O grupo presentou os fãs curitibanos com alguns dos maiores clássicos do Heavy Metal

Em 1996, o Manowar veio pela primeira vez a Curitiba para fazer uma apresentação no lendário Aeroanta que ficou marcada na mente e no coração dos fãs até hoje.

Afinal, desde os primórdios da cena Headbanger da capital paranaense, no início dos anos 1980, a banda do baixista Joey DeMaio e do vocalista Eric Adams é uma das preferidas dos fãs de Heavy Metal curitibanos. “Eu lembro de uma recepção que poderia abalar os próprios deuses! Naquela noite, a energia era como uma tempestade furiosa, crua e poderosa. Os fãs de Curitiba nos mostraram como é a verdadeira devoção, gritando a plenos pulmões e vivendo cada nota”, afirma Joey DeMaio, que deu uma pausa nos ensaios visando os shows no Brasil para conceder uma entrevista exclusiva ao Cwb Live.

Leia neste link a entrevista completa.

Desde então, os Manowarriors curitibanos esperavam com ansiedade a volta do grupo à capital paranaense e isso finalmente aconteceu nessa quarta-feira (20), na Live Curitiba, no momento em que a banda está completando 44 anos de estrada.

Com pouco mais de meia hora de atraso (o show estava previsto para começar às 21h), Eric Adams (vocal), Joey DeMaio (baixo), Michael Angelo Batio (guitarra) e Dave Chedrick (bateria) abriram o show com “Manowar”.

Em seguida, a banda tocou “Warriors of the world united”, que se tornou um dos hinos do Heavy Metal porque aborda a irmandade que existe entre os integrantes da cena Headbanger em qualquer parte do mundo. “Ela não é apenas uma música, é nosso hino para os ‘Manowarriors’ em todos os lugares! A letra fala da união, da força e do espírito inquebrável dos nossos fãs. No Brasil, eu sei que esse hino ressoa profundamente, pois fala do espírito feroz dos metaleiros brasileiros. É uma homenagem ao nosso movimento global, um lembrete que, não importa de onde viemos, somos um só sob a bandeira do verdadeiro Metal e dos valores que nos unem!”, explica DeMaio.

No setlist do show, que faz parte da turnê “Crushing the Enemies of Metal” e tem como base os álbuns “Hail to England” e “Sign of the Hammer”, a banda incluiu alguns dos maiores clássicos do Manowar, entre eles “Fight until we die”, Kings of Metal” e “Kill with power”.

Durante o show, Eric se dirigiu aos fãs em poucas ocasiões, pois a banda praticamente não parou nem para dar um respiro entre as músicas.

Uma das poucas pausas aconteceu no meio de um dos solos protagonizados por DeMaio, quando o baixista fez um sinal para o público esperar um pouco e saiu do palco durante alguns minutos, parecendo estar incomodado com a afinação do instrumento.

Na sequência, ele voltou e recomeçou o solo, tocando de maneira agressiva, rápida, melódica e utilizando propositalmente a microfonia.

Essa técnica, aliás, é uma das grandes marcas de Joey e faz com que ele se destaque entre os mais importantes e criativos baixistas do estilo.

Em outro momento de solo, no qual DeMaio e Batio fazem um duelo improvisado de baixo e guitarra, os dois incluíram algumas passagens de “Little wing”, canção imortalizada por Jimi Hendrix no álbum “Axis: Bold As Love” (1967).

Depois de “Hail and kill” (que deveria encerrar a primeira parte do show), Adams agradeceu a recepção dos fãs e desejou boa noite a todos.

Obviamente, o público ficou esperando o tradicional bis, afinal, alguns clássicos da banda, entre eles “Battle hymns”, ainda não tinham sido tocados.

Além disso, na parte final das apresentações, Joey DeMaio sempre costuma fazer um discurso no qual ele exalta a percepção que a banda tem do que é o verdadeiro espírito do Heavy Metal e agradece a conexão que une o Manowar aos fãs.

Porém, logo depois que o grupo saiu do palco, as luzes da casa foram acesas, deixando o público incrédulo.

Mesmo assim, acreditando que isso fazia parte do show, os fãs não foram embora e insistiram nos gritos, pedindo para que a banda voltasse e tocasse mais algumas músicas.

Para surpresa de todos, após uns dez minutos de espera, o Manowar não retornou ao palco e o público começou a se retirar ainda tentando entender o que levou a banda a tomar essa atitude pouco usual. “Eu acho que alguma coisa aconteceu internamente porque o DeMaio estava visivelmente meio puto. Também achei estranho que ele não tenha feito o discurso ‘true Metal’. Além disso, eles tocavam uma música e já começavam outra, então, parece que estavam com pressa. Porém, mesmo assim, foi incrível! O Erick é um dos maiores vocalistas da história! Tecnicamente, ele é sensacional!” avalia o vocalista da banda curitibana Phantom Star, Matheus Luciano.

Após o show em Curitiba, o Manowar se apresenta em Brasília (dia 22, no Galpão 17), Recife (dia 24, no Armazém 14) e Rio de Janeiro (dia 26, no Vivo Rio).

Assista aos vídeos das músicas “Warriors of the world united” e “Manowar”, gravados ao vivo no show do Manowar na Live Curitiba.

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Cão Véio

O gastropub Cão Véio Curitiba é um dos parceiros do Cwb Live e dá apoio para que o site continue vivo, fazendo um jornalismo independente, sempre procurando trazer o mellhor conteúdo cultural aos nossos leitores.

O Cão Véio foi inaugurado em 2013, na cidade de São Paulo, pelos sócios Henrique Fogaça (chef de cozinha e jurado do Masterchef Brasil), Fernando Badauí (vocalista da banda CPM 22) e Marcos Kichimoto (vocalista do Desaster e ex-roadie de diversas bandas, entre elas, o Sepultura e os Ratos de Porão). Kichi, como era conhecido, faleceu em 2021, mas a parceria de Badauí e Fogaça continua.

A sede curitibana foi aberta em março de 2018 por quatro sócios: o agrônomo Lucas Bora Araujo, a publicitária Camila Venter Rank Araujo, o advogado Luiz Henrique Pereira Hartinger, e o arquiteto Augusto Pimentel Pereira.

O local tem capacidade para 120 pessoas e oferece uma estrutura aconchegante composta por bar e lounge com lareira. Na área externa, em frente ao estabelecimento, existe um deck coberto com 32 lugares disponíveis.

Nos fundos do gastropub, o Cão Véio Curitiba tem um espaço com capacidade para 50 pessoas, que acaba de ser inaugurado como parte das comemorações de cinco anos do estabelecimento, completados em 2023.

Uma das grandes marcas do Cão Véio é a criativa decoração temática que utiliza imagens de cães estilizados em quadros e esculturas. Nas obras, eles aparecem jogando baralho em uma mesa, posando de estadistas e em outras situações comuns à sociedade humana.

Os próprios pratos servidos no estabelecimento são batizados com nomes caninos. Entre eles, está o Matilha (bolinho de cupim cremoso servido com pimenta defumada de maracujá), e o Bulldog Inglês (burger 200g, bacon, cheddar inglês, cebola roxa caramelizada, molho BBQ e pepino em conserva, tudo servido no pão australiano).

A carta de drinks do Cão Véio conta com uma grande variedade de coquetéis clássicos e autorais, com opções sazonais e temáticas.

O público também pode provar diversas opções de cervejas e chopes, entre rótulos da casa e de cervejarias de Curitiba e região. O menu ainda conta com cachaças, vinhos, e destilados.