade de Londres, Inglaterra, em 1990. Entre as imagens com os Stones estão fotos de shows, de festas ao lado de David Bowie e da gravação da música “You can’t always get what you want”.

Wyman deixou os Stones em 1991. Desde então, ele tem se dedicado a vários projetos com a sua banda, o Rhythm Kings, e seu restaurante em Londres, chamado Stick Fingers. Em 2007, o baixista chegou a lançar um detector de metais que leva o seu nome. “Conheço pessoas incríveis e saio nestas tangentes fantásticas com outros projetos, é tão empolgante. É muito melhor do que só tocar rock durante a vida inteira”, disse Bill.

A personalidade de Wyman, discreta e de poucas palavras, sempre contrastou com o jeito explosivo de Mick Jagger e Keith Richards. Durante o período em que tocou com a banda, 1962 a 1993, o baixista colecionou fotos dessa trajetória. O resto do grupo, segundo Wyman, não estava interessado em guardar qualquer recordação, naquela época. “Fiz isso porque tinha um bebê de oito meses quando entrei para a banda e queria guardar coisas para que ele soubesse que já estive em um grupo que apareceu na TV e gravou dois discos. Achei que só duraria um ano ou dois, como todos nós achávamos na época”, explicou.

Bill possui 25.000 fotos em seu arquivo. O baixista nunca foi um estereótipo de “astro do rock”. Seus interesses sempre foram além do que a música podia proporcionar. “Sempre me interessei por culturas antigas, arqueologia, astronomia, fotografia, arte e, à medida que fui crescendo, tentei aprender mais e me aprimorar lendo livros e vendo documentários e filmes”, contou.

Durante os 29 anos em que esteve com os Stones, Bill nunca pode se dedicar, com mais profundidade, aos seus hobbies. “Esse é um dos motivos pelos quais eu saí dos Rolling Stones. Eu queria me envolver em outras coisas que amava, mas para as quais não tinha tempo”, explicou. As roupas usadas pelo baixista nas quase três décadas em que participou do grupo, além de instrumentos musicais e publicações, também fazem parte do seu acervo. “Tenho meu baixo feito em casa, fabricado em 1961, antes do Stones, que foi o primeiro sem trastes já feito. Só soube que tinha montado um baixo sem trastes quando começaram a fabricar instrumentos deste tipo, seis anos depois”, contou.

Wyman parece não se importar de não fazer mais parte de uma das maiores bandas de rock and roll da história. Na vida do baixista, as pedras continuam rolando, de outras maneiras. “Este é meu oitavo livro e explica para quem não me conhece, ou até para quem me conhece, o escopo da minha vida, que tem sido incrível. Queria dividir isso”, finalizou Wyman.