Músicos, produtores, donos de casa de show e o próprio público que acompanha a cena curitibana falam sobre esse eterno dilema da capital paranaense
A dificuldade que as bandas curitibanas de Rock’n’roll encontram para mostrarem o seus respectivos trabalhos fora da capital paranaense (e dentro dela), é histórica.
Falta de dinheiro, de espaço para tocar, de apoio do público, enfim, são muitos os motivos que, juntos, formam uma barreira quase intransponível.
O Cwb Live conversou com vários personagens da nossa cena musical oara tentar entender essa realidade que há muitas décadas atormenta os artistas em Curitiba.
Qualidade das bandas
A maioria dos envolvidos com a cena musical da cidade concorda que o problema não é a qualidade dos músicos.
Para o proprietário do Blood Rock Bar, Sergio Mazul, que também é vocalista da banda Semblant, os artistas locais não deixam nada a desejar dentro do cenário nacional. “Acho que Curitiba tem diversos grupos impecáveis nos quais quem está começando agora, ensaiando na garagem de casa, pode se espelhar”, afirma.
A visão das bandas em relação a estrutura de trabalho, fator primordial para que um grupo consiga se destacar em um universo que abrange tantos concorrentes, parece também estar evoluindo.
Anderson Silva, dono do tradicional Hangar, um dos mais antigos bares de Curitiba, acredita que a qualidade dos artistas da cidade é inegável. “Temos ótimas bandas, principalmente no que diz respeito ao som autoral”, analisa.
Sergio ainda faz questão de citar alguns nomes que fazem um bom trabalho, apesar de todas as dificuldades que encontram pelo caminho. “Podemos atestar o que eu disse por meio de diversos exemplos, entre eles, as bandas Fire Shadow, Livin Garden, Necropsya, Division Hell, True, Archityrants, Doomsday Ceremony, Murder Rape, e Disharmonic Fields”, elenca.
Além dessas bandas, outros grupos curitibanos, como o Imperious Malevolence, Eternal Sorrow, Gypsy Dream, Amen Corner, e Hecatomb, estão na ativa desde as décadas de 1980/90 e seguem acreditando em seus trabalhos autorais, mesmo sem terem conquistado espaço no cenário nacional da forma que poderiam, ou deveriam.
Se as bandas são boas, quais seriam os motivos que impedem que elas sejam reconhecidas dentro no seu próprio estado de origem?
As hipóteses
A comunidade musical da cidade tem várias “teorias” para explicar essa dificuldade que os grupos de som autoral enfrentam, mas a crítica maior é sempre voltada para o público local.
Fabio Elias, guitarrista e vocalista da Relespública, uma das mais antigas bandas do Rock curitibano, acredita que o fator “moda” é levado muito em consideração pelos fãs. “O público, em geral, vai pelo que a está em voga. Quer se divertir, se inserir em um grupo para não se sentir um peixe fora d’água”, comenta.
Isso acaba fazendo com que os artistas fiquem restritos a uma pequena parcela da população que consome música na cidade. “As bandas de Rock autorais são para um público seleto, que gosta e acompanha. Não existe mídia, não existe esse tal valor”, critica o guitarrista.
Diante dessa realidade, a capital paranaense nunca viu um grupo nativo fazer “sucesso”, consistentemente, a nível nacional.
Quem chegou mais perto disso, nos anos 1980, foi o Blindagem. “Não temos ídolos em nossa capital. Preferimos valorizar os artistas que vem de fora”, afirma Fabio.
O guitarrista e vocalista Cassiano Fagundes é um dos veteranos da música curitibana. Entre as várias bandas das quais participou está o Magog, um dos maiores nomes dos anos 1990, quando Curitiba chegou a ser chamada de “Seattle brasileira”, devido à grande quantidade de grupos alinhados ao movimento independente que estava em evidência em todo o mundo, naquele período.
A visão de Cassiano sobre a falta de uma cena musical na capital paranaense é enfática. “Acho que nem toda cidade tem vocação para isso. Curitiba é um local conservador que valoriza muito o esquema capitalista de lucro e aparências e pouco o pensamento livre e a diversidade. Não tem como um lugar assim ser uma casa de força criativa para o mundo”, sentencia.
Entre 1986 e 1995, a extinta rádio Estação Primeira formou uma legião de apreciadores da boa música, em Curitiba.
A emissora foi responsável por romper o esquema “parada de sucesso” que predominava no rádio curitibano da época, trazendo à tona artistas desconhecidos do público, como The Smiths, Ride e The Charlatans, entre outros.
O programador musical da Estação Primeira era o jornalista e músico Fernando Tupan que, além de ser um dos mais ativos “agitadores culturais” da cidade, também faz parte da banda Ídolos de Matinée que, recentemente, retomou as suas atividades.
Tupan acredita que não existe o interesse da mídia local, com algumas exceções, em promover a cultura da cidade. “Falta informação para a maioria dos programadores das rádios paranaenses. Curitiba vive uma efervescência musical e a mídia ainda não se tocou. As redes sociais dão o termômetro exato do que acontece na capital”, conta.
O jornalista afirma que a “cena” curitibana existe, mas não há interesse em divulgá-la. “As bandas locais não vivem no ostracismo. A mídia sim. Muita gente acredita que a população quer ouvir o que a televisão dita. Engano”, critica.
Tupan, que até o ano passado trabalhava na Fundação Cultural de Curitiba, revela que a entidade faz a sua parte apoiando os artistas locais, mas que, nem sempre, isso chega até o grande público. “A FCC lança, todos os anos 24 artistas novos no ‘Bandas de Garagem’. Então, o Rock curitibano vive, apesar do desleixo dos jornais impressos, da televisão e das rádios. Os comandantes estão fechados em salas com ar condicionado e não saem às ruas para se atualizar”, critica.
Cassiano Fagundes é ainda mais contundente, pois acredita que a cidade está excluindo, naturalmente, quem se propõe a trabalhar com arte. “Gente criativa não se desenvolve em ambiente intolerante e fechado a novidades. Eu estou falando das bandas, do público, de todo mundo”, finaliza.
Essa falta de interesse significa que um dos ritmos mais influentes do mundo esteja fadado a um segundo plano?
O rock no ostracismo
Se na explosão do Rock nacional, nos anos 1980, a exposição de artistas do estilo era maciça, abrangendo qualquer grupo novo que se considerasse “roqueiro”, hoje, eles estão quase excluídos. “O Rock não está mais na moda, saiu da mídia totalmente”, afirma Fabio Elias.
Os “estilos” consumidos pelo público brasileiro, hoje, são o Sertanejo Universitário, o Pagode e o Funk carioca. São esses nichos que acabam sendo explorados comercialmente. “Acabou o interesse das TVs, rádios, gravadoras e produtores que só queriam se aproveitar das bandas. Hoje eles se aproveitam de outros gêneros populares, assim como o Rock já o foi”, critica Fabio.
O público
De acordo com dados divulgados em agosto do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Curitiba tem 1.776.761 moradores, fazendo com que a capital paranaense seja a cidade com o maior número de habitantes na região Sul do país.
Entretanto, mesmo com um dos maiores mercados consumidores do país à disposição, o Rock curitibano não decola e a falta de apoio dos fãs faz com que o público da cidade seja o grande vilão apontado pelos entrevistados. “O público poderia dar mais valor aos artistas locais. Já fui empresário de bandas e acompanhei situações onde artistas locais simplesmente passavam por situações inusitadas, tais como ‘é isso que tem pra vocês, entende’. Não vejo dessa forma. Quando posso, ajudo mesmo”, afirma Chrystian Ramos, que gerencia a maior casa de shows da capital, o Curitiba Master Hall.
Essa opinião também é compartilhada pelo proprietário do Hangar. “Ao que tudo indica, a cidade tem um público que não valoriza mesmo as bandas locais. Vejo isso pela procura bem maior nos eventos de covers”, analisa Anderson.
Uma crítica sempre presente entre os músicos autorais da cidade é o grande espaço dado às bandas cover.
Esses grupos, na visão dos artistas que se dedicam a compor, tiram o espaço que poderia ser destinado aos artistas que possuem um trabalho próprio. “Quem faz som autoral se preocupa demais com as bandas cover, quando deveria se focar em mostrar o seu trabalho. O público de Curitiba é muito fechado, até para as bandas de fora. Buscar um sucesso aqui na cidade, eu acho uma grande perda de tempo”, afirma Marcelo Cruz, baterista de um dos nomes mais importantes entre as bandas cover de Curitiba, a Hard2Love.
Porém, será que os fãs são os grandes vilões dessa história?
A visão dos fãs
A revendedora Elisabete da Silva Gabriel (19), é a antítese desse estado de coisas. A jovem, que costuma acompanhar a maioria dos festivais em que as bandas curitibanas de som extremo participam, também aponta a falta de apoio da população com o fator que mais atrapalha os músicos da cidade. “O problema está no público que não sabe reconhecer os artistas daqui. Se você vai a um show para apoiar a banda, tem que ajudar em todos os sentidos, na divulgação, e no compartilhamento nas redes sociais”, critica.
A advogada Juliana Pontes (32), avalia que a alienação que a indústria cultural impõe às pessoas, no mundo moderno, influencia os curitibanos a não valorizarem os seus artistas. “Acredito que o principal motivo da não valorização seja a ausência de interesse por parte das pessoas em buscar conhecer a fundo os trabalhos das bandas”, analisa.
Diante de um cenário tão inóspito, quais seriam as alternativas para uma mudança?
As possíveis soluções
A matéria prima, bandas e artistas com qualidade em seus trabalhos, existe. Haveria, então, uma saída para mudar essa realidade e transformar Curitiba em um polo fornecedor de cultura para o país? “Creio que seja preciso um investimento financeiro muito grande em propaganda para que uma banda consiga algum destaque, ainda assim, sem garantia do retorno do valor investido. Infelizmente é mais fácil um grupo de Rock do nordeste, que é a terra do Axé, fazer sucesso nacionalmente, do que alguém de Curitiba”, acredita Anderson.
Valorizar os “santos da casa” parece ser, realmente, o caminho mais óbvio a seguir. “Para mudar esse cenário o público tinha que dar mais valor, é isso que falta. Falo a todos que trabalham comigo: se está no palco, cantou ou tocou um instrumento, demonstrar respeito é o mínimo que podemos fazer por eles”, diz Chrystian.
Se somente o Blindagem, de maneira mais concreta, conseguiu se destacar fora dos limites do estado e adquirir o respeito e o apoio do público curitibano, os novos artistas devem se espelhar nos passos da banda?
Blindagem, o exemplo a ser seguido?
O Blindagem, do lendário vocalista Ivo Rodrigues, falecido em 2010, foi o grupo curitibano que conseguiu mais destaque dentro do cenário musical brasileiro.
Até hoje a banda se mantém ativa e o baixista Paulo Juk acredita que a união dos integrantes foi fundamental para essa longevidade. “O Blindagem é um grupo que mantém a sua base há quase quarenta anos. As mudanças que aconteceram foram pelo falecimento do Ivo, Marinho e Lívio, ou por motivo de viagem quando, por exemplo, eu me ausentei durante quatro anos”, conta.
A banda atravessou várias transformações do cenário musical da cidade, sempre trabalhando com as próprias músicas. “Isso fez com que o Blindagem, por executar um trabalho autoral, participasse da vida de milhares de pessoas. Foram centenas de shows em um mercado de trabalho diferente do atual”, relembra Juk.
No auge da carreira do Blindagem, eram vários os espaços que os artistas da cidade tinham a disposição, como o Teatro Paiol, Teatro de Bolso, Teatro da Praça, Reitoria, Palco Flutuante do Passeio Público, Ruínas e Parque Barigui. “Como a década de 1980 foi a grande fase do Rock brasileiro, isso nos manteve muito na ativa. O fato de nunca termos nos afastado do Paraná e conseguirmos colocar as nossas coisas no Rock, como em ‘Cheiro do mato’, ‘Lá vai o trem’ e ‘Adeus Sete Quedas’, criou uma identidade paranaense para o Blindagem”, afirma Juk.
Entrwtanto, a realidade do século 21 é muito diferente da que o grupo viveu, no começo de sua carreira. “Hoje o mercado se restringe aos barzinhos, com praticamente todas as bandas tocando covers. O trabalho autoral fica meio em segundo plano”, diz o baixista.
O Blindagem foi forjado em uma época em que as bandas formavam o seus públicos nas apresentações ao vivo. isso mostrava, forçadamente, a qualidade, ou não, dos artistas. “Nas décadas passadas, você conquistava o público tocando. Hoje, você usa a internet. Isso faz com que o aparecimento, e o posterior desaparecimento, sejam muito rápidos. A renovação é grande demais e constante. Não existe sedimentação ou fixação de imagem”, analisa o músico.
O baixista cita como exemplo um dos maiores fenômenos do YouTube, o vídeo da música “Oração”, da Banda Mais Bonita da Cidade, que já teve quase treze milhões de acessos. “Fenômenos como a Banda Mais Bonita são um ótimo exemplo. Com um clipe despretensioso eles alcançaram milhões de acessos e agora precisam saber usar isso a seu favor”, aconselha Juk.
Se músicos, produtores e fãs apontam o público da cidade com o vilão dessa história, qual seria a visão acadêmica sobre essa realidade?
A análise sociológica
Constantemente, os curitibanos costumam ser taxados de “frios”, seja pela colonização europeia ou pelo clima, dois aftores que são usados como artifícios para confirmar essa hipótese.
Para o professor de Sociologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Costa de Oliveira, é errado achar que todos os indivíduos de uma cidade possam ter o mesmo comportamento. “Depende de vários elementos sociais, entre eles faixa etária, classe social e gosto estético. Não existe ‘um curitibano’, em geral. Temos que observar sempre assim”, analisa.
O professor acredita que Curitiba sempre teve consumo artístico e que, atualmente, as novas formas de mídia podem ajudar nesse contexto. “A Banda Mais Bonita da Cidade é um bom exemplo. Acho que o jovem valoriza, desde que seja bem distribuído e tenha qualidade na divulgação. Tudo isso passa pelas condições sociais”, afirma.
Entre tantas opiniões distintas, problemas detectados e possíveis soluções apontadas, existe uma certeza: Curitiba não aproveita o potencial criativo que tem, da forma como poderia, e esse cenário precisa mudar.
Qual é a sua opinião sobre essa discussão? Deixe o seu comentário.
Aproveite para assinar o Cwb Live, pagando a quantia que você achar justa. É só clicar nesse link da campanha “Eu Apoio o Cwb Live”, que fica hospedada na plataforma Catarse.
Assim, você ajuda o site a se manter na ativa, fazendo um jornalismo independente e com conteúdos exclusivos (entrevistas em texto e vídeo, coberturas de shows, fotos, vídeos e matérias).
Inscreva-se no nosso canal no YouTube para assistir aos vídeos de shows e entrevistas exclusivas e siga as nossas redes sociais no Twitter, Instagram e Facebook.
Tudo bem….
Agora, na minha opinião tem muita banda ruim !
Se aparecer uma banda realmente boa, desponta. Tem bandas que se acham injustiçadas, isso é ridículo, assim é o trabalho com arte.
A mídia quer dinheiro.
Os fãs querem música boa.
Me desculpem, mas acho que o principal fator é:
FALTA DE QUALIDADE !
Ola bom em particular eu acho que o ultimo culpado é o PUBLICO CURITIBANO, tem músicos de qualidade? SIM!!! Bandas de QUALIDADE? SIM, porém isso não garante que o trabalho seja bom, por exemplo quantos músicos fenomenais de bandas foda de CURITIBA na hora de criar a musica, esta pensando assim “Essa vai estourar, essa vai ser sucesso, Nossa como eu sou foda” ou seja, o cara não ta criando com essência, esta fazendo qualquer merda, onde nós “PUBLICO” somos ainda taxados de frio pq não gostamos? outra questão fundamental, é a falta de união entre bandas, não generalizando, mas o que eu mais vejo é banda falando mal de outra, ao invés de ter aquela parceria!!!
Tem a questão dos organizadores de Evento em nossa cidade, cansei de ver banda sendo sugada, banda que começo a 1 mes piazada recebendo “proposta” para abrir show de banda como dead fish e raimundos, onde a verdade é que o organizador cobra das bandas, e no final a banda principal falta, ou nem mesmo ta marcado o show, ou seja, uma falcatruagem fodendo a cena musical e atrasando em anos o que poderia ser diferente,e o sonho acabando ali mesmo, ou seja, quem organiza quer lucrar como prioridade, e não favorecer bandas autoriais ou qualquer outra cultura, e atualmente poucos músicos das antiga, orienta a nova geração, ate porque eles pensa assim “Se eu que tenho trocentos anos não estourei pq vc vai estourar(ja vi isso ser dito)” e o que rola na maioria das vezes um novo talento desacreditado!!!
Sem contar na MIDIA falcatrua, TV – RADIO que não faz porra nenhuma coloca banda autoral pra tocar de madrugada e olha la, qndo entra é pq conhece alguém da radio ou pago pra tocar na radio, nisso 99% de bandas autorais com potencial permanece no anonimato!!!
Então antes de falar do POVO, vamos olhar pra gente mesmo, músicos por favor na hora de compor a musica, eu nao sou obrigado a gostar de algo que vc esta fazendo pra vender e nao tem nenhuma essência verdadeira, simplesmente palavras no máximo bonitinhas sem nenhum efeito verdadeiro!!!
Seven Side Diamond!!! melhor banda curitibana!!!
Grande Marcos , parabéns pela ótima matéria.
Bom minha humilde opinião sobre o assunto em questão é a seguinte:
As bandas de Curitiba não sabem divulgar seu material, só fazer a sua obrigação de maneira correta que o retorno financeiro e o reconhecimento vêm.
Hoje temos grandes ferramentas de divulgação, que são as redes sociais, sites, etc.
O que eu como apreciador da cena underground de Curitiba sinto falta nas bandas independentes é uma certa falta de proficionalismo, porque uma banda é uma empresa seu produto é a música, uma empresa que não divulga seu produto não cria algo de qualidade e inovador, com certeza fale!
Tem banda não faz o mínimo que é criar um site oi blog (que é gratuito) apresentar a historia da banda, manter a agenda atualizada, postar videos e fotos dos shows; criar um perfil no facebook/twiter sempre divulgar com antecedencia os shows para criar um vínculo com cliente/fã; criar um perfil no youtube postar suas músicas, se não tem música gravada, basta fazer um vídeo do ensaio com uma qualidade audível para o pessoal que não conhece conhecer seu material (hoje em dia qualquer celular faz vídeos)
E nos shows, fazer um show de qualidade, respeitar os horários das apresentações ensaiar bem as músicas do set list, procurar ser simpático com o público, sempre apresntar algo novo para quem esta apreciando seu trabalho.
E para as bandas que estão na estrada a muito tempo já tem CD/DVD gravado deve diversifivar seu roll de produtos criar camiseta da banda com todos os tamanhos e modelos, masculino/feminino/infantil PP, P. M, G, XG, etc. criar outros produtos como chaveiro da banda, paletas e baquetas personalizadas, canecas abridor de garrafa, porque a banda deve pensar em seu fã, se o cara não tem dinheiro para compar o CD pode comprar um paleta, um chaveiro da banda.
Criar um canal de vendas on-line, mostar em suas mídias seu roll de produtos com fotos e preços, locais de compra, etc
E sempre tratar seus fãs um igualdade, tem banda que faz cover se acha melhor que a banda que ela imita.
Esta é minha opinião, sei que não vale nada, sou apenas um cara que gosta de curtir um rock n roll e tomar uma cerva com os amigos…
Obrigado, Ademar. Toda opinião é sempre muito importante e essa é a intenção da matéria, colocar em discussão um problema que atinge toda a cena musical da cidade. Um abraço.
Desculpe-me os erros ortográficos.
Descarreguei meu pensamento de primeira, obrigado pelo espaço, assim o “Lado B” pode expor suas idéias e reivindicações.
Não adianta a banda ter 10 anos ou mais de estrada se ela não cria nada de novo, não evolui, não faz a sua parte.
Eu falo pro mim, não saio de casa todo final de semana para curtir as mesmas músicas, sempre procuro diversificar o local as bandas, mas se as próprias bandas não evolui, paciência …. Não adianta ficar chorando e pedindo apoio….
E tem muita banda ruim, existe uma diferença em ser bom e achar que é bom.
Abraço.
Eu vejo um fortalecimento um pouco maior em Curitiba voltado apenas as bandas de Heavy Metal, no próprio post as mais novas citadas são do gênero. É difícil ser reconhecido no Brasil, por esse público mais exigente. (Tesão é o pedal duplo, o BPM, aquele riff foda e aquele vocal gutural)… Esse preconceito com “bandinhas pop” já elimina as chances de outros estilos, avaliados como vendidos, ou sem qualidade. É certo que é necessário criar algo novo e se reinventar, mas isso não deveria eliminar as chances de outros estilos darem certo, estamos mais preocupados com o status de ser a Londres brasileira do que em apoiar. A falta de interesse do público é evidente, que nem se quer pesquisa sobre a banda cover (essa que provavelmente tem suas músicas autorais) que esta no barzinho por grana. Vejo uma vontade de donos de casas de shows em incentivar, mas não me recordo de nenhum dia específico para bandas autorais nas principais casas de shows. Acredito que a mídia virá atrás quando o movimento estiver mais fortalecido e incomodando o som da modinha, não dependemos inicialmente da mídia, pois sucesso na internet (que seria uma mídia paralela) alguns até fazem mas somem com o tempo. Isso seria apenas mais uma escape mas não a solução. Sim temos bandas ruins, partindo de um princípio que nem as escolas fazem eventos que estimulem a cultura e ensinem musica, quem busca esse ramo tem que se virar. abço!
Acho que não existe realmente apoio algum da mídia, (como rádios locais),espaços adequados para “shows” e o apoio do próprio público, que miram sempre artistas de fora do estado. Além disso falta música autoral realmente convincente para alavancar a nível nacional.
Nevilton, uma banda de Umuarama, foi indicada ao Grammy Latino de melhor álbum do ano. E é independente!
Acho que o problema não é um só: se por um lado não podemos esperar que as bandas caiam no nosso colo, por outro não é assim tão fácil encontrar essas bandas, faltam canais que facilitem esse processo. Pare pra pensar… Não precisa nem ir além da internet: quantos sites, apps, páginas de facebook você que conhece que se dedicam exclusivamente a divulgar bandas locais? Daí não precisa nem perder seu tempo em esperar que existam rádios e canais de TV com essa função.
Nevilton, por exemplo, fui conhecer através de uma rádio on-line carioca! Então falta sim o meio, o que também não é desculpa pra esperar que as bandas cheguem a você como um Jabba the Hutt esperando sua janta.
temos bons estudios na cidade e bandas gravando som com qualidade, muitas banda tem mais reconhecimento fora do estado do paraná, isso é bom … na cena undreground cuirtiba é respeitada demais, muitas bandas de fora querem vir tocar aqui, outras cenas são piores que a nossa por falta de luagares, aqui temos alguns bares que dão espaço pro autoral, em outros centros tem puqissímos… e veja que aqui não são muitos, mas o rock rola.aqui o publico não aumnemtou e nem diminuiu se espalhou, a mídia não tem interesse em divulgar (rádios), só assim para formar um publico maior e que escolha se é bom ou ruim ….. saravá !!!
Faço parte de uma banda e estou a 10 anos analisando esse meio. Resumo tudo que foi dito em poucas palavras, eu vejo matérias, pesquisas, TCC referentes ao assunto, mas realmente não vi ainda tirando uma mínima exceção de bares citando aqui o 92′ graus o Aoca Bar como exemplos em apoio a música autoral, mas que também sofrem por serem vistos com maus olhos pelo público, que sai a noite e frequenta sempre os mesmos bares considerados mais chiques e menos undergrounds. Claramente faltam projetos, ideias e boa vontade dos donos de casas noturnas em testar. O maior medo deles é perder público e renda obviamente entendido por todos, mas concluo deixando aqui sugestões ao invés de só apontar.
1-CRIAR UM FESTIVAL: projeto em parceria com as bandas participantes que podem ajudar investindo para suprir os custos, para ter visibilidade as bandas estão dispostas a investir, com a UNIÃO DAS CASAS NOTURNAS, tantos as mais tops quantos as já citadas acima, APOIO DA FUNDAÇÃO CULTURAL, e uma banda de renome, citando como exemplo o que foi feito no Kaiser sounds uns anos atrás.
2-As bandas consideradas da casa por padrão começam suas apresentações mais tarde, o público curitibano tem por costume chegar mais tarde, fato esse que existem promoções que extinguem o custo de entrada, oferecem double de bebidas para quem chegar mais cedo para um esquenta, e esse espaço de abrir para a banda da casa seria uma oportunidade de bandas autorais, tocar em todas as casas, fazer um rodizio e ter oportunidades de aparecer a um novo público que desconhece e as vezes deixa de curtir, por ver esporadicamente essas bandas, é preciso criar raizes, deixar vivo na cabeça do público, martelar. Logo usando esse espaço nao afeta o público que frequenta a casa pois o mesmo ainda verá sua atração principal, como ainda ganha conhecimento referente a nossa cena.
3-Somos tão elogiados por ter PARQUES e áreas de lazer exclusivas e até mesmo os shoppings, locais que não precisa levar público, pois o mesmo já se faz presente, quantas bandas tem aval da prefeitura e dos donos de shopping, o apoio da FCC para usufruir da principal fonte de lazer curitibana e demonstrar seu trabalho. A Pedreira é um espaço pouco explorado, usado apenas para shows em festivais grandes, o Barigui, o Botânico, locais que não dispõe de um espaço para arte e total falta de apoio da prefeitura.
4-Nossa banda Tem um puta projeto que reúne bandas da cena e tenta levar de uma forma mais intimista ao público sons autorais tocando os sons das bandas daqui, temos o apoio do Mylo Estúdio, mais ainda sim é pouco para investir de forma mais expressiva. Seria legal a UNIÃO dos donos de estúdio com a ideia de ter seu nome disseminado entre a cena, seria uma mão lava a outra.
5-Buscar incentivo das cervejas, BUDWISER, HEINECKEN, BRAHMA, SOL, ITAIPAVA mais vendidas nas casas noturnas, quem compra em quantidade tem a oportunidade de usar disso para apoio em festivais, o patrocínio trará retornos para a marca que ficará conhecida na cena pelo apoio a arte.
6-Vejo poucas rádios abrindo espaços para novas bandas, mas cito a MUNDO LIVRE com propriedade como uma maior apoiadora a cena, alguns projetos levam esse foco, mas ainda falta UNIÃO com uma grande casa que abra as portas para que esses projetos tenham novas oportunidades de serem apresentados.
Por fim desejo sucesso a cena e mais UNIÃO e isso não cabe apenas as bandas, ABÇO!!!
O que precisa é o artista se aproximar do seu público. Tocar nas escolas, nas praças, nas ruas, ir até onde o povo está. Grande parte dos artistas da cidade só quer ficar em casa tocando e que seja chamado quando alguém marcar um show pra ele. A união entre a classe nem se fala, esse é um fator primordial. Esses são os 2 pontos que podem fazer a diferença. Criticar o público por não se aproximar dele e ficar na dependência da mídia não vai mudar nada.
Queridos amigos, desistam de qualquer coisa para salvar a boa música, o Google acabou com tudo, música, rádios, teatros mais vazios, o Google e seus index, e o YouTube, acabaram com o direito autoral, e se disfarçam de Internet “livre”, puro monopólio, ninguém enfrenta isto, então tudo ficara na mesma e para pior, lamentável.