O músico curitibano Fernando Nahtaivel está lançando o seu quinto álbum com o projeto de música industrial que leva o seu nome. “Pon Farr” tem o apoio da gravadora paulista Wave Records e foi gravado no home studio do instrumentista. O CD está sendo comercializado em formato digital e físico, além de estar disponível para audição na internet.
O projeto Nahtaivel, nos CDs, é uma “one man band”, banda de um homem só pois, em estúdio, o músico grava todos os instrumentos e vocais de seus álbuns. Ao vivo, ele conta com a participação do guitarrista RazorB, que também toca com a banda curitibana Krucipha. “O projeto surgiu da minha vontade de fazer música utilizando apenas sintetizadores, explorando também os recursos que os computadores têm a oferecer”, explica Nahtaivel.
Pon Farr é um termo usado na série Star Trek, Jornada nas Estrelas. Basicamente, ele se refere ao período em que os Vulcanos, raça do personagem mais famoso da franquia, Spock, que é interpretado pelo ator Leonard Nemoy, entram no “cio”, o que acontece a cada sete anos. Eles ficam extremamente violentos e sentem uma necessidade intensa de fazer sexo. O termo aparece no episódio “Amok Time”, da série clássica de Star Trek. “Achei que podia ser um bom título para um álbum porque é algo que eu também sinto, não sexualmente falando, mas algo que sinto com relação à música”, conta Nahtaivel.
O músico explica que o processo de compor, gravar e mostrar suas canções ao público é uma espécie de necessidade orgânica. “Eu preciso fazer música. Não é um hobby ou algo particularmente prazeroso para mim, eu me divirto mais vendo um filme ou assistindo shows de outras bandas. Sinto uma necessidade gigante de compor, algo que, se eu não fizer, acabo enlouquecendo”, revela.
Influências
No projeto que leva seu nome, Nahtaivel mistura heavy metal, música eletrônica e industrial, além de outras influências. “Eu definiria como música eletrônica agressiva e doentia, com várias camadas de sintetizadores e sem se prender em barreiras de um determinado estilo”, explica.
Entre suas influências estão bandas como Depeche Mode, King Crimson, Mercyful Fate, Yes e Slayer. Sua paixão por compositores de música clássica como Mahler, Liszt, Chopin e Beethoven, também entra no caldeirão sonoro do Nahtaivel. Além da música, outras formas de arte fazem parte de seu processo de composição. “Gosto muito de cinema. Tento ver ao menos um filme por dia. Acho que isso me influencia bastante na hora de compor”, diz.
Outros projetos
Fernando começou a tocar teclado aos 13 anos. Além do Nahtaivel, o instrumentista curitibano já participou de várias bandas da cena underground da cidade, como integrante ou músico convidado. Entre elas estão A Tribute to the Plague, Evilwar, Reverence, Doomsday Ceremony, Necrotério, Murder Rape e Insane Devotion, com quem está preparando um novo álbum.
Sua mais recente participação foi no projeto synthpop The Chanceller, do músico curitibano Luciano Cardoso. “O The Chanceller é uma banda bem dinâmica e sempre está mudando sua formação. Gosto muito do grupo e toquei em vários shows na metade deste ano. Acho que novas parcerias podem acontecer entre nós. Os dois CDs que a banda lançou são ótimos!”, elogia.
Seu projeto industrial Nahtaivel tem cinco álbuns lançados: “Pon Farr” (2013), “Midnight Sessions” (2011), “Killers Speaks” (2008), “Opus 93” (2006) e “Paradoxical Libertine Symbiosis” (2002).
A cena curitibana
O espaço oferecido para a música curitibana, especificamente a feita por Nahtaivel, ainda é restrita a alguns espaços, principalmente na capital paranaense. “Aqui em Curitiba os shows estão ocorrendo principalmente no Blood Rock Bar e no Hangar, mas eu gostaria de ver mais espaços e datas abertas para a música industrial, EBM e demais bandas eletrônicas underground”, opina.
A comercialização dos álbuns de artistas curitibanos, dentro dos espaços e lojas da cidade, também precisa ser melhorada, de acordo com Nahtaivel. “A venda de CDs, então, é algo que praticamente não ocorre na cidade. No meu caso, a maioria das cópias acaba indo para os estados Unidos e Europa. Um dos meus álbuns, inclusive, o ‘Killer Speaks’, foi licenciado e relançado pela gravadora russa Shadowplay Records, naquele país”, revela.
O músico acredita que uma maior participação e apoio do público pode tornar a música industrial mais acessível. “Temos ótimas bandas no Brasil, como Pecadores e Absynthetic, mas há poucos shows e, como o público é pequeno, é difícil você tornar um evento focado neste estilo viável financeiramente. Eles acontecem, mas são esporádicos e feitos apenas pelo prazer de ver as coisas acontecerem. Em São Paulo ainda ocorrem mais shows, até mesmo de bandas internacionais, mas no resto do Brasil isso é bem raro. Espero que, aos poucos, possamos ver mais shows e festivais por aqui”, finaliza.
O álbum “Pon Farr” pode ser adquirido por meio do e-mail nahtaivel@outlook.com e nos sites CD Baby e Bandcamp. Ele também pode ser ouvido gratuitamente via streaming no site www.nahtaivel.bandcamp.com.
Ouça “Amok Time”, uma das canções do álbum “Pon Farr”.
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