Texto, vídeos e edição – Marcos Anubis
Revisão, tradução e fotos – Pri Oliveira
O último dia do Psycho Carnival, que aconteceu no último dia 16 no Espaço Cult, em Curitiba, foi uma grande celebração ao festival que fechou a sua 16ª edição neste ano. A noite teve novas bandas, veteranos da cena e até um “samba americano”. Após os textos você pode ver várias fotos das apresentações e também vídeos nas playlists de cada banda. É só clicar no canto esquerdo do player de vídeos e selecionar as músicas listadas.
Zabilly
O trio de Colombo fez a sua estreia no Psycho Carnival com segurança e uma boa apresentação. Como a banda abriu a noite, o público ainda estava chegando quando o show começou. Apesar disso, Jura (baixo e vocal), Guilherme Cordeiro (guitarra, violão e backing vocal) e Mauricio Dieckmann (bateria e backing vocal), tocaram com muita energia.
O setlist foi baseado no álbum “Live in PsyColombo”, lançado em setembro do ano passado. Destaque para “V2 Carburado” e “Monstro Do Armário”. O Zabilly deve iniciar ainda neste ano a gravação de seu primeiro álbum de estúdio.
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Tampa do Caixão
“As nossas expectativas são as melhores possíveis. Estamos ensaiando e nos dedicando muito pra subir ao palco do Psycho Carnival. Para nós, esse show é a realização de um sonho”, disse o vocalista Bronco Billy em uma entrevista exclusiva antes do início do festival.
E quando chegou a hora da apresentação, a banda de Joinville colheu os frutos de seu esforço. O Psychobilly do grupo incorpora elementos mais pesados. Destaque para “Vou te Jogar Uma Praga” e “Seis Motos E Sete Sombras”
O debut no festival fez bem para a banda, que deve aparecer nas próximas edições. “A cada ano que passa ele fica mais forte e só tem a crescer. O Psycho Carnival, além de pioneiro do gênero no Brasil ,é o evento que mantém e fortalece a cultura Psychobilly”, elogiou Bronco.
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Bad Luck Gamblers
A banda paulista fez a sua terceira aparição no Psycho Carnival. As outras duas foram em 2008 e 2012. Formada em 2004, a Bad Luck Gamblers tem em sua formação atual Joe Marshall (vocal e guitarra), Maniac Biffs (doublé bass e backing vocal) e Renan Pigmew (bateria).
O setlist do show teve várias canções do álbum “Don’t Bet On Us” (2008), o único registro fonográfico do grupo até o momento. Destaque para “Terror Train” e para a versão de “Got The Time”, música de uma das bandas mais importantes da história do Thrash Metal, o Anthrax.
Antes do início do festival, Marshall concedeu uma entrevista para o Cwb Live falando sobre o reconhecimento que o Psycho Carnival tem, atualmente. “A importância dele é muito grande porque a divulgação, tanto aqui como lá fora, é enorme. Ele reúne pessoas do Brasil todo, do exterior e permite que vejamos bandas gringas, o que nos dá uma grande referência”, disse.
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Krappulas
O Krappulas é considerado por todos da cena Psychobilly curitibana como uma das bandas que mais contribuíram para o crescimento do estilo na capital das araucárias. “Vocês não vão se quebrar? O Psycho Carnival está acabando!”, disse o vocalista Breno para incitar o wreck no meio do show dos curitibanos. A mensagem foi bem recebida.
Sob uma iluminação basicamente na cor vermelha durante quase toda a apresentação, o quarteto desfilou um setlist que passou por toda a carreira de mais de 20 anos do grupo. Destaque para “Escape From Hell” e “Hell”, que refletem bem a aura pesada do som do grupo. A banda também tocou uma versão muito legal de “Lil’ Devil”, do The Cult.
Era nítido o respeito do público. Todos, dos veteranos aos mais novos na cena Psychobilly, demonstram admiração e reconhecimento diante da importância do Krappulas para a construção do movimento. Curitiba deve se sentir honrada por ter ainda na ativa um dos grupos mais importantes da história do Psychobilly nacional.
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Barnyard Ballers
A banda americana, encabeçada pelo maluco Spike, fez um show que, provavelmente, será lembrado como um dos melhores e mais divertidos da história do Psycho Carnival.
Para começar, a formação tinha figuras impagáveis: Mutant Cox (baixo do Sick Sick Sinners), Steben Blarg (guitarrista do Klax) e o baterista Rick Stojak. O trio de instrumentistas foi a base perfeita para que Spike pudesse desfilar toda a sua irreverência. No final do show, após um solo de bateria, Rick e Spike foram “batucar” em um tambor colocado no palco. Na sequência, Spike subiu ao palco vestido como Carmem Miranda, usando saia e adereços carnavalescos.
Para finalizar o show e a 16ª edição do Psycho Carnival, a banda pediu para que o público subisse no palco e cantasse com ela o refrão da música “Hand”. Um encerramento que reflete bem o espírito do festival, onde bandas e público se misturam, no palco e fora dele, durante quatro dias de diversão. No camarim, antes do show, a banda concedeu uma entrevista exclusiva que o Cwb Live publicará ainda nesta semana.
Após o show do Barnyard Ballers, o trio holandês The Anomalys fez uma apresentação surpresa e, mais uma vez, empolgou quem não conhecia o som da banda. Confira neste link a cobertura e uma entrevista em vídeo com a banda.
O saldo do Psycho Carnival 2015 não poderia ser melhor. Boas bandas, lendas do Psychobilly e novidades que prometem se destacar muito nos próximos anos fizeram o evento ser um dos melhores em seus 16 anos de história.
Graças ao Psycho Carnival, Curitiba é reconhecida no mundo todo como uma das capitais do estilo. Diante desse cenário, é preciso que o festival seja cada vez mais reconhecido e, principalmente, receba mais apoio dos agentes culturais e do poder público da cidade.
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