Texto e fotos: Marcos Anubis
O show da banda americana de death metal técnico Nile, ontem (19) no Music Hall, em Curitiba teve a abertura do trio curitibano Imperious Malevolence. Em uma atitude que, felizmente, vem se tornando comum nos eventos internacionais que a capital paranaense recebe, os produtores convidaram um artista local para tocar antes da atração principal da noite. Essa postura merece todos os elogios por parte da comunidade musical da cidade, pois fortalece a cena musical de Curitiba. Você pode ler neste link a cobertura do Nile.
O trio entrou no palco ao som de “Rot in Peace”, música que abre o recém lançado álbum “Doomwitness”. Na sequência, a trinca “Antigenesis”, “Doomwitness” e “Excruciate” manteve a pancadaria em seu limite máximo, uma característica dos shows do Imperious Malevolence.
A qualidade musical do trio não deixa nada a desejar, se comparado a qualquer banda gringa. Após quase 20 anos de estrada, o grupo acumula perto de 200 shows realizados fora do país e uma discografia de dar inveja a muitos artistas. São nove trabalhos lançados: “From Eternal Vacumm Storms” (1995), “Imperious Malevolence” (1999), “Hate Crowded” (2002), “Live in Germany” (2003), “Kill, Fuck & Destroy” (2005), “Warriors of the Morbid Moon” (2005), “Where Demons Dwell” (2006), “Priests of Pestilence” (2011) e o recente “Doomwitness” (2012).
Road to hell
Após um 2012 conturbado com a saída do baixista e vocalista Rafahell e a curta passagem de Hernan pela banda, o Imperious consolidou a formação atual com Alexandre Antunes no baixo e vocal, Daniel Danmented na guitarra e Antônio Death na bateria. A entrada no novo integrante deu um novo gás ao trio. A prova foi o lançamento do excelente “Doomwitness” e os recentes shows do grupo. “Foi algo bem natural. Sempre gostei de som extremo e tenho uma grande influência de bandas de death metal old school. Então, quando surgiu o convite de tocar no Imperious Malevolence, o entrosamento foi rápido e foi como se eu já estivesse tocando com eles há um bom tempo. Me adaptei ao ritmo de ensaios e as composições da banda também soaram bem nos primeiros ensaios, já com a minha participação”, explica Alexandre, que já tocou também com os grupos Deformed Slut e Lachrimatory. Neste sábado (21) o Imperious abre o show do Nile no Carioca Club, em São Paulo.
“Arquiteto da Destruição”, um dos clássicos da banda e única música do trio cantada em português, encerrou a apresentação. O que seria da cena musical Curitiba se público, casas de show e produtores se unissem para apoiar, cada um da sua forma, os grupos que batalham por um lugar ao sol? A pergunta fica no ar.
Confira os vídeos de “Arquiteto da destruição” e “Excruciate” .
Deixar um comentário