A banda curitibana Cacique Revenge se apresenta amanhã (2) na Toca do Coelho, às 20h com entrada franca. O evento marca o pré-lançamento do álbum de estreia do grupo, “Magazine”.
O quinteto é formado pelo ex-guitarrista e vocalista do Magog, Cassiano Fagundes, Andreza Michel no baixo e Babi na bateria, ambas do Uh La Lah!, o guitarrista Rafael Martins ex-Copacabana Club e o percussionista André Tobler, todos nomes conhecidos no cenário musical curitibano. As influências vão do soul da Motown ao noise do Jesus And Mary Chain.
Além do trabalho com a nova banda, Cassiano ainda pensa em registar um novo material com o Magog, um dos maiores grupos da “era de ouro” do rock na terra das Araucárias, os anos 1990. “Penso muito em gravar uma ou duas músicas novas com o Magog, algo bem mais pesado e sujo do que tudo o que fizemos. Mas depende de tempo que, agora, está bem escasso. Quem sabe até o fim do ano, vamos ver”, diz.
O debut
“Magazine” tem cinco músicas gravadas no estúdio Ouié/Tohosound, em Florianópolis, em outubro do ano passado. A produção foi feita pela banda e pelo ex-guitarrista do grupo catarinense Mar de Quirino, Paulo Costa Franco. A mixagem ficou a cargo de um dos grandes nomes do grunge americano. “Elas foram mixadas pelo Chris Hanzsek, que trabalhou com muita gente boa de Seattle, como o Nirvana e o Soundgarden”, conta Cassiano.
Inicialmente a banda não pensa em lançar o álbum em CD ou, no máximo, fazer uma prensagem limitada do trabalho. “Magazine” será distribuído pelo selo SIC Music, de Florianópolis, em formato album magazine. “É uma revista com arte da Mariana Zarpellon e um código para download das cinco músicas. É como se fosse um grande encarte de CD, só que sem o CD. Além disso, em breve, ele será lançado em vinil”, revela.
A veia underground de Cassiano e seus comparsas é forte. A ideia do grupo é fazer poucos, mas bons shows e divulgar seu trabalho por meio da internet e dos meios disponíveis. “Essa é, definitivamente, uma banda sem pressa ou grandes ambições. O que acontecer está valendo. Pode durar só um ano ou dez. Realmente não importa, contanto que a gente se divirta e ofereça algo legal e empolgante para as pessoas”, afirma.
Além do Brasil, o grupo pensa em estender as suas turnês pala América do Sul, abrindo novas possibilidades para a sua música. “Buenos Aires será a nossa São Paulo. Mas sem afobação para fazer essas coisas acontecerem”, diz. A postura “pés no chão” que a banda demonstra é fruto da experiência que todos os integrantes acumularam em seus trabalhos pessoais. “Ninguém no Cacique Revenge tem mais idade para sonhar com o estrelato ou disposição para se desgastar. O limite é a nossa diversão. A partir do momento em que não é mais divertido, não tem mais sentido. Então vamos ver o que vai acontecer”, finaliza.
Unindo grandes nomes do nosso cenário, criatividade e personalidade, o Cacique Revenge dá o pontapé inicial em uma história que pode render bons frutos para o rock curitibano.
A apresentação de amanhã começa às 20h e a entrada é franca. A Toca do Coelho fica na rua Saldanha Marinho, 1220, no Centro.
Confira duas músicas da banda, “Dallas” e “Perigo Púrpura na Armação do Pântano Sul da Ilha de Santa Catarina”.
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