Esse é o 15º trabalho do projeto criado em 2011 pelo curitibano Luciano Cardoso, que mora nos EUA

Com 13 anos de vida, o The Chanceller, criado pelo compositor e músico curitibano Luciano Cardoso (que mora em Boston, nos EUA), é reconhecido como um dos principais projetos do Synthpop brasileiro.

Afinal, durante esse período, já foram 15 trabalhos lançados, entre álbuns e EPs, que fazem uma leitura extremamente criativa de um dos estilos mais importantes dos anos 1980.

Na sexta-feira (7), Luciano começou a escrever um novo capítulo nessa história com o lançamento do EP “Still Here” (2024).

Entretanto, desta vez, além das camadas de sintetizadores que marcam a essência do Synthpop, as quatro canções que fazem parte do álbum também trazem muitos elementos do que existe de mais moderno na música Pop.




O novo álbum

Luciano Cardoso mora em Boston, nos EUA, desde 2014. Justamente por estar familiarizado com o cenário musical estadunidense, o curitibano decidiu gravar o EP “Still Here” no Brooklyn Bridge Studios, em Nova York, com produção de Dimi Strauss.

Esse foi o primeiro trabalho do The Chanceller a contar com uma direção externa porque, nos outros, Luciano sempre cuidou de todo o processo. “Uma coisa é o ‘faça você mesmo’. Outra bem diferente é contar com a ajuda de profissionais e dizer o que você quer daquela sonoridade. Trabalhar com produtores abre um grande leque de possibilidades. Eu aprendi muito”, explica Luciano Cardoso.

A decisão de deixar o som do The Chanceller com uma cara mais Pop vem sendo trabalhada há três anos e, em “Still Here”, ela foi tomada de maneira definitiva. “Eu queria uma coisa mais contemporânea para sair do som depressivo na linha do Depeche Mode que eu estava fazendo. O meu álbum anterior, ‘Better Days” (2021) já tinha esse passo mais para o Pop Eletrônico”, diz.

A faixa que abre o novo EP, “Loss & love”, é um bom retrato dessa guinada, pois lembra um pouco até o trabalho de algumas musas do Pop atual, entre elas, a cantora estadunidense Katy Perry. “Essa música é uma mudança para frente. Ela ainda é um Synthpop na essência e nos instrumentos, mas deixa para trás o mofo dos anos 1980. Os sons, as mixagens e os timbres da música eletrônica evoluíram. Após uma década aqui nos EUA, eu achei que já era hora de modernizar o approach e deixar a nostalgia para trás. Não quero mais fazer música dos anos 1980”, explica.

Com essa decisão, a partir de “Still Here”, o The Chanceller deve caminhar em outras direções e estar mais aberto ao mercado atual. “Não quero passar o resto da minha vida fazendo as mesmas músicas, usando as mesmas batidas e timbres. Pretendo explorar novos nichos, buscando outras experiências e colaborações”, complementa.

Outra diferença em relação aos 14 trabalhos anteriores do The Chanceller tem a ver com gravação propriamente dita, pois os sintetizadores usados nas quatro faixas que fazem parte do EP (todas com letra e música compostas por Luciano) foram programados por Strauss.

Só o baixo acústico e o piano (que foram gravados pelo curitibano) e os vocais (que ficaram a cargo de uma cantora profissional de estúdio dos Estados Unidos) não foram executados pelo produtor.

O novo álbum está disponível nas principais plataformas de música digital, mas uma delas, o Bandcamp, foi escolhida para ser o canal principal de “Still Here” porque, na visão de Luciano, ela é uma opção muito mais rentável para os artistas independentes. “O Bandcamp dá dinheiro porque as pessoas compram as músicas. As outras plataformas só ajudam a divulgar”, finaliza Luciano Cardoso.

Ouça o álbum “Still Here” no vídeo que está abaixo.

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