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Da esquerda para a direita: Chad Smith, Anthony Kiedis, Josh Klinghoffer e Flea, segurado pelos três. Baixista do RHCP disse que playback foi uma exigência da NFL (Foto – Reprodução/Ellen von Unwerth Site Red Hot Chili Peppers)

 

Por meio de uma nota no site da banda publicada nesta terça-feira, o baixista do Red Hot Chili Peppers, Flea, se defendeu das acusações de que o quarteto não tocou realmente no show de intervalo do Super Bowl, que aconteceu no último domingo (3) em Nova York, nos Estados Unidos.

Na apresentação, é possível notar o baixo de Flea desplugado durante “Give It Away”, música que o RHCP tocou ao lado do cantor pop Bruno Mars, evidenciando que o show foi feito com playback ou seja, foi previamente gravado. “Quando fomos convidados pela NFL e pelo Bruno para tocar a nossa música ‘Give It Away’ no Super Bowl , ficou claro para nós que os vocais seriam feitos ao vivo, mas o baixo, a bateria e a guitarra seriam pré –gravados”, disse Flea.

De acordo com o baixista, a entidade que rege a Liga Nacional de Futebol Americano exigiu que o show acontecesse dessa forma. “Eu entendo a posição da NFL sobre este assunto, pois eles têm apenas alguns minutos para configurar o palco. Um zilhão de coisas poderiam dar errado e estragar o som para as pessoas que estavam assistindo no estádio e na TV. Não havia nenhum espaço para discussão sobre este assunto. A NFL não queria arriscar que seu show tivesse um som ruim e ponto final”, complementou.

Flea disse que a última vez que a banda tinha feito playback havia sido no programa inglês Top Of The Pops, na década de 1980. “Nós levamos a sério nossa música, é uma coisa sagrada para nós. Quem já nos viu ao vivo, como a noite anterior ao Super Bowl no Barclays Center, sabe que tocamos com o nosso coração. Nós improvisamos espontaneamente, assumimos riscos musicais e damos nosso sangue e nosso suor em cada show. Nós estamos na estrada há 31 anos fazendo isso”, afirmou.

O baixista ainda contou que, quando o quarteto recebeu o convite para a apresentação, eles ficaram confusos tentando descobrir a melhor forma de realizar o show. “Decidimos que com o Anthony cantando ao vivo ainda poderíamos trazer o espírito e a liberdade do que fazemos para a apresentação. É claro que cada nota na gravação foi tocada especialmente para o show. Conheci e conversei com Bruno, que é um cara maravilhoso, um verdadeiro músico talentoso, e nós trabalhamos para algo que parecia que seria divertido”, contou.

Flea disse que, no palco, ele, o baterista Chad Smith e o guitarrista Josh Klinghoffer tocaram ouvindo a gravação que havia sido feita anteriormente e por isso não houve “necessidade” de plugar os instrumentos. “Poderíamos ter ligado e evitado que as pessoas se desapontassem? Claro que sim, isso não seria um problema. Nós achamos que era melhor não fingir. Parecia a coisa mais real a se fazer, naquela circunstância”, explicou.

A banda considerou a decisão acertada e não demonstrou remorso por ter se sujeitado a não tocar ao vivo. “Sou grato a NFL por nos receber. E eu sou grato a Bruno, que é um jovem muito talentoso por nos convidar para fazer parte de seu show. Eu faria tudo da mesma forma novamente”, afirmou Flea.

Apesar de toda a polêmica, o show de Bruno Mars e do Red Hot Chili Peppers bateu o recorde de audiência da história do Super Bowl. Segundo a rede americana Fox, a apresentação foi assistida por 115,3 milhões de telespectadores, superando a marca anterior que era da cantora Madonna. Em 2012 a rainha do pop teve uma audiência de 110,8 milhões de pessoas.

Confira o show do RHCP e do cantor Bruno Mars no Super Bowl e a apresentação do kit da Pearl que foi usado no palco pelo baterista Chad Smith.