Texto: Marcos Anubis
Revisão: Pri Oliveira
Fotos: Reprodução/Facebook Rock In Rio/Facebook Adam Lambert

Três décadas do maior festival do mundo. (Foto - Reprodução/Facebook Rock In Rio)

Três décadas do maior festival do mundo

A 6ª edição (realizada no Brasil) do que pode ser considerado o maior festival do mundo começa hoje no Rio de Janeiro. A versão 2015 do Rock In Rio trará uma variedade ainda maior de estilos e artistas que vão desde o Heavy Metal até a Música Eletrônica. Serão mais de 150 atrações se apresentando em cinco palcos. A expectativa dos organizadores é de que, entre hoje e o próximo dia 27, a Cidade do Rock receba em média 85 mil pessoas diariamente.

O show de abertura reunirá 13 nomes importantes na música brasileira que farão uma homenagem aos 30 anos do festival. São eles: Ney Matogrosso, Erasmo Carlos, Ivete Sangalo, Ivan Lins, Paralamas do Sucesso, Blitz, Samuel Rosa e Haroldo Ferreti (Skank), Titãs, Frejat, Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), Jota Quest, Andreas Kisser (Sepultura) e George Israel (Kid Abelha).

 

Majestade

 

Obviamente que o grande destaque do dia de abertura é a apresentação da banda inglesa Queen. Em 1985 o grupo fez dois shows antológicos na primeira edição do RIR. Ambos são lembrados até hoje e considerados entre os melhores das três décadas de história do Rock In Rio.

Já a versão 2015 do Queen vem cercada de expectativa, mas também desconfiança por parte de muitos fãs. Tudo por conta do vocalista Adam Lambert, o “substituto” de Freddie. O cantor, que ficou em segundo lugar na edição 2009 do reality show American Idol, entrou na banda no início de 2012, para a surpresa de fãs e da mídia especializada.

Em 2008 o grupo já havia feito uma série de shows ao lado do vocalista do Bad Company, Paul Rodgers. A homenagem foi bem recebida porque Rodgers tem uma história dentro do Rock que o credenciava a assumir, temporariamente, os vocais de uma banda do porte do Queen. Após a tour, a reunião foi encerrada e não se esperava que o grupo incorporasse novamente um novo vocalista.

O músico Leonardo Barzi (46) é cético em relação ao que o “novo Queen” representa. “Eu sou simpático ao John Deacon. Acho que o Queen acabou com a morte de Freddie Mercury e somente o tributo é aceitável como homenagem. Mesmo com o Paul Rodgers eu achava que a banda era um arremedo do Queen”, critica. Após a morte de Mercury, em 1991, Deacon decidiu não fazer mais parte do Queen em respeito ao seu ex-companheiro.

O fato é que a formação original do quarteto inglês (Mercury no vocal, Brian May na guitarra, John Deacon no baixo e Roger Taylor na bateria), tinha músicos excelentes, mas é impossível não associar a banda a Freddie Mercury. “Adam Lambert é um bom vocalista, mas não para cantar Rock. Achei enfadonhos e desinteressantes os vídeos que vi, só valendo a pena pelo óbvio: ver Brian May e Roger Taylor ao vivo”, diz Leo.

Esse é um desafio que Lambert enfrentará quando pisar no palco da Cidade do Rock à 0h desta sexta. Todos os olhos estarão voltados para ele. E o senso crítico também.

Brian May, Adam Lambert e Roger Taylor. (Foto - Reprodução/Facebook Adam Lambert)

Brian May, Adam Lambert e Roger Taylor

 

Prova de fogo

 

Na noite dessa quarta-feira (16) o Queen se apresentou no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A jornalista Jéssica Tokarski (24), fã da banda, viajou à capital paulista para ver o show e aprovou a performance de Lambert. “Eu não senti nenhum tipo de preconceito com ele, por parte do público que estava lá. Pelo contrário, todos aplaudiram bastante e respeitaram a apresentação dele”, afirma.

O comportamento do vocalista no palco também chamou a atenção de Jéssica. “Eu gostei. Ele interagiu o tempo todo com o público. É um showman, né? A performance dele foi muito legal, bem potente. Além disso, o cara canta muito, é impressionante o vocal dele. Mas ele foi bastante respeitoso. Já no começo do show ele falou com a plateia e disse que só estava ali por causa do Freddie e que era uma honra poder cantar aquelas músicas. Também perguntou se a plateia amava o Freddie, enfim, mostrou o talento dele sendo sempre muito respeitoso à história da banda”, complementa.

A resposta dos fãs, no geral, parece ter sido positiva. “O sensacional, mesmo, foi a reação do público em si com o show. Nossa, sinceramente foi um dos shows mais emocionantes em que já fui. Metade do público chorava de emoção, a outra metade curtia freneticamente. Todas as músicas foram cantadas do começo ao fim pela plateia. Arrepiante!”, elogia Jéssica.

Resta ver o que Adam Lambert conseguirá fazer em frente às 70 mil pessoas que são esperadas hoje na Cidade do Rock. De uma forma ou de outra, certamente será uma noite mágica no Rock In Rio.

Os portões da Cidade do Rock serão abertos às 14h. Confira a programação completa e os horários dos shows.

 

Palco Mundo

 

19h – Especial de 30 anos do festival com Dinho Ouro Preto e outros artistas

21h – The Script

22h30 – One Republic

0h – Queen + Adam Lambert

 

Palco Sunset

 

15h15 – Dônica + Arthur Verocai

16h30 – Ira! + Rappin Hood + Toni Tornado

18h – Lenine + Nação Zumbi + Martin Fondse

20h – Homenagem a Cássia Eller

 

Palco eletrônico

 

 

22h30 – Homenagem a Raul Seixas

23h15 – Homenagem a Lincoln Olivetti

0h – Barbara Tucker (Live P.A.)

0h45 – Kerry Chandler

2h – DJ Meme

 

Rock Street

 

15h30 – Joyce Cândido

17h30 – Rabo de Lagartixa

20h – João Donato