Texto: Marcos Anubis
Revisão: Pri Oliveira
Foto: Divulgação
O formato one man band exige o domínio de vários instrumentos e, sobretudo, a sincronia entre eles. Assim como outros expoentes do estilo ao redor do mundo, Koti criou a sua maneira de se apresentar. “Eu comecei com bumbo, caixa e guitarra e de cara já lancei o disco ao vivo ‘Rock’n’roll Primitivo’, com cinco músicas gravadas por mim mesmo. Depois disso, ao longo dos anos, fui acoplando mais coisas. Passei a usar o chimbal, mudei de guitarra para viola com afinação aberta, comecei a usar mais ruídos com pedais de efeitos, acoplei um kazoo com delay, mas a coisa nunca para. Até criei instrumentos e um amplicador que se chama ‘tosquerizer’ e deixa bem tosco qualquer som que seja ligado nele”, explica.
O projeto Chucrobilly Man nasceu em 2004 após o término da primeira banda criada por Koti na capital paranaense, a Handevu e os Mandorovás, que fazia uma mistura de Garage com Surf Music e Psychobilly. As composições do grupo eram criadas em português e a banda também fazia versões para “grandes sucessos desconhecidos” como “Mutações em Okinawa” e “Quisto no cocix”.
Depois disso, Koti sempre se mostrou um cara inquieto que navega por estilos e projetos diferentes, entre eles estão o The Arctic Hollers e o Wi-Fi Kills. “Tenho problemas, mesmo, porque já lancei 15 discos e estou indo para o 16º agora. Em cada um deles, procuro colocar influências diferentes e sonoridades que eu ainda não trabalhei. Estou sempre buscando uma ideia geral para cada um, porém, dos mais bizarros aos mais ‘tradicionais’, todos possuem uma linha de influências que estão presentes”, explica.
Sob a alcunha de O Lendário Chucrobilly Man, foram cinco álbuns lançados: “Rock’n’roll Primitivo” (2004), “O Lendário Chucrobilly Man e sua Monobanda Orquestra” (2007), “Live at A Grande Garagem que Grava” (2007), “The Chicken Album” (2008) e “Man Monkey” (2013).
O próximo já está sendo pensado. “Será um disco em que eu volto um pouco para o Rock Garage, mas com outros elementos do delta blues baseado na afinação ‘rio abaixo’ da viola caipira, bem baixa. Não ligo muito para afinação tradicional. Já tenho 12 músicas e estou na produção dos desenhos do encarte. Em breve, ele estará por aí na internet e em vinil que sairá pela Fon-Fon Records, o meu selo independente”, conta.
Nesses 13 anos de aventuras, Koti vivenciou muitas situações inusitadas. “Já fui preso na Inglaterra e fiquei em squats muito loucos por lá”, conta. A mais recente aconteceu em Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul. “Depois de viajar durante 12 horas de ônibus, cheguei na cidade e me avisaram que o show aconteceria uma semana depois (risos)”, complementa.
Entre as inúmeras influências absorvidas por Koti no projeto Chucrobilly, duas se destacam: as bandas suíças The Monsters e Reverend Beatman. “Eles botaram pra fuder quando tocaram aqui em 2005. Aquilo era muito do que eu penso sobre música e destoou do resto das bandas por ter essa forma de poder concentrado, de saberem colocar os vazios na música, deixando-a mais potente”, diz.
Com a experiência de ser um dos artistas mais criativos de Curitiba, Koti ressalta a importância do Psycho Carnival para a cena musical da cidade. “É muito importante porque mostra essa faceta do Rock’n’roll bem nessa época em que somos bombardeados pela mídia e pela cultura estabelecida aqui no Brasil sobre o que deve ser o ‘Carnaval’. O festival mostra que há outras opções para as pessoas que não querem o Carnaval como é difundido massivamente. Ele acolhe todos os zumbis do país e de fora. As pessoas que exercem cargos culturais por aqui deviam acolher e fortalecer o festival porque Curitiba está perdendo a pegada musical do Rock e virando a cidade do hambúrguer”, finaliza Klaus Koti.
Valores e formas de compra dos ingressos
O Lendário Chucrobilly Man se apresenta no dia 9, na noite de abertura do Psycho Carnival, ao lado das bandas Sick Sick Sinners (Curitiba), Flicts (São Paulo), Crazy Horses (Londrina), Nausea Bomb (França) e Skullbillies (Curitiba). O Jokers fica na Rua São Francisco, 164, no Centro.
Os ingressos individuais e os pacotes são limitados e já estão à venda. Os valores são: Pacote 4 noites – R$ 260. Pacote 3 noites – R$ 230. Ingresso Individual 9/2 – R$ 40. Ingresso Individual 10/2 – R$ 75. Ingresso Individual 11/2 – R$ 95. Ingresso Individual 12/2 – R$ 75. Os valores dos ingressos são promocionais. É necessário levar 1kg de alimento não perecível na entrada de cada show.
Os bilhetes podem ser adquiridos no site Sympla. A compra também pode ser efetuada por meio de depósito bancário na conta: Banco do Brasil, em nome de Juliana Ribeiro, agência 0056-6, conta poupança 83970-1, operação 51, CPF 224.119.648 70.
O valor dos ingressos pode ser depositado em dinheiro por meio de envelopes ou nos caixas eletrônicos, direto no caixa ou por meio de transferência entre contas do Banco do Brasil. A retirada desses ingressos será feita no Jokers Pub nos respectivos dias e horários do evento.
Após a compra é necessário enviar um e-mail para zombiesunion@gmail.com seguindo o formato: nome completo, data e hora do depósito, valor do depósito, nome completo dos acompanhantes, especificando o tipo e dia do ingresso e tipo de depósito. Também é obrigatório informar os dados do comprovante, que deverão ser: o número do envelope (depósito no caixa eletrônico), o número do documento (depósito direto no caixa), número da agência, conta de origem e nome completo do titular da conta (transferência entre contas).
Exemplo – Nome completo: Fulano de tal. Data e hora do depósito: 20/11/2017 às 10:20. Valor do depósito: R$ 300. Nome completo dos acompanhantes, especificando o tipo e dia do ingresso: Fulano, 1 pacote, 3 noites, R$ 270, número do envelope 000.000.000. Os e-mails de confirmação serão enviados em até sete dias após a confirmação do recebimento.
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