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MIchael Jackson durante a gravação do álbum “Bad” (Foto – HarrisonxFunk)

 

O jornal britânico Sunday People divulgou uma série de documentos que indicam que Michael Jackson, falecido aos 50 anos em 25 de junho de 2009 devido a uma parada cardíaca causada por uma overdose de medicamentos, chegou a pagar US$ 35 milhões, (R$ 78 milhões), para silenciar as vítimas de possíveis abusos sexuais cometidos por ele.

Os papéis pertenciam ao investigador particular Anthony Pellicano, que foi contratado pelo rei do pop para encontrar as famílias das vítimas. De acordo com o jornal, os documentos revelam 17 nomes de garotos menores de idade. Pellicano foi preso em 2002, por grampo ilegal e, na ocasião, o FBI confiscou todos os arquivos que ele possuía, inclusive os que envolviam o caso de Michael Jackson. Um amigo que trabalhava com Pellicano, também investigador, guardou cópias de todos os documentos e os entregou ao Sunday People.

A revelação dos arquivos reavivou os rumores de que Jackson abusava sexualmente de crianças. Uma das pessoas que batem nessa tecla, desde a morte do cantor, é o coreógrafo Wade Robson, hoje com 30 anos, que acionou a justiça norte-americana contra o espólio de Michael Jackson alegando ter sofrido anos de abusos por parte do rei do pop.

Durante um julgamento em 2005, Wayne negou que tivesse sido molestado pelo cantor. Ele estava acompanhado de outras supostas vítimas que teriam sido subornadas por Michael. Robson pediu que seus advogados entrem em contato com o FBI para ter acesso aos documentos.

Entre os arquivos, está a transcrição de uma conversa entre o investigador e dois ex-empregados da casa de Michael, a mansão Neverland, Philip LeMarque e a esposa dele, Stella, que moravam no local. Leia abaixo trechos da conversa, gravada em 28 de agosto de 1993.

Stella: “O Garoto A veio ver o Michael. Os pais estavam na sala fumando maconha com um bebê de cinco meses. Na época ele estava louco pelo Garoto A e o irmão dele.”

Philip: “Michael gosta deles jovens. O Garoto A estava ficando velho. A primeira vez que Michael viu o Garoto A no filme XXXXXXX, ele disse ao Garoto A que gostaria de conhecê-lo.”

Investigador: “Espere um minuto. Ela [uma ex-empregada de Michael Jackson] faz acordos com os pais das crianças?”

Philip: “Ela faz acordos com os pais para trazer todo mundo… Os pais com as crianças para o rancho. Se tem cinco crianças o Michael escolhe o que ele quer.”

Investigador: “Você está dizendo que ela [uma ex-empregada de Michael Jackson] traz uma seleção de crianças para Michael escolher? Como um cafetão?”

Philip: “Sim.”

(…)

Investigador: “Quero saber sobre as outras crianças. Imagino que havia algumas.”

Philip: “Mais do que algumas.”

Investigador: “Ok, vamos chegar nelas, mas me diga o que você sabe sobre Michael e o Garoto A.”

Philip: “[Michael] me ligou às duas da manhã para dizer ‘Philip, você por favor me traz batatas fritas?’. Ok, eu levanto e vou fazer batatas fritas para ele. Então, pego o rádio, ligo para a segurança e pergunto: ‘Onde está Blue Fox?’ Eles dizem: ‘Oh, ele está no salão de jogos…’ Eu fui pela outra entrada e entrei por lá e foi aí que vi Michael tocando o menino. “

Investigador: “Michael estava tocando as partes íntimas do garoto por cima da calça?”

Philip: “Não, não, não… Por dentro da calça.”

Stella: “O Garoto C no cinema, Michael fez a mesma coisa com ele… e a mãe estava duas ou três fileiras à frente.”

Investigador: “Eles não estavam assistindo pornografia?”

Stella: “Não, mas estavam se beijando.”

Investigador: “Na bochecha?”

Stella: “Não, como amantes. Eu os vi. Aquilo não era normal.”

Confira o clipe de “Thriller”, faixa título do álbum que alçou Michael Jackson ao posto de rei do pop.