Hoje o Cwb Live Se transforma em Marcos Anubis, ao menos por um dia. Como reza o princípio do bom jornalismo, ensinado por mestres acadêmicos como Fábio Marchioro, Emerson Castro, Luiz Witiuk, Ana Mira e Elza Oliveira, o jornalista deve tratar os fatos de maneira imparcial, não interferindo na matéria.
Como, hoje, eu estou completando 39 anos de existência, vou me permitir falar aos leitores do site, diretamente, esmiuçando alguns momentos passados nesses quase dois anos de trabalho.
A ideia do Cwb Live surgiu no final de 2011. Ao me formar em jornalismo na Universidade Positivo, de Curitiba, procurei o mais rápido possível colocar em prática todos os ensinamentos adquiridos na academia. A construção desse formato de levar aos leitores informações, entrevistas e coberturas de shows, se baseando unicamente na qualidade dos artistas, sem a preocupação de avaliar se eles são menos ou mais conhecidos, se são famosos ou obscuros, se são curitibanos, brasileiros ou russos, começou a se formatar ainda na minha adolescência.
Na metade da década de 1980, quando eu comecei a me interessar pelo mundo musical, a realidade era muito diferente. Baixar um CD gratuitamente, ouvi-lo no Youtube ou interagir com os seus ídolos por meio da internet não faziam parte nem dos seus mais malucos sonhos.
Na época, era muito difícil conseguir material de qualquer banda. Se o grupo não fosse conhecido do grande público, isso se tornava quase impossível. Os sebos eram o oásis dos apreciadores dos bons sons, que podiam ser comparados com arqueólogos, explorando locais desconhecidos em busca de algum artefato “mágico”. Vasculhar, e encontrar, discos de grupos como Picassos Falsos, Hojerizah, Gueto, Finis Africae ou Defalla era o ápice desse garimpo.
Relembrando esses momentos, hoje é um privilégio ter a oportunidade de reunir pessoas que procuram informações sobre o mundo musical e que buscam, além dos grandes artistas, conhecer bandas novas ou saber mais sobre grupos que nunca pertenceram ao mainstream.
A cada novo “curtidor” da fan page, a cada leitor que descobre o site, esse sonho ganha mais força e vai se tornando realidade. Poucos sabem, mas o Cwb Live não gera lucro, de nenhuma forma. Não existem patrocinadores, apoiadores ou dinheiro envolvido. Ele é, literalmente, um ideal, uma resistência, uma forma de dizer “não, você não precisa se prender ao que a grande mídia te impõe”.
Agradeço muito a cada um de vocês que acessa o site, lê uma matéria, compartilha, curte e leva o meu trabalho adiante. O Cwb Live é feito, unicamente, para vocês. Muito obrigado!
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