O Rock in Rio começou nesta sexta-feira (13) e já proporcionou alguns momentos que entrarão para a história do festival. O show “O poeta está vivo”, que reuniu o Barão Vermelho e vários artistas interpretando as canções do ex-vocalista da banda carioca, Cazuza, emocionou o público presente na Cidade do Rock. Maria Gadú, Rogério Flausino e Marco Túlio, do Jota Quest, Bebel Gilberto, Paulo Miklos, dos Titãs e Ney Matogrosso passaram pelo Palco Mundo.
Flausino cantou umas das melhores composições de Cazuza, “Ideologia”, e fez questão de contextualizar a música com o momento que o país vive. “É incrível como as canções de protesto no Brasil não envelhecem nunca”, disse.
Um dos momentos mais emocionantes foi a participação do cantor Ney Matogrosso, que interpretou “O tempo não para”, “Codinome beija-flor” e “Brasil”, com toda a alma que lhe é peculiar. Ney foi um dos melhores amigos de Cazuza e estava nitidamente sensibilizado no palco. O público percebeu esse detalhe e aplaudiu longamente.
Outro ponto alto foi a reunião da formação original do Barão Vermelho, já na parte final da apresentação, com Frejat no vocal e guitarra, Maurício Magalhães nos teclados, Guto Goffi na bateria e Dé Palmeira no baixo. Mostrando que a química entre os integrantes não se perdeu, o quarteto fez jus ao nome do festival.
Antes de “Blues da piedade”, Frejat comentou que os jornalistas sempre lhe perguntam o que Cazuza estaria fazendo, se ainda fosse vivo. O vocalista afirmou que não tem ideia, mas completou: “Cazuza estaria adorando ver o povo nas ruas nas manifestações”.
“Pro dia nascer feliz” encerrou o show, com a presença de todos os convidados. Uma queima de fogos complementou o cenário, da mesma forma que no primeiro Rock in Rio, em 1985. Justa homenagem a um dos maiores nomes da história do rock nacional.
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