O trio apresenta o show “Paralamas Clássicos”, nesta sexta-feira (14), no Teatro Guaíra
“O Herbert está bem. Ele teve alta na semana passada”, diz o baterista dos Paralamas do Sucesso, João Barone.
A afirmação é um alívio para fãs curitibanos que chegaram a ficar preocupados, inclusive, com a possibilidade de cancelamento do show na capital paranaense.
A apreensão se justifica, afinal, o vocalista e guitarrista dos Paralamas passou oito dias internado no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, para tratar um quadro de pneumonia bacteriana que necessitava de maiores cuidados.
Passado o susto, o grupo se apresenta nesta sexta-feira (14) no Teatro Guaíra, em Curitiba. O show, que tem realização da Prime, faz parte da turnê “Paralamas Clássicos”, que é uma grande celebração das quatro décadas de música e amizade que a banda completou em 2022.
Para comemorar a data, o trio preparou um setlist composto por 31 canções que fazem parte da trilha sonora da vida do grupo e dos próprios fãs. “Estamos comemorando esses 40 anos por meio das músicas que marcaram todo este tempo”, conta Barone.
Entre os sucessos que fazem parte do repertório, estão “Meu erro”, “Lanterna dos afogados” e “Ska”.
Esse alívio pela recuperação de Herbert não vem só da parte dos fãs, afinal, a relação de João Barone (bateria) e Bi Ribeiro (baixo) com o companheiro de banda no palco é uma coisa realmente tocante.
Fica nítido o quanto a dupla cuida e protege o amigo durante os shows, com uma atenção gigantesca. “A nossa relação no palco é de carinho entre todos. O amor pela música e a amizade cria essa amálgama”, afirma.
Essa conexão, aliás, é um dos fatores que construíram o sucesso dos Paralamas, mas não é o único. Afinal, nenhuma banda chega aos 40 anos de vida sem ter qualidade e, essencialmente, manter o carinho do público.
Conexão sul-americana
Uma das grandes características (e que diferenciou os Paralamas dentro da gigantesca lista de bandas e artistas que surgiram nos anos 1980 no Rock brasileiro) é que eles foram o grupo que mais procurou se conectar ao cenário musical da América do Sul.
Nesse caminho, o trio fez questão de valorizar os artistas da região e isso gerou parcerias de muito sucesso.
Os dois maiores exemplos dessa postura inclusiva é a participação de Charly García (um dos maiores símbolos do Rock argentino) que tocou piano na belíssima “Quase um Segundo”, e a versão dos brasileiros para “Trac-Trac”, canção do também portenho Fito Páez que o grupo gravou no álbum “Grãos” (1991). “Felizmente, nós criamos e temos este espaço no mercado latino, especialmente, no Cone Sul. Infelizmente, ainda continua existindo uma distância enorme para a maioria dos artistas de ambas as línguas”, analisa.
Além do trio Herbert/Bi/Barone, os shows da turnê “Paralamas Clássicos” também contam com as participações de João Fera (teclados), Monteiro Jr. (saxofone) e Bidu Cordeiro (trombone), que são músicos essenciais para criar a sonoridade que o grupo apresenta ao vivo e nos registros de estúdio. “Desde o início, como trio, nós sentimos a necessidade de ampliar o nosso ambiente musical com outros músicos. Aos poucos, fomos incorporando novos companheiros e instrumentos. Eles nos permitem arranjos mais elaborados e diversos nos shows e discos”, diz o baterista.
Aliás, o legado fonográfico dos Paralamas pode ganhar um novo capítulo em breve, pois o grupo está vislumbrando a possibilidade da gravação de um álbum de inéditas. “Estamos sempre trabalhando e pensando em músicas e ideias. Quando acharmos que está na hora, entraremos para gravar. Nada muito programado ou com pressa”, revela.
O mais recente trabalho de estúdio dos Paralamas é “Sinais do Sim” (2017), mas convenhamos que seis anos de hiato é uma eternidade na vida da banda, afinal, criatividade é um fator que nunca esteve ausente na trajetória deles.
Além da comemoração com a turnê, os 40 anos de estrada dos Paralamas também acabam de ser retratados em um documentário na série Bios, produzido pela National Geographic, que mostra a trajetória do grupo de uma maneira bem pessoal e emotiva. “Este documentário foi produzido pela National Geographic Latin America por meio de uma produtora argentina. Até por isso, eles conseguiram muito material inédito na Argentina. Ele foi todo filmado durante a pandemia (com todos os cuidados, é claro). Para nós, é sempre bacana ter esse olhar externo sobre essa longa trajetória de 40 anos”, finaliza João Barone.
Os ingressos para o show dos Paralamas do Sucesso no Teatro Guaíra podem ser adquiridos na plataforma Disk Ingressos com valores a partir de R$ 100 (meia-entrada) + taxa administrativa.
As entradas também podem ser compradas no quiosque do Disk Ingressos (Ventura Shopping – de segunda a sexta, das 11hs às 22hs, aos sábados, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 20hs) e no Call-center por meio do fone (41) 3315-0808 (de segunda a sexta, das 9h às 22hs, e aos domingos, das 9 às 18hs) e na bilheteria do Teatro Guaíra (de terça a sábado, das 12h às 21 h).
O pagamento pode ser efetuado em dinheiro, PIX e cartões de crédito/débito Visa e Mastercard.
A meia-entrada é válida para estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores, doadores de sangue, portadores de necessidades especiais (PNE) e de câncer, e jovens de 15 a 29 anos com baixa renda comprovada.
Afiliados do Clube Disk Ingressos possuem 50% de desconto na compra de até dois ingressos por associado.
Ingresso Social – Doadores de 1kg de alimento não-perecível possuem 40% de desconto sobre o valor da entrada inteira. A entrega será feita na entrada do evento. Promoções não cumulativas com descontos previstos por Lei. Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio.
Na compra do ingresso e na entrada do teatro, é obrigatória a apresentação de documento previsto em Lei que comprove a condição do beneficiário.
A casa abre às 20h e o show começa às 21h15. A classificação etária é livre. O Teatro Guaíra fica na Rua Conselheiro Laurindo, s/n, no Centro.
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