Texto: Marcos Anubis
Fotos, revisão e tradução: Pri Oliveira

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A segunda noite do Psycho Carnival aconteceu no último sábado (6) no Jokers Pub. A lineup teve estreias e atrações tradicionais do festival.


Los Gatos Zombies

Fazendo a sua estreia no festival, o grupo equatoriano Los Gatos Zombies foi um dos representantes da América do Sul nesta edição. A oportunidade de mostrar o seu trabalho em um dos festivais mais respeitados do mundo, certamente foi o grande momento da carreira da banda até hoje. “Nosso show foi carregado de energia. A equipe e o técnico de som nos ajudaram muito a deixar tudo perfeito. Procuramos demonstrar bastante força e motivar o público a dançar com as nossas músicas. Queríamos deixar a nossa marca em cada pessoa que estava nos ouvindo, para que soubessem que no Equador também sabemos fazer Rock”, diz o guitarrista da banda, Danilo.

O Los Gatos Zombies abriu o show com “Voy a Bailar Sobre tu Tumba” e “Elvis Del Espacio Exterior”. Como no sábado também começava o Curitiba Rock Carnival, durante a apresentação o Jokers foi recebendo um público maior. “Tocamos na mesma hora que o Death no Curitiba Rock Carnival, por isso havia pouca gente no início. Mas, aos poucos, o público foi chegando e dançando ao som das nossas músicas. Após o show, as pessoas nos cumprimentaram. Foi uma honra pisar no mesmo palco que as bandas grandes e ver que elas nos assistiram. Voltamos ao Equador muito felizes e com vontade trabalhar duro para voltar a Curitiba o mais breve possível”, finaliza Danilo.


Tampa do Caixão

Os catarinenses do Tampa do Caixão se apresentaram pelo segundo ano consecutivo no Psycho Carnival. Apontada como uma das bandas mais promissoras da nova geração Psychobilly brasileira, o Tampa não decepcionou.

Os shows do grupo de Joinville costumam ser marcantes por causa do som pesado, agressivo, e também pela postura de palco do vocalista Bronco Billy. A banda apresentou músicas como “Ventos da morte” e “Vou encher minha caveira de cerveja”, que refletem bem o Psychobilly do Tampa.

Se consolidando como uma das forças do Psychobilly nacional, o Tampa do Caixão novamente deixou uma excelente impressão. “A oportunidade de tocar no Psycho Carnival pelo segundo ano seguido brilhou para nós. É incrível fazer parte desta trupe. O show foi bom demais. Tudo no palco era de prima, os técnicos eram muito competentes e o equipamento era de primeira. Tivemos um retorno bacana do público. Foi um evento impecável, sem arestas. Esperamos fazer parte de outros, mantendo a pegada forte e a maldade acesa”, diz Bronco.


The Frogs

O trio suíço The Frogs fez um show surpreendente. A banda abriu a apresentação com “My Dog Bit a Junky” e a partir daí o que se viu foi uma sucessão de canções muito bem construídas. Joe (guitarra e vocal), Marco (baixo) e Simon (bateria) fazem um Psychobilly com muita personalidade. O que chama mais a atenção é a técnica de Joe, pela rapidez e melodia com que usa o trêmolo e as notas limpas na guitarra.


The Mullet Monster Mafia

“É guerra!”, disse o baterista e vocalista Neri, pouco antes da banda iniciar a sua apresentação. E foi, pois a violência sonora que o grupo consegue ao vivo é impressionante. O setlist teve músicas mais antigas, entre elas “Sands of Little England”, algumas novas como “Black Coffin Board”, e até uma versão para o clássico “Nightmare in Elche” do The Meteors.

Para a banda, o show também foi um momento especial. “Essa foi a primeira vez que nós tocamos no Jokers em um Psycho Carnival. O som estava animal! Além disso, a presença de vários brothers nos deu ainda mais ânimo. Também foi a primeira vez que nós tocamos várias músicas novas. Elas farão parte do nosso próximo disco, que sairá no Brasil e na Europa nesse primeiro semestre”, diz o baterista Neri.


Sick Sick Sinners

Não é à toa que trio curitibano vem se apresentando em alguns dos mais importantes festivais de Psychobilly do mundo. Se a qualidade de cada um dos integrantes – Vlad Urban (guitarra e vocal), Cox (baixo e vocal) e Neri (bateria e vocal) – já é conhecida há muitos anos na cena curitibana, juntos eles formam um autêntico power trio.

O grupo tradicionalmente fecha uma das noites do Psycho Carnival e sempre com um grande show. Uma prova disso é a casa cheia e o respeito que toda a cena Psychobilly demonstrou pela banda.

A noite foi encerrada com “Curitiba Rotterdam Psycho”, com as participações do vocalista Dimitri e do baixista P.G. Vogeli, ambos da banda holandesa Cenobites. A música é uma espécie de celebração da irmandade entre o Sinners e o Cenobites, que vem desde a década de 1990. “O show foi histórico! A banda fez a sua estreia há dez anos neste mesmo palco do Jokers Pub. O show deste Psycho Carnival foi intenso. Tocamos cerca de 20 músicas, passando por nossos três discos, em uma grande celebração com a zumbizada que se quebrou durante todo o set. Foi monstrão! Que venham mais dez anos, no mínimo”, diz o baterista do grupo, Neri.