Texto: Marcos Anubis
Revisão: Pri Oliveira
Fotos: Arianne Cordeiro
A Holanda tem duas características marcantes, principalmente quando analisadas do ponto de vista de um brasileiro: uma é o futebol, que tem muitas semelhanças técnicas com o Brasil. A outra é a quantidade de boas bandas que vêm se destacando e que têm se apresentado por aqui nos últimos anos. Dois desses grupos passaram pelas mais recentes edições do Psycho Carnival, tradicional festival curitibano de Psychobilly: o Anomalys, em 2015; e o Cenobites, que já é um habitué do evento, em 2016.
Nessa quinta-feira (20), foi a vez do Komatsu manter essa tradição e esse selo de qualidade ao se apresentar no Jokers Pub, em Curitiba. O show fez parte da miniturnê que o grupo realizou no Brasil, composta por nove shows, para lançar o novo trabalho do quarteto, “A New Horizon” (2018). A abertura foi da banda curitibana Bad BeBop.
Mathijs Bodt (guitarra), Mo Truijens (vocal e guitarra), Martijn Mansvelders (baixo) e Jos Roosen (bateria) abriram o show com “So, Hows About Billy?”. Utilizando afinações baixíssimas, o Stoner do Komatsu agrada em cheio tanto os fãs de vertentes mais pesadas quanto quem gosta de um som mais alternativo. Essa foi a segunda vez que o Komatsu veio ao Brasil para uma série de shows. Em Curitiba, o grupo também se apresentou no ano passado, no espaço cultural 92 Graus.
O setlist do show reuniu várias canções do novo álbum, como “Surfing on a landslide” e a faixa-título. Em “WTF!”, Martijn Mansvelders chamou quatro pessoas do público para subir no palco e “bater cabeça” junto com a banda.
Antes de terminar o show, o grupo chamou o vocalista e baixista do Bad BeBop, Juliano Ribeiro, para fazer uma versão para “Chaos A.D.”, do Sepultura. “Komatsu” encerrou a apresentação.
Confira o vídeo da música “So, Hows About Billy?”, gravada ao vivo no show do Bad BeBop no Jokers.
Bad BeBop
A abertura da noite ficou a cargo dos curitibanos do Bad BeBop. Henrique Bertol (guitarra), Juliano Ribeiro (baixo e vocal) e Celso Costa (bateria) iniciaram o show com “Deceiver”. O grupo faz um som marcado pelo peso do Heavy Metal e suas subdivisões, como o Stoner e o Thrash.
No setlist do show, além de faixas do álbum de estreia da banda, “Prime Time Murder” (2017)”, como “D.O.A.” e “Vicious”, o grupo também apresentou canções inéditas que farão parte de seu novo trabalho, que deve ser lançado no início de 2019. Entre elas, estavam “Crossfire” e “Backbone”.
Ao vivo, o som do Bad BeBop é ainda mais pesado do que nas gravações de estúdio. Essa característica impressiona ainda mais porque a banda é composta por um trio, com “apenas” uma guitarra.
Mesmo assim, entre riffs e solos muito bem executados, o grupo consegue uma sonoridade violenta que tem muito a ver com a mão pesada de Celso Costa, que é um dos melhores bateristas da cena curitibana. O músico, que também faz parte do Kingargoolas e já excursionou pela Europa com o Sick Sick Sinners, tem técnica e criatividade para navegar por estilos bem diferentes, como a Surf Music, o Heavy Metal ou o Psychobilly.
“Trouble” encerrou a apresentação. Confira o vídeo da música “Deceiver”, gravada ao vivo no show do Bad BeBop no Jokers.
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