Texto: Marcos Anubis
Fotos: Pri Oliveira e Camila Kovalckzyk
Revisão: Pri Oliveira

A banda curitibana se apresentou pelo 2º ano consecutivo no Festival Crossroads Dia Mundial do Rock

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O Motorocker é uma das bandas curitibanas que conquistou espaço devido única e exclusivamente ao trabalho. Afinal, nos últimos anos, o grupo vem se dedicando a uma rotina intensa de shows por todo o país, e o reconhecimento, aos poucos, também vem chegando.

Nesse sábado (13), na 2ª edição do Festival Crossroads Dia Mundial do Rock, que aconteceu na Usina 5, em Curitiba, o grupo colheu alguns frutos dessa dedicação diante das mais de 10 mil pessoas que passaram pelo evento. “Eu estou há mais de 27 anos nessa história, tocando em bandas, e sabe quantas vezes eu me arrependi? Nenhuma!”, disse o vocalista do Motorocker, Marcelus dos Santos, no backstage pouco antes do início da apresentação.

Com a área do Palco Budweiser lotada, Marcelus dos Santos (vocal), Luciano Pico e Eduardo Calegari (guitarras), Silvio Krügger (baixo) e Juan Neto (bateria) abriram o show com “Rock na veia”, “Igreja Universal do reino do Rock” e “Blues do Satanás”.

Em “Vamo, vamo”, Marcelus comandou o tradicional wall of death, ou a “valeta”, na versão curitibana (quando o público é separado, abrindo um vão em frente ao palco para que as duas partes se “enfrentem”). O setlist do show ainda teve “Homem livre” e “Pegada seca”, entre outras músicas.



Eu também sou malária!

Uma das características que mais chama a atenção nos shows do Motorocker é o profissionalismo da banda, principalmente na relação com o público, que é sempre tratado como a parte mais importante da apresentação. Essa atitude faz com que sempre seja criada uma conexão muito forte entre a banda e os fãs.

Depois do Blindagem, o Motorocker talvez seja a banda curitibana que consegue estabelecer uma conexão mais forte com o público. Essa, aliás, é uma situação rara, porque os grupos autorais recebem pouquíssimo apoio na capital paranaense, o que torna ainda mais especial essa sinergia que as duas bandas conseguem criar. “Nós e o nosso público somos uma coisa só, tipo um exército Rock’n’roll no qual somos todos generais. Não subimos no palco para ficar contando historinhas ou enrolando o público com jargões que estão na moda. A galera trabalha, esquenta a cabeça a semana toda, então fazemos questão absoluta de que eles curtam o show tanto quanto a gente curte e sintam como se estivessem no palco com a gente. Nós e o nosso público falamos a mesma língua, a língua do foda-se tudo e vamos nos divertir até não poder mais. Não existe público melhor do que o nosso! Também não poderia deixar de agradecer ao Patrick Cornelsen (um dos sócios da Usina 5) e ao Ale e o Júnior do Crossroads!”, finaliza Marcelus.

Falando em profissionalismo, o Motorocker já está trabalhando na pré-produção do novo álbum que começará a ser gravado em breve e será lançado provavelmente ainda em 2019. O hit curitibano “Salve a malária” encerrou a apresentação. Seja para 10 mil ou para 10 pessoas, o Motorocker consegue manter um nível de entrega no palco que acaba contagiando os fãs. Isso explica porque qualquer tipo de público, seja ele conectado ou não com o mundo do Rock’n’roll, sente-se identificado com a banda.

Assista ao vídeo da música “Salve a malária”, gravada ao vivo no show do Motorocker no Festival Crossroads Dia Mundial do Rock e veja também o álbum de fotos da apresentação.

Motorocker - Festival Crossroads Dia Mundial do Rock - 13/07/2019