Texto e foto: Marcos Anubis
Revisão: Pri Oliveira

Formação

Formação “antiga” do Chernobillies com Ariton (guitarra), Elvis (bateria), G-Lerm (vocal) e Toshiro (baixo)

Faltou pouco para o Chernobillies, uma das bandas mais tradicionais do Psychobilly curitibano, cancelar a sua apresentação nesta edição do Psycho Carnival. Nos últimos seis meses, o grupo enfrentou inúmeros obstáculos e conseguiu se manter em pé para fazer a sua apresentação na noite de abertura do festival, dia 5 de fevereiro, no Jokers Pub.

Days of thunder

Os contratempos na vida do Chernobillies começaram no segundo semestre do ano passado. “Na metade de 2015 o Elvis (bateria) resolveu se mudar pra São Paulo e em pouco tempo a gente viu que seria difícil manter a banda a distância. Tivemos que recusar alguns convites de shows e, assim, começamos a buscar um baterista novo”, explica o vocalista G-Lerm.

Mas os problemas não pararam por aí. A maré de azar ainda faria outra “vítima” e complicaria ainda mais a situação do grupo. “Nesse meio tempo o Toshiro (baixo) precisou fazer uma cirurgia e a recuperação o impedia de tocar. No final do ano, quando começamos a engatilhar as coisas novamente, ele teve outro problema no braço e terá que ficar novamente alguns meses sem tocar. Aí a coisa apertou para o nosso lado”, complementa.

A situação se tornou ainda mais difícil porque em meio a essa turbulência, a banda estava em pleno processo de gravação do álbum “The Devil Went Down to Chernobyl”. Com oito faixas inéditas, ele é simplesmente o primeiro registro fonográfico do grupo em seus treze anos de história. “Estamos gravando com o Márcio Seko no estúdio Seko Audioworks. Já temos muita coisa gravada (como as baterias, por exemplo) o que faz com que a saída do Elvis não seja um problema para o disco. Mas ele ainda não foi terminado devido aos problemas de saúde da galera”, diz.

Apesar de tudo, o álbum deve ser concluído e lançado ainda em 2016. “Por mais que já esteja virando uma lenda, a ideia é que ele seja finalizado e lançado assim que possível. Precisamos deixar esse registro! As músicas são boas e o que já temos está excelente”, conta.

A formação do Chernobillies que subirá no palco do Jokers Pub terá: G-lerm (vocal), Ariton (guitarra), Matheus Moro (bateria, ex-Ovos Presley, Hillbilly Rawhide e atual Movie Star Trash) e Ricardo Crespo (baixo, ex-Roadrunners, banda rockabilly de São Paulo).

O “novo” Chernobillies

Após o show no Psycho Carnival, a nova formação do Chernobillies (que pode ser vista no vídeo acima) deve renascer com outro nome. O projeto deve se chamar Mongo. “Há algum tempo eu já tinha a ideia de montar uma banda nova que fizesse Psychobilly com letras em inglês, numa pegada um pouco diferente do Chernos. Afinal, o Elvis já estava a algum tempo com o Mistery Trio, o Toshiro com o Transtornados do Ritmo Antigo e mais alguns projetos e o Ariton montou o Shark Shakers”, explica G-Lerm.

Diante das dificuldades que surgiram em 2015, o vocalista acredita que esse é o momento ideal para trilhar outros caminhos. “Como a banda ficou parada durante o segundo semestre do ano passado, resolvi colocar essa ideia em prática e o Ariton comprou essa briga também. Assim, encontramos um baterista e um baixista e é essa galera que vai se apresentar no Psycho Carnival”, conta.

O repertório abordará os 13 anos da banda e terá algumas surpresas. “Tocaremos as músicas do Chernobillies, inclusive uma ou outra que não tocávamos mais. Todos os clássicos estarão lá. Será um show com tudo o que tem direito: gritaria, putaria e, provavelmente, o maior estoque de espuma que o Carnival já viu”, alerta G-Lerm.

Mas mesmo com todo o esforço feito para que o show não fosse cancelado, essa poderá ser a última aparição do Chernobillies. “É uma resposta difícil porque nunca podemos dizer nunca. Mas provavelmente vai ser o último show do Chernobillies por um longo tempo”, analisa. Ainda existe a possibilidade da banda fazer alguns shows de lançamento do álbum “The Devil Went Down to Chernobyl”. Mas o fim do grupo realmente parece estar próximo. “Talvez a gente faça mais alguns shows quando o disco ficar pronto, mas nada garantido. Pode sim, ser uma despedida. Realmente só o futuro poderá dizer. O que eu sei é que vai ser um belo preview da nova banda que vem por aí”, diz.

A única certeza é que, após o show no Psycho Carnival, nascerá o Mongo. “A ideia é continuarmos com essa formação (com o Matheus e o Crespo) em uma banda nova. Já tenho diversas composições e, assim que passar o Carnaval, começaremos a trabalhar nisso. Será Psychobilly, mas diferente e em inglês. Mongo is comming”, finaliza. O Chernobillies se apresenta na noite de abertura do Psycho Carnival, que acontece no dia 5 de fevereiro no Jokers Pub.

Os ingressos para o evento são limitados e podem ser adquiridos no site da Ticket Brasil. Em Curitiba os bilhetes também estão à venda nas lojas Dr. Rock Centro (Shopping Metropolitan, Praça Rui Barbosa, 765, loja 4, Centro), Dr. Rock Jardim (Shopping Jardim das Américas, Av. Nossa Senhora de Lourdes, 63, Loja 73-B, Piso 1, Jardim das Américas) e na Túnel do Rock (Rua XV de Novembro, 74, Centro).  Em São Paulo os ingressos estão à venda na Galeria do Rock (Av. São João, 439, 3º andar, loja 402) e em Blumenau na Blu Rock (Rua Dr. Amadeu da Luz, 132, Centro).