Texto: Marcos Anubis
Fotos: Pri Oliveira

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Diversão é com a banda curitibana Mongo e essa maneira de encarar a vida e a música se reflete diretamente no trabalho do grupo. É nesse “way of life” que o quarteto curitibano se apresenta nessa sexta-feira (21), na noite de abertura da 21ª edição do Psycho Carnival.

O evento, que acontece de 20 a 24 de fevereiro no Jokers Pub e em outros espaços culturais curitibanos, terá 37 bandas de sete países diferentes. Musicalmente, o festival está ainda mais diversificado ao trazer, além do tradicional Psychobilly, outros estilos como o Rockabilly, o Punk Rock, o Outlaw Country e a Surf Music.

G-Lerm (vocal) e Ariton (guitarra), ex-integrantes do Chernobillies, Matheus Moro (bateria, ex-Ovos Presley, Hillbilly Rawhide e atual Movie Star Trash) e Ricardo Crespo (baixo, ex-Roadrunners, banda rockabilly de São Paulo) vão aproveitar a 3ª participação seguida no festival para lançar um novo trabalho. “Tem bastante gente usando essa estratégia porque é quando o pessoal está reunido, não só os fãs e os possíveis fãs que vêem teu show e vão atrás do disco, mas também a galera dos selos, distros, etc”, diz G-Lerm.

“Crazy Shit” é o 2º EP do grupo (o primeiro foi “I Die At Midnight”, lançado em 2019) e foi gravado no estúdio curitibano Inspirall, do músico e produtor Rhandu Lopez, e mixado e masterizado em Rio Claro pelos produtores Johnny Christofoletti e Netão Lombada (baixista do trio The Mullet Monster Mafia).

O CD tem quatro faixas, sendo três autorais, “House of the dead”, “Dark nights” e a faixa-título, além de uma versão para “The alcoholic” da banda inglesa Chaos UK. Todas retratam claramente a linha musical do grupo, com uma base melódica e rítmica muito bem construída e o vocal e as letras irreverentes de G-Lerm. Mas além das canções, outra característica do novo trabalho do Mongo chama muito a atenção.

A capa do álbum mostra uma árvore gigantesca em cima de um carro, com a banda à frente. Porém, se você acha que ela é uma montagem… “A capa não podia ser outra! Estávamos no estúdio em uma sessão de gravação do disco quando o Rhandu entra e fala pro Matheus: ‘pqp, caiu uma árvore no teu carro’! Eram aqueles dias de chuvas fortes de verão e caiu um raio em uma árvore podre bem na frente do estúdio e ela foi de chapa em cima do carro! Foi foda, mas a tristeza passa e a história fica e como não dava pra fazer mais nada, abrimos uma cerveja e ficamos lá esperando o pessoal da prefeitura chegar pra retirar a árvore, que além de tudo estava travando o trânsito na rua. Nessa hora, o Rhandu fez essa foto que acabou indo pra capa do disco”, conta.

“Crazy Shit” está disponível nas principais plataformas de música digital, mas o grupo ainda tem a ideia de lançar o trabalho em formato físico. “Infelizmente, dessa vez ainda não mandamos prensar o vinil ainda, mas se aparecer algum selo disposto a comprar essa briga, é algo que a gente ainda quer fazer”, explica.

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Experiência e reconhecimento

Fazer parte de um dos maiores festivais de Psychobilly do mundo pela 3ª vez seguida é um reconhecimento do trabalho do grupo nesses quatro anos de vida. “A gente sabe que receber um convite desse é sinal de que você andou fazendo um bom trabalho durante o ano”, diz.

Alias, não só de 2016 pra cá, porque todos os integrantes do Mongo possuem uma história importante dentro da cena Psychobilly brasileira e acompanharam o nascimento e a construção do Psycho Carnival, que hoje é o maior festival de Psychobilly da América Latina. “É muito legal, mas é uma pena que ultimamente muita gente só apareça nos festivais. As bandas estão aí, tocando direto nas suas cidades, então se você se diverte no Psycho Carnival, comece a frequentar os shows que rolam praticamente toda semana. É diversão garantida e você ainda ajuda as bandas a se manterem vivas (risos)”, finaliza G-Lerm.

Serviço

Cinco dias para celebrar a música, a amizade e a diversão. Esse é o espírito da 21ª edição do tradicional festival curitibano Psycho Carnival, que será realizado entre os dias 20 (quinta-feira) e 24 de fevereiro (segunda-feira) no Jokers Pub, em Curitiba. “Boa parte do público que vem todo ano ao festival acabou construindo amizades que permanecem até hoje”, diz um dos organizadores do Psycho Carnival, o músico e produtor cultural Vlad Urban.

Em 2020, o evento reunirá 37 bandas de oito países. A ideia é apresentar um grande panorama do que há de melhor no mundo do Psychobilly, Rockabilly, Punk Rock, Outlaw Country e Surf Music. Entre as atrações deste ano estão o Guana Batz (Inglaterra), o Cenobites (Holanda), e os grupo curitibanos Ovos Presley, Os Catalépticos e Hillbilly Rawhide.

Assim como nos últimos quatro anos, o festival terá como base principal o Jokers Pub, localizado na região central de Curitiba. Porém, nesta edição, também serão realizados alguns shows gratuitos no Lado B Bar, nas Ruínas de São Francisco, no Largo da Ordem (com o apoio da Rádio Mundo Livre FM) e na Gibiteca de Curitiba. “Os eventos gratuitos são muito importantes! Independentemente do apoio ou não do poder público, nós acreditamos que todos devem ter acesso à cultura”, afirma Vlad Urban.

Os ingressos custam de R$ 50 a R$ 250 e podem ser adquiridos no site Sympla. Confira todas as informações sobre a 21ª edição do Psycho Carnival neste link.

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