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Adriane e a capa de “Close To The Edge) (Foto – Rafael Bardal)

O Álbuns Clássicos de hoje traz a estudante de nutrição Adriane Bardal (31) falando sobre o álbum “Close To The Edge”, da banda inglesa Yes.

O disco, lançado em 13 de setembro de 1972 pela Atlantic Records, foi produzido por Eddie Offord e pelo próprio grupo. A formação do que concluiu as gravações tinha Jon Anderson no vocal, Steve Howe na guitarra e vocal, Rick Wakeman nos teclados, Chris Squire no baixo e vocal e Bill Bruford na bateria. Em junho de 1972, após o término das gravações do álbum, o baterista Bill Bruford saiu da banda para se juntar ao King Crinson. Seu substituto foi Allan White“Close To The Edge” alcançou o Top Ten tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos, onde passou 32 semanas entre os dez mais vendidos.

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A fã e sua coleção (Foto – Rafael Bardal)

O acervo

A fã tem, em sua coleção, 16 LPs e sete DVDs. O interesse pelo grupo foi despertado ainda na adolescência. O irmão de Adriane foi o responsável por lhe apresentar a banda. “Comecei ouvindo Yes aos 12 anos, pois meu irmão sempre deixava o som rolando quando ficávamos sozinhos em casa. Quando ele comprou o álbum ‘Talk’, que tem a capa branca com a logo do Yes toda colorida, o disco chamou a minha atenção pela alegria que transmitia”, diz a fã.

A partir daí, o interesse pela banda foi aumentando. Além de admirar a qualidade dos músicos do grupo, Adriane procurou saber o que as letras diziam, pois elas, de certa forma, complementam a elaborada parte instrumental dos discos do Yes. “As músicas, sempre muito bem interpretadas por Jon Anderson, expressavam o mais importante da vida, que é o amor”, analisa.

Quando o irmão de Adriane comprou o álbum “Close to the Edge”, a princípio o disco não chamou muito a atenção da futura fã. “Mas quando ouvi a suave melodia e os barulhos do rio, corri para o quarto e acompanhei com o encarte na mão, viajando nas linhas de teclado e guitarra que criam formas e cores enquanto são apreciadas de olhos fechados”, relembra.

As faixas

Os 37 minutos do disco são divididos em apenas três canções. Adriane destaca a faixa título do álbum. “Ela começa com The solid time of change’ e ‘Total mass retain’ que possuem uma melodia alegre pontuada de teclados e guitarras minuciosamente tocadas por Steve Howe”, diz.

A segunda faixa, “And you and i”, é uma espécie de continuação desse primeiro ato do disco. “Ela começa com uma guitarra crua, soando como um improviso e dando lugar a dedilhados profundos, porém suaves. Finalizando os dez minutos de música temos ‘Apocalypse’, que nos traz de volta do abismo com uma melodia suave e tranquila, deixando o caminho aberto para ‘Siberian Kathru’, que encerra o disco”, analisa.

Os shows

Como todo fã, o maior sonho de Adriane era ver os seus ídolos, ao vivo. Em 2011 o vocalista Jon Anderson, já em carreira solo, se apresentou em Florianópolis. “Fiquei sabendo que meu irmão iria ver o show, liguei para ele e pedi carona até a rodoviária. Comprei a passagem e fui, largando marido e filha pra trás”, relembra. No ano seguinte ela veria o mesmo show, novamente, desta vez em Curitiba.

No último mês de maio o Yes se apresentou no Teatro Guaíra, em Curitiba. Durante as quase três horas de show, o grupo apresentou, na íntegra, os álbuns “The Yes Album” de 1971, “Close To The Edge” de 1972 e “Going For The One” de 1977. “O maior prazer que tive na vida foi ver esse álbum tocado ao vivo e na íntegra. A formação do Yes já não é a mesma há muito tempo e, é claro que com a saída, ou melhor, retirada do Jon Anderson, a banda ainda procura se acertar com outros vocalistas. Mas confesso que fiquei surpresa com os vocais do Jon Davison que em momento algum deixaram a desejar”, elogia Adriane. Você pode ler neste link a cobertura que o Cwb Live fez no show do Yes no Teatro Guaíra.

A fã conta que se deixou levar pelo show do grupo, dançando e derramando lágrimas de emoção ao ver a sua banda predileta. Isso acabou chamando a atenção de uma jovem senhora de cabelos brancos que, ao final do show, foi dar um abraço em Adriane. “Qual não foi a minha surpresa ao saber que ela era a esposa do Jon Davison. Ela disse que tinha se emocionado com o amor que demonstrei pela banda e sentiu-se à vontade para se sentar ao meu lado e confessar alguns detalhes da vida dos meus músicos favoritos. Conversamos durante duas horas vendo o palco sendo desmontado e degustando o ainda fresco som do melhor grupo de rock progressivo do mundo”, finaliza.

Assista ao começo do show do Yes no Teatro Guaíra, que aconteceu no último mês de maio.