A banda inglesa brindou os fãs curitibanos com alguns dos maiores clássicos dos anos 1980/90

Na entrevista que o guitarrista do The Mission, Simon Hinkler, concedeu com exclusividade ao Cwb Live (leia neste link), o músico inglês revelou que os integrantes do grupo esperavam que, desta vez, o show que eles fariam em Curitiba transcorresse de maneira mais tranquila.

Afinal, nos dois anteriores, a banda viveu algumas situações bem inusitadas. A primeira aconteceu em 2014, quando o Mission se apresentou no Espaço Cult, no Largo da Ordem, e diversas falhas técnicas na estrutura do palco deixaram os músicos e o staff de apoio em pânico e quase fizeram com que a banda cancelasse o show. “Nunca vou esquecer essa noite porque tivemos problemas o tempo todo”, contou Hinkler. Relembre neste link como foi a nossa cobertura dessa apresentação.

Em 2022, o The Mission voltou a tocar em Curitiba, dessa vez na Ópera de Arame, com abertura do Gene Loves Jezebel do vocalista Michael Aston (os irmãos Jay e Michael, fundadores do GLJ, comandam duas versões diferentes da banda).

Naquela ocasião, o problema aconteceu porque a reação dos fãs que estavam na Ópera não foi exatamente o que o grupo esperava ou estava acostumado a presenciar. “Quando chegamos para a passagem de som, achamos que seria uma ótima noite, mas foi tudo um pouco estranho. Deduzi que metade do público não era realmente fã da banda, eles só vieram para ver o que estava acontecendo. Este foi um dos públicos mais silenciosos para os quais eu já toquei, o que parece estranho porque, em 2014, o público em Curitiba foi bem agitado”, disse.

Relembre neste link como foi a nossa cobertura dessa apresentação.

Nessa terça-feira (15), o The Mission se apresentou no Cwb Hall, em Curitiba, com abertura da banda estadunidense Christian Death e, apesar de um leve atraso na abertura da casa (devido a passagem de som), Hinckler e seus companheiros finalmente tiveram a chance de receber o carinho dos fãs curitibanos de maneira mais tranquila.

Trevas que não se dissipam

Wayne Hussey (vocal e guitarra), Simon Hinkler (guitarra), Craig Adans (baixo) e Alex Baum (bateria) abriram o show simplesmente com “Wasteland”, um dos maiores clássicos do The Mission e uma das músicas que apresentou o grupo ao público brasileiro, no final dos anos 1980.

No repertório, a banda passeou por todas as fases do Mission e incluiu algumas músicas que só os fãs mais fiéis conhecem, entre elas “Naked and savage”, “(Slave to) lust” e “Kindness is a weapon”.

Porém, é claro que a maior sinergia com o público aconteceu nas canções mais conhecidas, entre elas as belíssimas “Like a child again” e “Butterfly on a wheel”.

Aliás, como o show foi em uma casa na qual a plateia fica bem próxima ao palco, diferentemente da apresentação de 2022, na Ópera de Arame, a conexão com os fãs se mostrou bem mais forte.

Essa peculiaridade faz muita diferença nos shows do Mission porque, sem nenhuma dúvida, os integrantes do grupo, principalmente o vocalista Wayne Hussey, se alimentam dessa energia que vem do público e, consequentemente, fazem uma apresentação mais entusiasmada nessas ocasiões.

“Stay with me” e “Deliverance” encerraram a primeira parte do show. Na volta para o bis, o público curitibano foi presenteado com uma bela surpresa com o grupo tocando “Never let me down again”, um dos maiores clássicos do Depeche Mode.

A banda finalizou a apresentação com “Severina” e “Tower of strength” (que não foi tocada no bis do show na Ópera de Arame, em 2022, por causa do incômodo da banda em relação ao público).

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Christian Death

A abertura do show do The Mission coube ao grupo estadunidense Christian Death, que surpreendeu o público com uma grande apresentação, afinal, boa parte das pessoas que estavam no Cwb Hall não conheciam profundamente o trabalho do grupo.

Valor Kand (vocal e guitarra), Mathew Anderson (guitarra e baixo), Maitri Nicolai (baixo e vocal) e Steve Kilroy (baterista) abriram o show com “Elegant sleeping”, “New messiah” e “We have become”.

Na montagem do setlist do primeiro show que o Christian Death fez em Curitiba, o grupo escolheu faixas que retratam de maneira bem ampla a trajetória do grupo, criado em 1982.

Entre elas, ‘Romeo distress”,”Abraxas we are” e “As evening falls”.

Um dos momentos de maior conexão com o público aconteceu na belíssima (vale a redundância) “Beautiful”, faixa do mais recente álbum da banda, “Evil Becomes Rule” (2022).

O som do Christian Death é bem denso, com camadas de guitarra e bases pré-gravadas que criam um clima soturno, na linha do Sisters of Mercy.

Ao vivo, essa textura funciona muito bem.

O mais surpreendente é que a banda nasceu em Los Angeles, na Califórnia, região estadunidense conhecida pelo clima quente e sempre banhada pelo sol.

A banda encerrou o show com “Church of no return” e “This is heresy”, saindo do palco sob os aplausos do público.

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