Texto e foto: Marcos Anubis

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Ouvir o som de Yngwie Malmsteen em discos ou em vídeos é impressionante. Porém, assistir ao vivo, percebendo in loco a precisão e a rapidez de sua técnica, é uma experiência única. O show do guitarrista sueco, que aconteceu nessa quinta-feira (7) no Teatro Positivo, em Curitiba, foi um daqueles momentos nos quais a arte se sobrepõe a qualquer rótulo.

A apresentação começou com “Rising force”, faixa-título do álbum homônimo lançado em 1984, que foi o primeiro trabalho solo de Malmsteen. “Spellbound”, que dá nome ao seu mais recente disco, lançado no fim do ano passado, veio em seguida.

O wall of Marshalls, (muro de Marshalls), que Yngwie tinha atrás de si era digno de sua reputação. Nada menos do que 18 gabinetes e 15 caixas compunham o cenário dos sonhos de qualquer guitarrista. Os fãs, entorpecidos pela parede sonora criada pelo músico, que unia solos e riffs contínuos e extremamente rápidos, demonstraram logo de cara sua reverência aos gritos de “Malmsteen, Malmsteen”.

Yngwie foi acompanhado por Bjorn Englen no baixo, Patrik Johansson na bateria e Nick Marinovich no teclado e vocal.

O cantor, aliás, mostrou ter uma voz poderosa e afinada. Afinal, manter a base para um artista desse nível não é fácil. O trio foi escolhido a dedo.

Técnica, velocidade e criatividade

Malmsteen é um grande admirador de compositores clássicos, como Paganini e Johann Sebastian Bach.

Após as passagens pelas bandas Steeler e Alcatraz, no início dos anos 1980, Lars Johann Yngwie Lannerback, nome de batismo do guitarrista, percebeu que seu talento era único e não “cabia” dentro de um grupo.

Foi a gravadora Polydor que ofereceu o primeiro contrato, em 1984, dando o pontapé inicial para a carreira brilhante que se desenvolveria depois.

Nesse início de trajetória, Yngwie teve como fiel escudeiro o tecladista Jens Johansson, atualmente no Stratovarius. Ele foi um dos personagens mais importantes na construção do que seria o Metal Neoclássico, a mistura de Heavy Metal e Música Clássica “criada” por Yngwie.

“I’ll see the light tonight”, do álbum “Marching Out”, lançado em 1985, fechou a apresentação.

O guitarrista deixou o palco ovacionado pelo público. Poucos músicos possuem talento como instrumentistas e uma obra consistente para serem considerados gênios, referências em seu estilo. Yngwie Malmsteen é um deles.

Confira duas músicas do show de Yngwie Malmsteen em Curitiba: “Rising force” e “I’ll see the light tonight”