Texto: Marcos Anubis
Fotos e revisão: Pri Oliveira

CAPA CERTA NOITE 3

A terceira noite da 19ª edição do Psycho Carnival, que aconteceu no domingo (11), apresentou um panorama que representou bem o momento do Psychobilly mundial. Bandas da América do Sul, dos Estados Unidos e do Brasil mostraram várias vertentes do estilo, mas todas tinham uma coisa em comum: o peso.

spitfire

Spitfire Demons

O trio paulista Spitfire Demons, formado por grandes nomes do psychobilly brasileiro, abriu a noite no Jokers. Alex from Hell (guitarra), Maniac Biffs (baixo) e Alan Rat Skates (bateria) iniciaram o show com “Twilight syndrome”, “One-way ticket to hell” e “Evil rider”. O setlist também teve espaço para uma versão do clássico “Bomber”, do Motörhead.

A banda foi formada em setembro do ano passado e, apesar de ter feito um show antes do festival, a apresentação no Psycho Carnival foi encarada como uma estreia. Ao vivo, o grupo mostrou boas composições que evidenciaram o peso como maior característica. Já o público, por sua vez, recebeu muito bem o trio de São Paulo.

“Spitfire demons” encerrou a apresentação. “Foi uma honra fazer a nossa estreia no Psycho Carnival. Todos nós já tínhamos tocado no festival outras vezes, mas nunca com uma banda nova. Estávamos com medo de não ter público, por ser a primeira banda da noite, mas o pessoal chegou cedo e foi muito melhor do que esperávamos!”, diz Alex.

Leia neste link uma entrevista com o Spitfire Demons. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

Spitfire Demons - Psycho Carnival 2018

psychopath billy

Psychopath Billy

Os colombianos do Psychopath Billy estrearam no Psycho Carnival com muita personalidade e mostraram um som repleto de influências que vão da música latina ao Jazz. Slap Cat “Mizinga” (baixo e backing vocal), Ruderocker (guitarra e vocal) e GG “El Gallo Gutierrez” (bateria) iniciaram o show com “Guaguanco”, uma versão para “Rolling dynamite”, do Batmobile, e “Sentimientos exhumados”.

Em vários momentos do show, a banda fez questão de ressaltar a sua satisfação por estar no festival e foi muito simpática com o público. “De noche” encerrou a apresentação. “Foi incrível! Antes de subir no palco, nós estavamos muito emocionados, com muita expectativa, mas o público respondeu muito bem. Nós fizemos bons amigos, as pessoas gostaram muito do som do Psychopath Billy e não pararam de parabenizar a gente. Muito obrigado a todos que contribuíram para isso, muito obrigado, esperamos voltar novamente. Curitiba é 100% Rock’n’roll!”, diz Ruderocker.

Leia neste link uma entrevista com o Psychopath Billy. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

Psychopath Billy - Psycho Carnival 2018

kingargoolas

Kingargoolas

O Kingargoolas, de Guarapuava, apresentou-se pelo terceiro ano seguido no Psycho Carnival. Cerso (bateria), Mackey (guitarra/theremin), Arêdes (guitarra) e Joerto (baixo) abriram o show com “Tits a go go”, “Lambreta”, e Corra, Carlos, Corra”.

As músicas do Kingargoolas têm como base a Surf Music, mas as melodias são sempre pontuadas por uma pegada mais pesada. Aliás, o grupo vem crescendo muito nos últimos anos e a prova foi a vibração do público durante todas a apresentação.

“Jack the ripper” encerrou o show. “Sem dúvidas, foi o show no Carnival em que o público melhor nos recebeu. Percebemos isso depois, quando muitas pessoas vieram falar conosco. A organização foi impecável e recebemos todo o suporte que necessitamos”, diz Cerso.

Leia neste link uma entrevista com o Kingargoolas. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

Kingargoolas - Psycho Carnival2018

cursed

Cursed Bastards

O trio norte-americano Cursed Bastards empolgou o público com seu Psychobilly pesado e repleto de influências do Punk Rock. Após uma introdução instrumental, Eddie YoungBlood (baixo e vocal), Dave Ratz (guitarra e backing vocal) e Anthony Puke (bateria) abriram o show com “Six Doors”.

A banda se sentiu em casa, afinal, a relação de amizade com a cena psychobilly curitibana vem se fortalecendo nos últimos anos. O grupo, inclusive, já fez uma turnê pelos Estados Unidos com o Sick Sick Sinners.

Uma versão para o clássico “Ace of spades”, do Motörhead, encerrou a apresentação. “Nós adoramos e foi uma honra tocar com todas as bandas do Psycho Carnival. Todas as bandas fizeram shows incríveis. Isso nos deu a oportunidade de conhecer novas músicas das quais agora somos fãs! Que festival foda!”, diz Eddie.

Leia neste link uma entrevista com o Cursed Bastards. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

Cursed Bastards - Psycho Carnival 2018

brown vampire

The Brown Vampire Catz

O The Brown Vampire Catz, de Londrina, fez a sua 15ª participação no Psycho Carnival. Preto Aranha (guitarra e vocal), Fagner Farofa (baixo e backing vocal) e Fabrício FatCat (bateria e backing vocal) abriram o show com a instrumental “Surf in hell” seguida por “Beware of the monster” e “Fallen from the nest”. O setlist ainda teve uma versão psychobilly para o clássico “Enjoy the silence”, do Depeche Mode.

Apesar de usar pouquíssima distorção, o som do grupo ao vivo é bem pesado. Destaque para a técnica do guitarrista Preto Aranha, um dos melhores instrumentistas do país dentro do Psychobilly. Um fator que chamou muito a atenção foi respeito do público em relação ao grupo.

“Andrade” encerrou a apresentação. “Foi uma experiência incrível pois, mesmo já tendo 18 anos de estrada, nesse Carnival nós conseguimos agregar fãs que nunca tinham visto o Vampire ao vivo, e alguns deles me disseram que sempre que puderem estarão presentes em nossos shows e que continuarão a acompanhar o nosso trabalho. Portanto, foi muito gratificante estar mais uma vez no palco do Psycho Carnival e esperamos voltar muitas outras vezes para mostrar a cara desse nosso Psychobilly simples e sangrento”, diz Preto.

Leia neste link uma entrevista com o  The Brown Vampire Catz. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

The Brown Vampire Catz - Psycho Carnival 2018

catalépticos

Os Catalépticos

O trio curitibano Os Catalépticos, um dos maiores nomes da história do Psychobilly brasileiro, encerrou a noite. A banda acaba de retomar as suas atividades após 13 anos e vem mostrando que ainda tem muita lenha para queimar. Vlad Urban (guitarra e vocal), Gustavão (baixo) e Mutant Cox (bateria e backing vocal) abriram o show com “El dia de los muertos”, “Cannibal holocaust”, “Hot rod funeral” e “You must die”.

Sem dúvidas, esse era o show mais esperado do festival. O respeito pelo trio curitibano era visível não só por parte do público, mas também entre as bandas. Eddie YoungBlood, baixista e vocalista do trio californiano Cursed Bastards, chegou a comentar em sua rede social que era uma honra ter a oportunidade de tocar no mesmo dia e na terra natal do trio curitibano.

Destaque para a música “Psychobilly is all around”, que talvez seja o maior hino do Psychobilly paranaense.“When the sun goes down” encerrou a apresentação. “Foi ótimo, novamente. Tocar no Psycho Carnival sempre é uma sensação diferente. A acolhida foi sensacional!”, diz Gustavão.

Leia neste link uma entrevista com o  trio Os Catalépticos. Confira um vídeo do show e veja também o nosso álbum de fotos da apresentação.

Os Catalépticos - Psycho Carnival 2018