Texto e fotos: Marcos Anubis

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“Nós somos a primeira banda de rock a tocar após a reabertura da Pedreira”. Foi assim que o vocalista Marcelus anunciou o Motorocker no festival Estação Pedreira, que aconteceu no último sábado (26) na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba.

O acesso ao complexo foi liberado perto das 16h, quando uma longa fila já estava formada. Por conta disso, o quinteto subiu ao palco principal com o público ainda se acomodando no espaço que lhe era destinado. “Pegada Seca” abriu o show. Como de costume, Marcelus comandou o público com a simpatia e a competência de sempre. A satisfação da banda por estar no palco mais “cobiçado” de Curitiba era evidente. E a recepção do público às já clássicas “Igreja Universal do Reino do Rock”  e “Blues Do Satanás”  só amplificou essa energia.

A apresentação foi “encurtada” depois que a banda recebeu um aviso de que deveria encerrar o show, talvez em função do atraso na abertura dos portões. Por conta disso, quatro canções foram retiradas do setlist. De acordo com a produtora do Motorocker, Andrea Stremel, a organização do Estação Pedreira queria que o grupo se apresentasse às 22h. Nesse horário o local estava lotado e o show teria sido ainda mais empolgante. Mas como o quinteto já tinha uma apresentação agendada na mesma noite na cidade de Pomerode em Santa Catarina, e a viagem dura aproximadamente cinco horas, o único horário que permitiria que o quinteto e todo o seu staff chegassem a tempo para o outro show era o das 16h.

“Salve a Malária” finalizou uma tarde histórica para a música curitibana, por tudo que representou. O orgulho de ter uma banda autoral de Curitiba se apresentando novamente em um festival na Pedreira não era só do Motorocker. Para quem trabalha com a música curitibana, abrindo espaço para os artistas locais, como sempre foi o caso do Cwb Live, a satisfação é ainda maior.

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Emoção e Rock’n’Roll

Logo na saída do palco, o vocalista Marcelus e o baixista Silvera concederam uma entrevista exclusiva para o jornalista Marcos Anubis, do Cwb Live, falando sobre a emoção de ser a primeira banda de rock a tocar na nova Pedreira. “Sensacional! A gente sonhava com isso. É um incentivo e um prazer estar aqui, pois é uma coisa nossa. Nós tocamos no Brasil inteiro, em palcos grandes também, mas nunca tínhamos tocado aqui em um evento tão grande, tão significativo para a cidade, a galera do rock e a população de Curitiba”, disse Silvera.

Apesar de o show ter começado poucos minutos após a liberação da entrada do público, a plateia que viu a apresentação do Motorocker era composta em sua grande maioria por fãs que conheciam o som da banda e cantavam as músicas. “Nosso público veio para nos ver a essa hora. O pessoal pedindo mais um. Não existe cachê melhor do que esse. Tem gente que toca por dinheiro, faz isso por dinheiro, mas é nítido na cara deles. Não era para eles estarem ali, podiam estar em um escritório que seria mais elegante”, complementa Marcelus.

O novo álbum

O Motorocker está finalizando seu novo álbum, que deve ser lançado no próximo mês de agosto. O disco está sendo gravado no Estúdio Click Audioworks, em Curitiba, com produção do próprio Marcelus. O apoio é do grupo Uninter. “Tivemos a sorte da Uninter pegar o nosso disco para fazer. Nós fomos aprovados no Mecenato da Prefeitura, mas como nós fazemos um ‘rock subversivo’, temos aquela logomarca e a capa do nosso último CD era uma mulher com uma tatuagem no peito, muitas empresas grandes não quiseram pegar a nossa banda”, revela o vocalista.

A espera, segundo o grupo, valerá a pena. “É o nosso disco mais pesado. Na minha opinião é o melhor do Motorocker”, finaliza Silvera. Se o novo álbum conseguir captar a energia da banda ao vivo, certamente será um grande passo para o país perceber definitivamente a qualidade do grupo.

Confira na íntegra a entrevista exclusiva com o Motorocker e a música que encerrou o show, “Salve a Malária”.

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