A banda se apresenta neste sábado (7), no Teatro Positivo, em Curitiba, para celebrar um dos discos mais importantes da história do Rock brasileiro
Quando uma banda consegue fazer um sucesso estrondoso com um álbum específico, o mais comum é que ela repita a fórmula no trabalho seguinte. Afinal, como já diz o ditado, “em time que está ganhando, não se mexe”! No mundo do showbizz, essa máxima é elevada a enésima potência.
Em 1988, essa era exatamente a realidade que o quarteto paulista Ira! estava vivendo, pois Nasi (vocal), Edgard Scandurra (guitarra e vocal), Ricardo Gaspa (baixo) e André Jung (bateria) vinham do icônico “Vivendo e Não Aprendendo” (1986), que havia colocado o grupo entre os maiores nomes do Rock brasileiro.
Nada mais justo, afinal, quase todas as músicas desse disco se tornaram hits nas rádios brasileiras, entre elas, “Dias de luta”, “Envelheço na cidade” e “Flores em você”.
Entretanto, no sucessor de “Vivendo e Não Aprendendo”, o ousado “Psicoacústica” (1988), o Ira! surpreenderia a todos e apostaria em uma mudança de sonoridade quase completa.
Hoje, 35 anos depois do lançamento, o disco mais pesado do grupo é reconhecido como um dos álbuns mais importantes da história do Rock brasileiro. Porém, naquela época, surpreendentemente, ele não foi muito bem recebido por uma parcela significativa dos fãs.
Neste sábado (7), o público curitibano poderá conferir de perto as virtudes e as “controvérsias” desse álbum, pois o Ira! vem a Curitiba para uma apresentação no Teatro Positivo que tem como base, justamente, o polêmico e genial “Psicoacústica”.
No show, Nasi e Scandurra são acompanhados por Johnny Boy (baixo) e Evaristo Pádua (bateria). No setlist, também estão os grandes cllássicos do Ira!, entre eles, “Dias de luta” e “Envelheço na cidade”.
Os ingressos para a apresentação, que tem realização da Prime, podem ser adquiridos na plataforma Disk Ingressos com valores a partir de R$ 80 (meia-entrada) + taxa administrativa.
Liberdade e improvisação
A diversidade musical dentro da discografia do Ira! pode ser considerada uma tônica porque, quando se faz uma análise dos álbuns que eles lançaram até hoje, cada um dos discos apresenta uma abordagem um pouco diferente do anterior. “No ‘Vivendo e Não Aprendendo’, por exemplo, ser pesado, ter solos de guitarra mais distorcidos, não fazia parte do nosso conceito. Era um disco muito mais modernista, MOD, anos 1960 e com referências limpas”, explica Edgard Scandurra.
Entretanto, se no segundo álbum, essa pegada mais pesada não fazia parte da direção musical que a banda queria seguir, em “Psicoacústica”, ela foi levada ao extremo e transformou o disco em um marco na trajetória do grupo.
Afinal, o Ira! investiu em um peso nos riffs e na pegada das músicas em si com o qual os fãs do grupo não estavam habituados.
O interessante é que essa mudança aconteceu dentro do próprio processo de construção do disco, pois a pluralidade de contribuições foi essencial para a composição das músicas.
Afinal, todos os integrantes da banda atuaram verdadeiramente como uma entidade única para a criação tanto das canções, quanto das letras. “Nós abrimos espaço para as influências de cada um dos músicos”, explica o guitarrista.
Outra diferença fundamental desse álbum, em relação aos dois primeiros full lengths do Ira!, “Mudança de Comportamento” (1985) e “Vivendo e Não Aprendendo” (1986), é que, com a ajuda do engenheiro de som Paulo Junqueiro (que, atualmente, é o presidente da Sony Music Brasil), a própria banda produziu o disco.
Essa decisão, que era absolutamente impensável para qualquer artista do Rock brasileiro, naquela época, quebrou paradigmas e abriu um novo caminho para os grupos que vieram na década seguinte. “Nós fomos a primeira banda brasileira a se autoproduzir. Geralmente, as gravadoras já têm os próprios produtores. Naquele momento, por exemplo, a Warner tinha o Liminha e o Peninha, porém, nós ficamos com muita moral por causa do sucesso comercial do disco anterior e isso nos deu uma liberdade e até um ‘direito’ de dizer a eles que nós produziríamos o disco, ao lado do Paulo Junqueiro”, conta Nasi.
Essa foi uma atitude surpreendente porque era uma postura pouco usual nos anos 1980. De maneira geral, todas as grandes gravadoras praticamente impunham a participação de produtores renomados que davam a direção que, na visão dessas majors, os trabalhos deveriam ter.
Porém, se a decisão do grupo trouxe muita responsabilidade, ela também gerou uma união muito grande dentro da própria banda, afinal, eles precisariam enfrentar juntos os obstáculos que surgiriam dali para frente. “Algumas músicas foram mixadas a oito mãos! Realmente, foi um trabalho artesanal”, complementa o vocalista.
De certa maneira, por causa dessa autoprodução, “Psicoacústica” se tornou o disco mais “sujo” do Ira!, no sentido de soar de uma maneira muito próxima do som que a banda apresenta ao vivo.
Isso não é uma realidade fácil de atingir porque é muito mais comum que, nos discos, por causa da produção externa, digamos assim, as bandas soem de maneira mais contida. “Ele tem solos longos, grandes partes instrumentais, climas, e isso tudo foi construído realmente fora dos padrões do Rock tradicional dos anos 1980 que fazia sucesso nas rádios”, diz Nasi.
Posteriormente, o trabalho na produção desse disco fez com que o Ira! acumulasse uma bagagem gigantesca que o grupo saberia usar muito bem nos álbuns seguintes. “Eu acho que, se o ‘Vivendo e Não Aprendendo’ tivesse sido gravado depois do ‘Psicoacústica’, provavelmente, ele teria uma sonoridade mais rica por causa da nossa experiência, pois nós já vínhamos metendo a mão na produção desde 1986”, analisa Edgard.
Quebrando paradigmas
Outra marca do álbum “Psicoacústica” é a inclusão de elementos de dois estilos que, naquele momento, passavam longe do repertório de qualquer banda de Rock’n’roll, no Brasil: o RAP e o HIP HOP.
Acontece que, naquela fase do Ira!, Nasi estava tão envolvido com essas cenas que tinha até produzido as faixas “Corpo fechado” e “Homens da lei”, de Thayde e DJ HUM, que fizeram parte da coletânea “HIP HOP – Cultura de Rua Vol. 1” (1988), que é considerada o marco inicial do RAP brasileiro cantado em português.
Por isso, foi o vocalista quem trouxe os scratches e os samplers para as sessões de gravação, o que daria um clima todo especial a segmentos específicos das canções que entraram no disco. “Eram coisas super modernas, para a época! Foi por meio do sample que eu coloquei trechos do filme ‘Bandido da Luz Vermelha’ (lançado em 1968, com direção de Rogério Sganzerla), na ‘Rubro-zorro’, e o scratch eu usei na ‘Farto de Rock’n’roll’. Eu não era um grande DJ, aquilo era uma brincadeira com o refrão que dizia ‘já estou farto do Rock’n’roll’ (risos) e, na época, o movimento do RAP e do HIP HOP estava surgindo”, comenta Nasi.
É preciso ressaltar que, na década de 80, eram poucas as bandas que tinham a coragem de ser diferentes, incorporando outros estilos ao tradicional Rock’n’roll que, a partir do Rock In Rio, em 1985, passou a ser a grande onda dos jovens brasileiros. Uma delas era o grupo carioca Picassos Falsos, que misturava Rock e Samba de uma maneira genial.
Justamente por causa disso, a ousadia do Ira! no álbum “Psicoacústica”, misturando estilos diferentes e novas tecnologias, mesmo que tenha passado quase despercebida naquele momento, acabou influenciando toda a geração do Rock brasileiro dos anos 1990, entre elas, a Manguebeat de Chico Science & Nação Zumbi e do Mundo Livre S.A.
Entretanto, para os fãs, a comparação dessa liberdade musical, em relação aos discos anteriores da banda, foi inevitável e gerou reações bem antagônicas entre os que aceitaram com tranquilidade essas novidades e os que ainda estavam presos ao purismo do que o Ira! tinha apresentando até aquele momento. “Existia até um antagonismo porque alguns roqueiros torciam o nariz. No final das contas, o RAP se misturou com o Rock e virou uma puta vertente, com bandas como o Charlie Brown Jr., por exemplo!”, relembra Nasi.
Um marco na história do Rock brasileiro
Assim como acontece com as grandes obras-primas, quando o álbum foi gravado, os integrantes do Ira! não sabiam qual seria o impacto que o disco teria na cena musical brasileira, principalmente, a partir da geração de bandas que surgiria nos anos 1990. “A gente nunca tem noção da importância de um trabalho. Quando fazemos um disco levado a sério, vestindo a camisa, pesquisando, indo atrás de timbres, diversificando as temáticas e ampliando as questões sonoras, isso é feito pensando na obra em si”, avalia o guitarrista.
Porém, com o passar dos anos e a constatação da repercussão que o disco teve nas gerações de bandas que vieram depois do Ira!, o grupo teve a certeza de que a ousadia de assumir todo o processo de produção do álbum foi uma decisão acertada. “O retorno veio depois quando vemos a importância desse álbum e o vanguardismo que ele tinha na mistura com o RAP, com o pandeiro que foi usado na introdução da “Advogado do Diabo’ e com elementos brasileiros”, explica Edgard.
Como o tempo mostrou, na prática, todo o trabalho que foi desenvolvido para materializar o conceito que a banda queria para aquele disco já mostrava um caminho que seria seguido por grupos que consolidaram o Rock no Brasil, nos anos seguintes.
Entre esses cuidados que a banda teve com os detalhes, está a pesquisa na qual Nasi mergulhou para conhecer profundamente a história do Bandido da Luz Vermelha, que é retratada no clássico “Rubro-zorro”.
Outra particularidade foi a minuciosa escolha das sonoridades das guitarras, principalmente, nos timbres de “Pegue essa arma” e “Farto do Rock’n’roll” e nos scratches que foram adicionados em partes específicas das canções. “Tudo isso foi feito para o nosso disco, o nosso conceito. Eu também acho que, futuramente, outros álbuns do Ira! também terão essa importância histórica que dão ao ‘Psicoacústica’, mas ele, realmente, criou um impacto. Eu fico muito honrado quando vejo os meus queridos amigos da Nação Zumbi revelarem a importância desse disco para o conceito deles, pois eles são uma das bandas mais importantes do Brasil em todos os tempos!”, elogia Edgard.
A influência do Jazz
Outra diferença fundamental na gravação do álbum é a liberdade criativa que o Ira! procurou instituir para criar um disco único na história do grupo.
O curioso é que, quando chegou a hora da gravação, a banda não estava muito ensaiada e isso foi uma situação que, em vez de causar dificuldades, acabou sendo bem usada pelo grupo. “Nós levamos muitas canções inacabadas. Até o ‘’Vivendo e Não Aprendendo’, a gente chegava ensaiadíssimo ao estúdio. Podíamos tocar dez vezes uma música e ela sairia igual. O ‘Psicoacústica’ abriu muito espaço para o improviso e isso virou um jeito de ser da banda. Até hoje é assim”, analisa Edgard.
Ou seja, mais de três décadas depois, aquela a aura de liberdade ainda ecoa no palco quando o Ira! apresenta essas canções. ”Quando tocamos as músicas desse disco, nós incorporamos essa característica de improvisar, brincando com o nosso trabalho e mostrando que o Rock também tem um pouquinho de Jazz quando a gente improvisa dessa maneira”, complementa o guitarrista.
Desse ponto de vista, na questão do improviso, o Ira! foi vanguardista ao apontar na direção do estilo musical que mais preza pela liberdade criativa. “O ‘Psicoacústica’ é meio que um disco de Jazz do Ira!, sem a característica técnica, aquela coisa estudiosa e acadêmica, mas no improviso, na intuição, do momento, da reação do público. É a experiência de uma banda que tem mais de 40 anos e um disco que tem 35”, complementa o guitarrista.
Diante dessas diversas situações que ficaram contrapostas com as comparações dos fãs entre o 2º e o 3º discos do Ira!, mesmo que o reconhecimento tenha demorado a vir, o resultado final do ousado “Psicoacústica” foi o que a banda queria. “A diferença entre os dois álbuns é conceitual. O ‘Vivendo e Não Prendendo’ é mais acústico, mais limpo, com um Rock até mais básico. Já o ‘Psicoacústica’ é mais aberto, livre, descomprometido com determinados conceitos, quebrando expectativas. Por isso, ele é um disco tão importante na nossa carreira”, diz Edgard.
Da surpresa ao culto
Mesmo com todas essas atitudes revolucionárias que o Ira! tomou, enfrentando abertamente o stablishment de uma das grandes gravadoras dos anos 1980, por uma daquelas incógnitas da vida, o álbum “Psicoacústica” não foi um sucesso comercial.
Para o grupo, depois de tanta dedicação, essa contradição foi difícil de aceitar. “Eu acho que, na época, a gente se sentiu frustrado. Ele acabou vendendo menos da metade do álbum anterior e tocou pouco nas rádios porque as músicas eram difíceis para o padrão FM do Rock dos anos 1980. Porém, hoje em dia, os frutos que a gente está colhendo são maravilhosos, então, eu não mudaria nada!”, opina Nasi.
Mesmo que tardio, esse reconhecimento veio para valorizar todo o trabalho de pesquisa que a banda teve para gravar essas canções que fugiam quase completamente do Rock que imperava nos anos 1980. “Ele é o álbum mais cultuado do Ira! e foi considerado um dos 100 discos mais importantes da música brasileira, pela Billboard e pela Rolling Stone. Como um disco estranho, esquisito e mais sombrio, ele teve o caminho que deveria ter”, diz Nasi.
Histórias
A gravação do álbum “Psicoacústica” gerou muitas histórias que ficaram marcadas na mente dos integrantes do Ira! e que mostram uma realidade completamente diferente do mundo atual.
Certamente, a mais bizarra aconteceu quando algumas latas apareceram “misteriosamente” no estúdio Nas Nuvens (quer um nome mais apropriado?), onde o disco estava sendo gravado, e acabaram fazendo a alegria da banda durante os estafantes dias e noites de trabalho no álbum.
Esse enredo de filme começou no dia 25 de setembro de 1987, quando 18 latas, muito parecidas com as de leite em pó que são vendidas nos supermercados, foram encontradas boiando no litoral do município de Maricá, no Rio de Janeiro.
Surpresos e curiosos, os moradores da localidade resolveram abrir algumas dessas latas e descobriram que, em vez de leite, cada uma delas continha aproximadamente 1,5 kg de maconha!
Na sequência, as autoridades brasileiras foram acionadas e, após muita investigação, elas descobriram que os artefatos foram jogados do navio estadunidense Solana Star, que tinha partido da Austrália para repassar a droga a dois barcos que levariam as 22 toneladas de maconha para Miami.
Durante a viagem pela costa brasileira, o comandante do Solana Star ficou sabendo que o plano havia sido revelado e, para tentar escapar da perseguição, dispensou as latas no mar.
O mais surreal é que parte do conteúdo de uma dessas latas foi parar, justamente, nas mãos dos integrantes do Ira! e da equipe que trabalhava no estúdio. “A gente saía das gravações quase uivando, tamanha era a potência daquele fumo! Eu acho que isso foi uma coisa importante porque, assim como a história dos Beatles, na relação deles com algumas drogas psicodélicas e a importância que elas tiveram em alguns discos, do ‘Revolver’ (1966) em diante, eu acho que o ‘Psicoacústica’ também teve esses experimentalismos psicodélicos”, conta Edgard.
O episódio protagonizado pelo Solana Star ficou conhecido como o “Verão da lata” e é lembrado até hoje não só pelo Ira!, mas também por outros músicos e artistas que vivenciaram aquele momento no Rio.
Outra situação muito marcante para os integrantes da banda foi quando eles se reuniram com o presidente da Warner, na época, André Midani, para ouvir a gravação final do disco e perceberam uma “mudança de comportamento” significativa do chefão da major. “Alguns anos antes, ele teve conversas meio ríspidas com a gente, um pouco cético sobre o nosso caminho, com muitas críticas ao nosso trabalho. Naquele dia, ele estava sentado na poltrona principal do estúdio, com a luz da sala em uma intensidade bem baixa, ouvindo o disco inteiro com a gente. Foi realmente uma viagem, pois todos nós estávamos emocionados e ele estava de olhos fechados, viajando no solo de ‘Pegue essa arma’. Foi um momento marcante, muito bonito e inesquecível!”, lembra Edgard.
“Psicoacústica” foi concebido em uma período conturbado do Brasil, logo nos primeiros anos da redemocratização e com a economia do país em frangalhos por causa dos inúmeros planos econômicos aos quais a população era submetida e que, invariavelmente, não surtiam efeito.
Hoje, com a realidade brasileira completamente diferente, será que ele teria a mesma fúria? “O Rock estava em outro patamar. Hoje, ele não está com essa visibilidade toda. O importante é que o ‘Psicoacústica’ chamou muita atenção em uma época na qual se prestava atenção em qualquer lançamento cde Rock, até em um disco ‘esquisito’ igual a esse”, finaliza Nasi.
Os ingressos para o show do Ira! no Teatro Positivo, neste sábado (7), podem ser adquiridos na plataforma Disk Ingressos com valores a partir de R$ 80 (meia-entrada) + taxa administrativa.
Os bilhetes também podem ser comprados no quiosque do Disk Ingressos (Ventura Shopping – de segunda a sexta, das 11hs às 22hs, aos sábados, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 20hs), no Call-center por meio do fone (41) 3315-0808 (de segunda a sexta, das 9h às 22hs, e aos domingos, das 9 às 18hs). O pagamento pode ser efetuado em dinheiro, PIX e cartões de crédito/débito Visa e Mastercard.
A meia-entrada é válida para estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores, doadores de sangue, portadores de necessidades especiais (PNE) e de câncer, e jovens de 15 a 29 anos com baixa renda comprovada.
Afiliados do Clube Disk Ingressos possuem 50% de desconto na compra de até dois ingressos por associado. Ingresso Social – Doadores de 1kg de alimento não-perecível possuem 40% de desconto sobre o valor da entrada inteira. A entrega será feita na entrada do evento. Promoções não cumulativas com descontos previstos por Lei. Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio.
Na compra do ingresso e na entrada do teatro, é obrigatória a apresentação de documento previsto em Lei que comprove a condição do beneficiário.
A casa abre às 20h e o show começa às 21h15. A classificação etária é livre. O Teatro Positivo fica na Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300, no bairro Campo Comprido.
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