A banda Drakula, de Campinas, no interior de São Paulo, tem tudo para ser um dos destaques da 20ª edição do Psycho Carnival, que acontece de 1º a 4 de março no Jokers Pub, em Curitiba. Gozmo Horrendo (vocal), Lord Chevy Chainsaw (guitarra), Obiwan Kanabiz (baixo) e Sérgio, o Selvagem (bateria) se apresentam na segunda (4) ao lado dos grupos Ovos Presley, Jinetes Fantasmas, Frenetic Trio, Spitfire Demons e Didley Duo.

Essa será a segunda participação da banda no festival (a primeira foi em 2010). “Com certeza foi um convite muito especial. O Psycho Carnival é um festival realmente monstro em vários sentidos. Conseguir realizar vinte edições desse evento é sem dúvida um feito histórico nesse país caótico”, diz Gozmo Horrendo, também conhecido como Etê, uma das figuras mais importantes do underground paulista.

O som do Drakula segue a linha da Surf Music, mas é pesadíssimo, sem se prender somente à melodia. “A gente conheceu a Surf Music por meio do East Bay Ray do Dead Kennedys. Só fomos ouvir o mestre Dick Dale depois. Adoramos a Surf Music tradicional, mas gostamos de misturar com um som mais porrada, com mais sujeira. Hoje, temos bem mais músicas com vocal, mas ainda tem muito Surf no arsenal, só que misturado com Garage e Punk entre outras sonoridades”, explica.

Além da participação em algumas coletâneas, a discografia do Drakula até o momento tem quatro trabalhos lançados: “O Inferno com ‘I’ Maiúsculo” (2008), “Comando Fantasma” (2009), “Vilipêndio a Cadáver” (2013) e “Deathsurf” (2013). Atualmente, o grupo prepara o lançamento de um novo álbum, e algumas dessas músicas inéditas devem fazer parte do repertório do show no Jokers.

Undergound

Os integrantes do Drakula já participaram de vários projetos musicais do underground brasileiro. Dessa forma, eles têm uma visão muito aprofundada sobre a realidade da música independente no Brasil, que ainda é um cenário que vive do esforço de alguns abnegados. “Somos um monstro formado por pedaços do Muzzarelas, do Leptospirose, do No Class e do Don Ramon, entre outras bandas. Vivemos em um país onde muita gente desenvolveu um ódio irracional por toda forma de expressão relacionada à arte recentemente, e a música independente, gostem ou não, é uma forma genuína de arte, e das boas, por sinal. Então, teremos problemas, mas sempre estivemos e estamos aqui até hoje. Sempre tentam nos enterrar, mas não é fácil, não!”, analisa.

Dentro desse contexto, a importância do Psycho Carnival se faz ainda mais forte. “São 20 anos de um evento guerreiro feito por quem realmente gosta, respeita, acredita e realiza. Isso vai desde toda a produção, passando pelas bandas e pelo público. Todo mundo participa”, diz.

Já a relação do Drakula com Curitiba é antiga, e a cidade faz parte da história da banda por vários motivos. “Essa será a quarta vez que tocaremos em Curitiba. Temos vários amigos aí, todos monstros, zumbis, caveiras derretendo e lobisomens. Nossa primeira foto como banda foi feita aí, em um trem fantasma abandonado”, revela.

Gozmo Horrendo também ressalta o força da cena psychobilly curitibana e os laços de amizade que o Drakula tem com várias bandas da capital paranaense, como o Pinheads, Morte Asceta, Kráppulas, Ovos Presley, Os Cervejas, Os Catalépticos, Sick Sick Sinners, Evil Idols, No Milk Today e o Vida Ruim. “É uma das maiores cenas psycho do planeta e adjacências e, felizmente, é aberta para outros estilos musicais sem se distanciar de sua proposta original. É muito bom poder participar do festival que celebra essa onda. Adoramos várias bandas curitibanas desde a década de 1990, quando eu toquei algumas vezes aí com o Muzzarelas. O Fernando, que era do No Class, tambem fez vários shows aí, então, temos uma relação de amizade com várias pessoas desde aquela época”, diz.

Apesar de só ter participado do Psycho Carnival em 2010, Gozmo colecionou algumas histórias no mínimo inusitadas. “Comi um pedação de pizza cinco minutos antes de entrar para tocar, me empolguei um pouco com o show e acabei vomitando uns pedaços da pizza com um monte de cervejas que tinha tomado. Para não estragar a onda do show, eu tentei segurar, só que acabou saindo pelo nariz e eu estava usando uma máscara de lucha libre. O Psycho Carnival é tudo o que eu sempre quis de um Carnaval. Ele é nosso também”, finaliza.

Serviço

A 20ª edição do Psycho Carnival acontece de 1º a 4 de março no Jokers Pub, que fica na Rua São Francisco, 164, no Centro.

Os ingressos já estão à venda, e os valores são: Pacote 4 noites – R$ 200. Pacote 3 noites – R$ 170. Ingresso Individual (para cada noite) – R$ 60. Os preços são promocionais, mas é preciso doar 1kg de alimento na portaria do Jokers nos dias dos shows.

Os bilhetes podem ser comprados no site Sympla. Os pontos físicos de venda são o Jokers Pub (Rua São Francisco, 164, Centro – Segundas, das 11h às 16h, e de terça a sábado, das 11h às 24h), a Cervejaria e Bar Maniacs (Av. Munhoz da Rocha, 1049, Cabral – De terça a sexta, das 15h às 23h; sábados, das 11h às 23h; e domingos, das 11h às 20h) e no Lado B Bar (Rua Inácio Lustosa, 517, São Francisco – De quinta a domingo, das 20h30 às 24h).

Também é possível adquirir as entradas por meio de depósito em conta (a retirada dessa modalidade de ingressos será feita no local das apresentações nos dias e horários do evento).

Para efetuar a compra por meio de depósito bancário, o público deve utilizar a seguinte conta:

Banco do Brasil

Titular: Juliana Ribeiro

Agência: 0056-6

Conta Poupança: 83970-1

Operação: 51

CPF: 224.119.648 – 70

Formas de pagamento

Os ingressos podem ser comprados por meio de depósito em dinheiro em envelope nos caixas eletrônicos, depósito direto no caixa ou transferência entre contas do Banco do Brasil.

Após a compra, é preciso enviar as seguintes informações para o e-mail zombiesunion@gmail.com: nome completo, data e hora do depósito, valor do depósito e nome completo dos acompanhantes especificando o tipo e o dia do ingresso. Além disso, o comprador também deve informar o tipo do depósito e os dados do comprovante.

Os e-mails de confirmação serão enviados em até sete dias após o recebimento.