Chernobillies e seu “banho de espuma” no público (Foto – Marcos Anubis/Cwb Live)
Começou ontem (28) no Jokers Pub em Curitiba a 15 º edição do Psycho Carnival. A abertura do festival manteve a tradição dos 14 anos anteriores: boa música e casa lotada.
Movie Star Trash
O som instrumental do Movie Star Trash abriu a noite, preparando o público para a pancadaria sonora que viria a seguir. Nem mesmo um contratempo durante o show atrapalhou a performance do grupo. Uma das cordas do baixo arrebentou e o instrumento teve que ser rapidamente trocado. A banda, formada por Nei Rodrigues (baixo), Davi Dornellas (guitarra) e Matheus Moro (bateria), deve lançar um novo álbum ainda neste ano. Certamente o trabalho refletirá a qualidade do som do grupo, ao vivo.
99 Noizagain
O 99 Noizagain veio em seguida com um estilo que praticamente mescla psychobilly e thrash metal, tamanha é a violência do som da banda. O grupo tem em sua parede sonora o baterista Neri e o baixista Coxinha, que também fazem parte do Sick Sick Sinners. O entrosamento entre a “cozinha” do trio confere um punch certeiro ao som do 99, fato percebido claramente durante o show, pois as rodas de mosh pit se abriram continuamente.
Chernobillies
O Chernobillies fez uma apresentação marcante, para dizer o mínimo. Certamente os que não conheciam a banda, ou nunca tinham visto o quarteto ao vivo, vão se lembrar dos momentos que passaram no Jokers Pub. Como o vocalista G-Lerm tinha “antecipado” na entrevista que concedeu ao Cwb Live nesta semana, a banda fez jus a sua marca tradicional. “A gente sempre fez muita zoeira, jogava coisas no público, espuma, farinha, confete, serpentina, pinga e o que mais aparecesse. Isso já fez com que virássemos ‘personas non gratas’ em alguns lugares. Mas a maioria entendia e com o tempo esse público começou a levar seus próprios pacotes de farinha para jogar no show”, disse. Na apresentação desta sexta, o vocalista “banhou” o público com espuma e a plateia entrou no clima, devolvendo a gentileza para a própria banda.
Sick Sick Sinners
O Sick Sick Sinners fechou a noite. É de impressionar o respeito que a banda desperta e o conhecimento que o público tem da obra do trio. Grande parte dos psychobillies sabiam a maioria das letras das músicas.
Durante o show, o grupo fez uma homenagem a outro “dinossauro” curitibano, o Ovos Presley, tocando a música “Cadillac Podrera”. A banda, que se apresentou em todas as edições do festival, teve que cancelar a sua apresentação porque o guitarrista e vocalista Wallace Barreto sofreu um acidente de moto, alguma semanas antes.
“Curitiba Rotterdam Psycho” encerrou a apresentação, com o refrão modificado para “Curitiba Austria Psycho”, em virtude do aniversário do guitarrista Duke Voodoo, integrante da banda austríaca Burning Aces, que se apresenta no festival na próxima segunda-feira.
Sempre é importante ressaltar que Vlad Urban, Wallace Barreto e seus colaboradores construíram do zero um dos maiores festivais de psychobilly do mundo. E isso em Curitiba, terra do autofagismo extremo. Nunca é demais parabenizar a cena psychobilly curitibana pela força de sua arte. O Psycho Carnival continua até a próxima segunda-feira. Leia neste link a programação completa.
Confira três vídeos do primeiro dia do festival: Sick Sick Sinners “Curitiba Rotterdam Psycho”, Chernobillies “Coffin Surfers” e Movie Star Trash “Lampião vs Alien”
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