Texto: Marcos Anubis
Fotos e revisão: Pri Oliveira/Cwb Live
O rapper fez um dos shows mais concorridos do festival Coolritiba
RAP significa rythm and poetry (ritmo e poesia). No estilo, uma batida que se repete serve como pano de fundo para as letras e, dentro dessa alquimia, o que faz a diferença é a mensagem. O conteúdo do que é cantado é o que separa um artista comum de alguém que tem o que dizer. Dentro dessa ideia, o rapper paulista Emicida se destaca justamente pelo discurso que abrange a realidade social das camadas menos favorecidas do país.
Nesse sábado (5), no festival Coolritiba, na Pedreira Paulo Leminski, Emicida pôde perceber o quanto é respeitado por seus fãs.
Convidados especiais
Emicida, que na verdade são as letras iniciais da frase “enquanto minha imaginação compor insanidades domino a arte”, abriu o show com “Bang”, “Gueto” e “A chapa é quente”. Logo de cara, ficou nítida a facilidade com que o rapper se conecta aos seus fãs. O setlist do show, que faz parte da turnê “10 Anos de Triunfo”, ainda contou com as canções “Pantera negra”, “I love quebrada” e ” Passarinhos”, entre outras. Em uma homenagem ao vocalista do Charlie Brown Jr., Chorão, morto em 2013, Emicida cantou “Como tudo deve ser”.
Nos shows de Rap levando em conta essas características que o estilo tem, o artista fica praticamente sozinho em frente ao público e, portanto, precisa ter uma oratória que “hipnotize” os fãs. Emicida possui essa qualidade, mas também está acompanhado por uma boa banda que, além da tradicional pickup comandada pelo DJ Nyack, ainda conta com Doni Jr. e Anna Tréa (violão, guitarra, cavaquinho e percussão), Samuel (baixo e percussão) e Café e Sivuca (percussão).
Na continuidade do show, a primeira participação especial foi a da cantora e compositora baiana Pitty. Ela entrou no palco para cantar “Hoje cedo” e, em seguida, “Máscara”, um dos maiores sucessos da carreira de Pitty.
Conexão com os fãs
Na sequência, tocando uma levada de Samba em um pandeiro, o rapper Mano Brown entrou no palco. Brown é uma das figuras mais importantes nesse cenário, pois ajudou a sedimentar o Rap brasileiro nos anos 1990 com o Racionais MC’s. Juntos, eles cantaram “Triunfo/Quanto vale o show” e “Vida loka parte 1”.
“Levanta e anda” encerrou o show. A ligação de Emicida com os fãs vai além da música. No seu site do rapper, por exemplo, no qual ele mantém um blog no qual escreve textos sobre os mais variados assuntos. No palco e nos álbuns, ele mostra que realmente tem o que falar. Além de ser uma característica essencial no Rap também é um fato raro na música brasileira do século XXI.
Assista aos vídeos das músicas “Boa esperança” e “Máscara”, gravadas ao vivo no show. Confira também o nosso álbum de fotos da apresentação.
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