Texto e foto: Marcos Anubis

Para alegria dos fãs curitibanos, a banda alemã apresentou alguns dos maiores clássicos do Thrash Metal



O headbanger curitibano não pode reclamar da vida, nos últimos 2 anos. A cidade vem recebendo grandes shows de bandas lendárias. SlayerSaxon e Grave Digger, só para citar algumas, passaram pela capital paranaense, recentemente. Na última sexta-feira, 6/4, foi a vez do Sodom, uma das “reservas morais” do Thrash Metal, como diria o saudoso deputado Luiz Carlos Alborghetti, fazer um show histórico no Music Hall.

Formada em 1981, originalmente pelo baixista e vocalista Tom Angelripper, o falecido baterista Chris Witchhunter e pelo guitarrista Agressor, a banda já passou por várias formações e se mantém a mais de 30 anos na estrada. Atualmente, além de Angelripper, completam a banda o guitarrista Bernemann e o baterista Markus “Makka” Freiwald.

Com o Music Hall lotado, as luzes se apagam e a banda entra no palco ao som da música que dá nome ao seu mais recente trabalho, “In war and pieces”, lançado no ano passado. Sem pausa, eles emendam“Sodomy and lust”. Aos gritos de “ole, ole, ole, ole, Sodom , Sodom“, o grupo teve uma recepção calorosa que deixou os caras emocionados. Durante “The saw is the law”, Ripper pegou a filmadora de um membro do staff da banda e gravou o publico cantando.

“City of God” manteve o ritmo em alta, com os fãs cantando e bangueando ao som do mais puro Thrash Metal. A cover de “Iron fist”, do Motörhead, fez referência a uma das inspirações do Sodom. Antes de“Proctelytism real”, Bernemann se mostrou claramente emocionado agradecendo com um surpreendente “muito obrigado, amigos”, em bom português.

Os fãs pareciam ter esperado durante muito tempo para ver o Sodom. A energia que corria pelo local era incrível, com a chamada “sinergia” entre banda e público, que cantava cada música, aplaudia e gritava o nome do grupo seguidamente. Esse tipo de situação, para o músico, faz um diferença gritante. Imagine vir da Alemanha para a América do Sul e encontrar tamanha receptividade. Era nítido, no rosto e nas atitudes de todos na banda, que eles estavam muito felizes e, talvez, surpresos com a recepção.

Lembranças de Curitiba

Um acontecimento vai fazer o Sodom se lembrar de Curitiba por muito tempo. Durante “Eat me”, um cadeirante foi levantado pela plateia e colocado no palco, sob os olhares atônitos da banda e dos seguranças. O grupo fez questão de ir cumprimentar o fã, recebendo os aplausos entusiasmados do público presente. Ao anunciar a próxima música, o clássico “Agent orange”, Ripper declarou: “Obrigado e curta o show no palco, essa música é dedicada à você”, declarou.

Para fechar o show, no bis, “Remember the fallen” e “Bombenhagel“. Ovacionada, a banda se despediu da mesma forma que subiu ao palco, com simpatia. A turnê sul-americana ainda passará por Argentina, Chile, Peru e Colômbia, mas a lembrança que esses camaradas alemães vão levar do sul do mundo é do dia em que foram recepcionados, da forma que merecem, pelos bangers curitibanos.

Confira três vídeos do show do Sodom, inclusive “Eat me”, onde o cadeirante é levado ao palco pela plateia.

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